Red Steel

Nintendo Selects...meh!

Desenvolvido por: Ubisoft Paris
Publicado por: Ubisoft
Produtor: Roman Campos Oriola
Compositor: Tom Salta
Motor gráfico: Unreal Engine 2.5, PhysX
Plataforma: NintendoWii
Lançamento: 19-11-2006 (EUA), 02-12-2006 (JP), 08-12-2006 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer local em splitscreen para quatro jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da consola
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez.

(nhecos)

Sem autocolantes.

Desde sempre que os FPS fazem parte da minha dieta videojoguística. De vez em quando, sabe sempre bem deixar todos os outros géneros de lado para dar uns tirinhos e assim desanuviar. E hoje em dia não é difícil, tendo em consideração a oferta que existe no mercado ao longo das mais variadas plataformas. Com alguns bastante decentes e outros menos bons, a verdade é que existem FPS para todos os gostos e alguns deles destacam-se dos demais por diversos motivos. O jogo que trago até aqui hoje encaixa-se perfeitamente nestes padrões. É um FPS como outro qualquer mas tem algo que o destaca e o torna único. Este exemplar foi adquirido entre Setembro e Outubro de 2014 por 5 euros na Fnac do Almada Fórum.

Manual, papelada e disco.

Red Steel foi um dos primeiros jogos a aparecer na Nintendo Wii e conseguiu causar sensação por fazer uso do seu comando peculiar de uma forma que nenhum outro jogo tinha feito até à data. Por outro lado aposta numa trama virada para o mundo oriental num choque de culturas, devido à nossa personagem, Scott Monroe ser um verdadeiro gaijin que se vê envolvido num verdadeiro molho de brócolos, passo a expressão, quando a sua noiva Miyu Sato é raptada por um gang rival. Assim, Scott tem de enveredar por um mundo que não é o seu para não só resgatar a sua amada mas também ser aceite no submundo da Yakuza.

Come at me bro!

Embora não seja dos jogos mais bonitos na Wii, Red Steel prima por conseguir proporcionar um excelente ambiente cinematográfico, fruto da utilização do Unreal Engine e do PhsyX. Os visuais são na sua maioria bastante escuros e pouco coloridos, trazendo uma visão mais adulta e menos fantasiada ao jogo, parecendo ser um filme de John Woo em certas instâncias. Apesar de passarmos a maioria do tempo num ambiente citadino, os visuais vão variando permitindo-nos apreciar diversas vistas, desde docas a bares nos recantos mais escuros da cidade, não esquecendo alguns bonitos jardins orientais. As animações não são más de todo mas também não primam por ser de topo.

Eles "andem" aí...!

Sonoramente, Red Steel tem uma banda sonora discreta que se vai fazendo sentir ao longo de todo o jogo, com algumas faixas mais mexidas, outras bem mais calminhas, condizendo assim com a acção no momento. O voice-acting é decente embora caia um bocado no cliché das personagens orientais terem aquele sotaque característico quando falam em inglês. Quanto aos efeitos sonoros, nada de extraordinário, apenas os habituais sons de guerra quando se trata de disparos, gritos de gente a levar tiros e claro, não esquecendo os sons característicos das espadas e demais armas brancas.

Não podiam faltar os ninjas...

Red Steel destaca-se de tudo quanto é FPS pelo seu controlo feito inteiramente com o Wii Remote e o nunchuk. Não existe outra forma de jogar a não ser esta. A meu ver, entendo o porquê, afinal de contas este jogo é um verdadeiro showcase do comando da Wii mas seria simpático terem incluído a opção de jogar com o Classic Controller. O controlo em si não é mau, requer um bocado de habituação mas em certas partes pode tornar-se impreciso visto não ser tão fluído como o venderam na publicidade. Ainda assim, os confrontos são divertidos q.b. uma vez que podemos apontar com precisão a qualquer ponto, podendo assim desarmar os inimigos ganhando respeito dos mesmos no processo. Ou seja, podemos nem sequer matar ninguém num confronto, a menos que seja algo scripted por defeito.

Welcome to my humble abode.

Mas Red Steel fez outra promessa, algo que me chamou à atenção desde logo: lutas com espada. Bom, confesso que esperava mais disto porque após a primeira fiquei um pouco desiludido. Estas lutas só ocorrem de tempos a tempos, com certos inimigos e são completamente scripted. Enquanto não as passarmos, o jogo não avança e algumas delas são difíceis. Mas todos estes inimigos têm um padrão fixo e por isso mesmo, depois de descoberto o mesmo as lutas tornam-se redundantes e um teste de tempo. No final podemos sempre poupar a vida dos adversários ganhado, uma vez mais, respeito. É pena não terem explorado esta mecânica melhor, dando a possibilidade de usar a espada sempre que quiséssemos mas isso foi coisa para fazerem na "sequela", da qual falarei um dia destes. O jogo conta ainda com um modo de multiplayer local, em splitscreen à antiga que não testei por não ter comandos suficientes para quatro pessoas.

Resumindo a coisa, Red Steel é um jogo divertido ainda que possa ser um pouco entediante em certas partes, com boas ideias que podiam ter sido exploradas de outra forma. Felizmente, o jogo que lhe seguiu os passos é muito mas muito melhor embora não tenha nada em comum sem ser o nome. E com tudo isto, este é certamente mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: mais uma daquelas trips de Suda51 na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA: