Bonita artwork! |
Publicado por: Capcom
Director: Hideki Kamiya
Produtor: Atsushi Inaba
Argumentista: Hideki Kamiya
Compositor(es): Masami Ueda, Hiroshi Yamaguchi, Hiroyuki Hamada, Rei Kondo, Akari Groves
Plataforma(s): PlayStation 3, PlayStation 2, Wii
Lançamento: 30-10-2012 (EUA) (JP), 31-10-2012 (EU), 01-11-2012 (JP/Físico), 20-12-2012 (JP/PSN)
Género: Action Role Playing Game, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: BluRay
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (7 GB mínimo), Gravação de progresso no disco rígido da consola, Compatível com Dualshock 3, Compatível com PlayStation Move, Suporte HD 720p, 1080i e 1080p.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez, a 100%, com platina garantida.
(Estou farto do Inverno!)
Mais artwork bonita. |
Existe um ditado que diz que quem espera, desespera. Mas outro muito parecido diz o oposto: quem espera sempre alcança. Bom, neste contexto posso afirmar com toda a certeza que concordo muito mais com o segundo do que propriamente com o primeiro, apesar de ser daquelas pessoas que não tem paciência, nem perfil para esperar muito por nada ou ninguém. Mas com a idade (boa desculpa que parece funcionar bem nestes casos), vamos ficando mais permissivos e tolerantes (digo eu). Ora, isto serve para me desculpar com o facto de não ter ainda falado sobre um jogo de PS2, que posteriormente surgiu na Wii e que dá pelo nome de Okami, provavelmente uma das maiores obras de arte digital que surgiu nestas consolas. Sim, deixei passar estas duas versões ao lado mas redimi-me quando soube que iria ser lançada uma versão HD definitiva deste agora clássico dos videojogos. Contudo, e como não podia deixar de ser, não o comprei logo que saiu pois o ocidente, à boa maneira que temos vindo a presenciar nestes últimos anos, só teve direito à versão digital, coisa a que tenho aversão. Felizmente, e porque os asiáticos até me compreendem, lá saíram versões físicas pelas bandas deles, pelo que tive a sorte de ter conseguido a versão asiática (não a japonesa) com direito a um DLC (um tema dinâmico que não descarreguei) por 20 euros, oriunda do eBay e que me foi conseguida por um amigo atencioso algures em 2013. Logo, o ditado aplica-se.
Manual e disco. |
Okami é fabuloso. Não diria perfeito, não o chega a ser, mas se tivesse de o descrever numa única palavra, fabuloso seria a escolhida. A história decorre em Nippon, um Japão diferente mas carregado do seu conhecido folclore de demónios e heróis de outras épocas que visavam defender o território de todo o mal que se avizinhava. Neste caso, começa 100 anos antes onde Shiranui, um enorme lobo branco e Nagi, um espadachim derrotaram Orochi, uma enorme serpente de oito cabeças. Já no presente, Susano, o suposto descendente de Nagi, comete o erro de quebrar o selo que selava Orochi e o caos simplesmente acontece. É aqui que entra Amaterasu, a deusa do sol que encarna num lobo branco, parecido a Shiranui, que com a ajuda de Issun, uma pequena criatura com dotes artísticos vão embarcar numa épica epopeia na terra do sol nascente.
E um inlay simples. |
Numa versão HD espera-se sempre ver algumas melhorias em todos os níveis mas na verdade, este Okami esconde um segredo. O jogo faz render interno a 4K mas depois faz downscale para 1080p, agora com suporte widescreen, o que é algo tecnicamente impressionante! De resto continua praticamente igual às duas versões anteriores, fazendo uso do seu grafismo cel shading, bastante colorido e funcional q.b., inspirado nos estilos Ukiyo-e e Sumi-e sem grandes entraves visuais. Em nenhuma instância se notam slowdowns ou outros males característicos deste campo. De notar que a intro do jogo, a primeira de todas, foi deixada com a resolução original e completamente em japonês e da primeira vez que se corre o jogo não dá para passar à frente. Mais curioso ainda é que ao começar o jogo, levamos (salvo seja) com a mesma intro mas na resolução actual e com o texto em inglês.
Aquilo é a roda de um moinho...?! |
No aspecto musical, Okami tem uma banda sonora bastante distinta que é claramente inspirada em música tradicional japonesa, com faixas bastante catchy e adequadas à acção do jogo. E não é para menos, considerando que a mesma banda sonora foi lançada num set de 5 CD's no Japão, portanto é mesmo boa e variada. Os efeitos sonoros são também competentes em toda a sua extensão mas há uma coisa que me irrita particularmente que são as vozes. Ou melhor, a ausência de vozes compreensíveis ao ouvido humano. Em vez de termos voice-acting em japonês ou inglês, optou-se por uma mescla estranha de sons que me parecem ser uma língua qualquer perceptível tocada ao contrário (e tenho quase a certeza que li isto algures) e que ao final de algum tempo começa mesmo a provocar brigas entre o Tico e o Teco, embora o jogo seja tão bom que uma pessoa acaba por se abstrair disso ou até habituar. E não será para menos, o jogo chegou-me a durar 50+ horas.
A atmosfera é assim... bucólica. |
A genialidade de Okami reside sem duvida da sua jogabilidade. Fãs de Zelda e de jogos do género vão sentir uma semelhança enorme quando jogarem Okami pois as coisas desenrolam-se de maneira muito parecida. Existem diversas áreas, enormes por sinal, para explorar, existem masmorras com bosses enormes para derrotar e claro, muita mas mesmo muita coisa para descobrir. Contudo, a acção não depende de uma espada mas sim de um pincel, neste caso conhecido como Celestial Brush, que usamos para desenhar, permitindo-nos assim atacar inimigos, resolver puzzles entre tantas outras coisas. E é aqui que o divertimento se expande e torna este jogo tão distinto de outros do género. Obviamente o uso do pincel requer tinta, tinta esta que se gasta mas é restaurada se não usarmos o pincel o que nos leva à arma secundária de Amaterasu, que carrega às costas, existindo outras para desbloquear. Os combates decorrem em arenas fechadas, quando encontramos inimigos no nosso caminho, e que nos podem recompensar com Praise e dinheiro. Este Praise serve para aumentarmos os atributos das nossas Celestial Techniques, barra de vida e afins. O dinheiro pode ser gasto nos dojos espalhados pelo jogo a aprender novas técnicas de combate. Já as Celestial Techniques são-nos ensinadas ao longo da história, existindo algumas secretas que são recompensas de side quests.
A vida é tranquila na aldeia. |
Esta versão HD conta ainda com troféus (yay) e suporte para o PlayStation Move, que resulta mais ou menos na mesma experiência que vimos na Wii. Pessoalmente comecei por jogar com o Move mas ao final de algum tempo decidi pegar no Dualshock 3 pois pareceu-me melhor em termos de controlo, mesmo quando se trata de desenhar coisas com o joystick. Esta versão conta ainda com um subtítulo, Zekkeihan que se traduz em algo como Magnificent Version e que até faz algum sentido, pois tem tudo aquilo a que temos direito, incluindo texto em inglês. O único senão, é que a instalação no disco é mesmo obrigatória.
Fora da aldeia, encontramos bichos destes. |
O texto já vai longo mas vou terminar por aqui. Okami Zekkeihan HD é um jogo obrigatório se não tiverem jogado nenhuma das versões anteriores. E mesmo que tenham jogado é obrigatório pois é excelente. Pensem num Zelda, sem Zelda e sem Link. É igualmente bom! A versão digital é fácil de se obter mas se puderem (e conseguirem), uma versão física desta jóia abrilhanta qualquer estante e biblioteca de PS3. E sim, é um JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: o cavaleiro das trevas regressa para mais uma aventura na PS3.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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