As duas capas. |
Publicado por: Bethesda Softworks
Director(es): Jerk Gustafsson, Jens Matthies, Fredrik Ljungdahl
Produtor(es): Jerk Gustafsson, Lars Johansson
Designer: Jerk Gustafsson
Artista(s): Kjell Emanuelsson, Axel Torvenius, Tor Frick
Argumentista(s): Jens Matthies, Tommy Tordsson Björk
Compositor(es): Mick Gordon, Fredrik Thordendal
Motor gráfico: id Tech 5
Plataforma(s): PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox360, Xbox One, PC
Lançamento: 20-05-2014 (Worldwide)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (8GB Mínimo), Compatível com função de vibração, HD 720p
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes em diferentes dificuldades tendo atingido a platina.
(E o Verão está no fim...)
E respectivas traseiras. |
Um dos cenários favoritos que um videojogo pode ter é certamente o chamado "what if?" onde por norma se pega em algo do mundo ou do universo de um determinado jogo tal como o conhecemos e pintam-se contornos diferentes possibilitando assim uma abordagem não convencional. Um dos mais utilizados, ou que pelo menos já vi mais do que uma vez num jogo, é o de "e se os Alemães tivessem ganho a WWII". O jogo que trago até aqui hoje é resultado desta abordagem e digo desde já que resultou muitíssimo bem! Este exemplar aterrou na colecção algures entre Novembro e Dezembro de 2014, por cerca de 20 e tal euros, oriundo de uma loja online. Uma vez que é a Occupied Edition, para além do jogo contém: um guia "turístico" de vinte páginas do Reino Unido ocupado, três postais, código para a beta do DooM (que já não serve para nada) e ainda uma carteira para o passe social. Não estou no gozo...
Papelada e disco. |
Wolfenstein: The New Order foi sem dúvida um dos jogos de 2014 que mais me surpreendeu e que trilhou o caminho para a id Software mais tarde nos presentear com o mais recente DooM. Mas isso fica para outra altura. A trama deste The New Order começa depois da WWII (e após os eventos do Wolfenstein de 2009), onde os Alemães triunfaram sobre os aliados e o curso da história seguiu um caminho bastante diferente daquilo que conhecemos. Na pele do famoso B.J. Blazkowicz vamos iniciar uma caça ao homem, neste caso o general Wilhelm "Deathshead" Strasse que tem inicio em 1946 mas irá prolongar-se pelos anos 60, algo que não pretendo spoilar nesta análise.
Os extras... |
Para um jogo que foi feito a pensar na actual geração de consolas, The New Order consegue dar um arzinho da sua graça nas consolas antigas. Visualmente está bastante bom para os standards de uma PS3, correndo a 60frames/720p com alguns solavancos ocasionais tal como vimos em RAGE. Aliás, o motor gráfico é o mesmo, o id Tech 5 que utiliza a mesma tecnologia das mega texturas, algo que resulta por vezes em pop-up quando o carregamento teima em ser fluído. Isto resulta em algo do género gráficos de PS2 sem texturas por alguns milésimos de segundo o que pode deixar alguns puristas de pé atrás. O certo é que com o nível de atenção ao detalhe, fluidez das animações, variedade visual e intensidade da acção, rapidamente aceitei este problema como um dado adquirido.
Com duas é à duro! |
Sonoramente, The New Order é excelente. Desde a banda sonora com inspiração em música clássica e até em música apreciada pelos Alemães naquela época, com uma mistura do estilo dos anos 60, até ao voice-acting que é de topo e o qual vamos ouvir ao longo do jogo todo com diferentes sotaques para manter a fidelidade da coisa. Os sons das armas, das explosões e todos os pequenos efeitos sonoros estão impecáveis e neste jogo é coisa que é uma constante. A música em si é utilizada em dados momentos, não estando de todo presente ao longo da acção uma vez que o som ambiente dá conta do recado.
Este gajo é o maior fdp! |
Em termos de jogabilidade, The New Order é um dos melhores FPS que joguei até hoje. Os controlos são bastante parecidos aos de CoD, com algumas nuances e funcionam na perfeição sem qualquer espécie de complicação. Por outro lado, existe um sistema de cover que funciona lindamente e permite-nos tirar o melhor partido possível de certas situações onde os inimigos são mais do que muitos dando-nos uma imensa vantagem táctica. Isto é sobretudo mais visível nas dificuldades elevadas onde os inimigos são bastante mais agressivos e portanto, letais. Mas o melhor é que os senhores da Machine Games optaram por um jogo à antiga com uma cobertura actual. Isto é, temos um indicador de vida e temos de apanhar health pickups se quisermos triunfar. O mesmo se aplica com a armadura. Ou apanhamos uma completa ou apanhamos capacetes/bocados de armadura dos inimigos. Com tudo isto é possível maximizar o nosso valor de vida/armadura mas este boost é apenas temporário. Um aspecto algo criticado é o facto de termos de pressionar um botão para apanhar itens, sejam eles de cura, protecção, notas, collectibles e armas ou munição mas sinceramente não creio que seja motivo para alarido.
Coisinhas para evoluir! |
Apesar de ser linear q.b., The New Order apresenta um estilo de jogo não muito comum em FPS e que a mim até me lembrou um pouco outro jogo (Dishonored) pelo tipo de abordagens que nos permite. Podemos ir avançado aos poucos segundo a boa e velha maneira tradicional, entrar a matar com duas armas em punho (sim, é uma das particularidades deste jogo) ou simplesmente levar as coisas nas calmas à la Solid Snake/Same Fisher/Corvo Attano. Para tal, existe um sistema de perks dividido em Stealth, Tactical, Assault e Demolition que podemos evoluir de acordo com o nosso desempenho. Os diferentes atributos podem ser evoluídos ao utilizarmos determinadas armas para matar x inimigos, desempenharmos determinadas acções e por aí fora, podendo tudo ser evoluído de igual forma. Mas podemos basear-nos apenas num dos perks se for caso disso. O jogo pode ser terminado de qualquer forma, com força bruta ou com discrição mas nas dificuldades mais elevadas convém fazer as coisas com pés e cabeça.
Olha mãe, sem dentes! |
Um dos factores que torna este jogo tão bom é o facto de nem sequer ter Multiplayer. Sim, eu não sou fã deste modo de jogo e a Machine Games achou por bem focar-se no Single Player e proporcionar uma boa história com personagens memoráveis do que combates online sem carisma nenhum. O próprio jogo incentiva-nos a uma segunda ronda devido a uma decisão que temos de tomar no primeiro capítulo mas por sim só, por ser tão divertido, nem precisava de tal chamariz visto isto reflectir-se apenas em certas rotas que podemos ou não tomar. Além disso existe uma visão bastante humana nas personagens onde algumas são verdadeiros mártires, outras heróis e claro, as bestas que não têm um pingo de humanidade mas proporcionam alguns dos momentos mais marcantes deste jogo.
Bom, com isto chego ao fim desta análise pois não pretendo estragar-vos o prazer de jogarem esta obra. Existe ainda uma expansão stand alone, Wolfenstein: The Old Blood, que só saiu nas consolas da actual geração (e PC), narrando os eventos antes deste The New Order mas que será para falar noutra altura (sim, já cá mora a versão de PS4 há muito tempo). Até lá recomendo este excelente jogo a todos os fãs de FPS, old school ou actuais pois é uma experiência interessante. Ah, e é claro que é um JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: vampiros na PS3!
MURRALHÕES DE FORÇA:
Sem comentários:
Enviar um comentário