21 de fevereiro de 2017

Donkey Kong Country Returns

Estas capas até não são feias.
Desenvolvido por: Retro Studios
Publicado por: Nintendo
Director: Bryan Walker
Produtor: Kensuke Tanabe
Designer(s): Kynan Pearson, Mike Wikan, Tom Ivey
Artista: Vince Joly
Compositor(es): Minako Hamano, Masaru Tajima, Shinji Ushiroda, Daisuke Matsuoka, Kenji Yamamoto
Plataforma(s): NintendoWii, New Nintendo 3DS, Nintendo WiiU (eShop)
Lançamento: 21-11-2010 (EUA), 03-12-2010 (EU), 09-12-2010 (JP)
Género: Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores
Media: Wii Optical Disc (8.4GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da consola
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e não penso voltar a pegar nele.

(Nunca mais é Verão...)

Informação pertinente.
Donkey Kong é provavelmente um dos nomes mais conhecidos no mundo dos videojogos a par de Super Mario, Pacman e outros tantos. E embora não tenha alcançado o nível de estrelato que o nosso canalizador preferido conseguiu, o certo é que teve o seu lugar de destaque em vários jogos desde o clássico dos anos 80 até às suas aventuras mais recentes. Não sendo sendo grande fã do jogo original até porque foi jogo que não joguei muito e só bem há pouco tempo com o lançamento da NES Classic Mini é que lhe pude dar mais atenção, joguei grande parte dos outros que foram saindo o que fez com que ganhasse um gostinho especial pelo macacão. Sem dúvida que a minha saga preferida é mesmo a que fez furor na SNES, saga essa que ainda hoje é bonita de se ver e jogar. Com base nesse robusto alicerce, a Nintendo decidiu revitalizar a série na Wii com uma nova aventura que vai buscar inspiração aos anteriores jogos mas que a meu ver não cumpriu como eu estava à espera. O exemplar que possuo foi adquirido algures em Maio de 2015, por cerca de 15 euros numa loja nacional já com um desconto em cima. Tive foi de optar pela versão Nintendo Selects mas não me aborreci muito com isso.


Manual, papelada e disco.
Donkey Kong Country Returns marca o regresso do nosso macacão favorito à ribalta para mais uma aventura cuja premissa não difere muito daquele que vimos no jogo original. A única diferença é que desta vez é uma tribo de criaturas sacaninhas de nome Tikis que aterram na ilha e decidem hipnotizar todos os nativos para roubarem as tão preciosas bananas de Kong. Assim, uma vez mais e com a ajuda de Diddy Kong, começa o resgate pela tão amada fruta amarela. Não prima pela originalidade mas no tipo de jogo que é isso pouco ou nada interessa.

A praia é sempre um local animado.
Das coisas que mais aprecio neste jogo, o grafismo é certamente uma delas por diversos motivos. É colorido, é variado, as animações são excelentes e a fluidez da acção é óptima, correndo a 60 frames sem falhas de espécie alguma. Com a Wii ligada por componente, os visuais rivalizam com muitos jogos que passaram pela PS3 e Xbox360, superando até alguns deles sem dificuldade. Sim, é daquele jogos de Wii que nos faz questionar porque raio a consola não é completamente HD visto ter capacidade para isso ou pelo menos aparentar tê-la. Alguns dos efeitos utilizados produzem resultados espantosos como por exemplo um dos níveis ser composto por um bonito pôr-do-sol enquanto que toda a acção é apenas transmitida por silhuetas, tanto do cenário como das personagens, inimigos e objectos.

Um dos níveis mais bonitos do jogo.
Algo que também não fica nada atrás é a parte sonora, que a meu ver é também bastante forte com especial destaque para a banda sonora, composta por remixes de melodias dos jogos anteriores, melodias essas que são bastante icónicas e ainda hoje não me saem da memória, bem como algumas composições novas e originais. É bom ver que foi dada a devida atenção aos jogos anteriores nestes campos. Os efeitos sonoros são também de alta qualidade, alguns deles reminiscentes daquilo que já conhecíamos bem como outros completamente novos. Embora seja tudo bastante bom neste departamento, algo que não gostei a longo prazo foram os grunhidos de Kong, especialmente porque vamos ouvi-los vezes sem conta sempre que saltamos. Mas creio que isso seja uma picuinhice minha.

Este gajo roubou bananas!
Uma vez que criei expectativas para este desde que foi anunciado e sabendo que era a Retro Studios a tomar conta do recado, confesso que o resultado final me deixou um bocado desiludido. E grande parte disso deve-se à jogabilidade. A verdade é mesmo essa e Donkey Kong Country Returns, a meu ver, está longe de competir com a aventura original. O controlo das personagens é fluido e de fácil aprendizagem, disso não há dúvidas mas o facto de termos de usar waggle controls sem opção de usar o Classic Controller para uma jogabilidade mais... clássica, é um erro tremendo. A título de exemplo, para batermos no chão, temos de abanar o Wii Remote, quando a nossa personagem se encontra imóvel mas o mesmo movimento é utilizado para rebolarmos enquanto estamos a correr. Já podem imaginar os N momentos em que queria fazer uma coisa e saiu outra, conduzindo invariavelmente a cair num buraco, ir contra um inimigo e por aí fora. É tremendamente frustrante e só se agrava à medida que avançamos no jogo. Além disso eu não quero abanar o comando para executar uma acção, quero carregar em botões, é para isso que os comandos têm botões!

O mapa é simples mas eficaz.
Por outro lado, a dificuldade é bastante mais elevada do que em qualquer jogo da trilogia original, algo que rapidamente escala sem nos apercebermos muito bem. Os originais não eram a meu ver jogos difíceis, embora tivessem um ou outro nível mais complicado. Este por outro lado, tem demasiados níveis onde vamos constantemente profanar em parte devido ao controlo mas também devido ao level design e posicionamento de certos itens que obedece a saltos precisos e calculados com quase nenhuma margem para erro. Daí talvez o porquê de termos corações que representam a nossa vida, que podem também também ser duplicados. Fora isto, o jogo progride muito como o original, com várias zonas da ilha divididas num mapa mundo, com níveis secretos, bónus e afins. No final de cada existe a tradicional batalha contra um boss que vai desde o divertido ao aborrecido pelos motivos que já descrevi.

Este tipo também roubou bananas!
No final de contas, se me perguntarem se recomendo este jogo a minha resposta vai ser sempre condicionada pelo factor controlo. Se conseguirem ultrapassar o facto de terem de usar waggle controls durante grande parte do jogo então sim, joguem pois é divertido. Agora se abominarem isso, então talvez seja prudente optarem pela versão 3DS que deve ser diferente nesse departamento mas sofre nos outros por ser portátil. Tenho pena que a Retro Studios, que fez uma trilogia de Metroid's impressionante tenha sido desleixada ao ponto de não ter proporcionado uma experiência melhor com este Donkey Kong Country Returns. Mas ainda assim não deixa de ser mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um velho conhecido aventura-se pela selva e mais além na 3DS.
 
MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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