28 de fevereiro de 2017

Wario Land 4

Wario é um tipo bem parecido...
Desenvolvido por: Nintendo R&D1
Publicado por: Nintendo
Director: Hirofumi Matsuoka
Produtor: Takehiro Izushi
Artista(s): Yasuo Inoue, Sachiko Nakamichi
Compositor: Ryoji Yoshitomi
Plataforma(s): Game Boy Advance, 3DS Virtual Console (3DS Ambassador Program), WiiU Virtual Console
Lançamento: 21-08-2001 (JP), 17-11-2001 (EU), 19-11-2001 (EUA)
Género: Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 64 megabit
Funcionalidades: Slots para gravação de progresso, 
Outros nomes: Wario Land Advance (ワリオランドアドバンス) (JP)
Estado: Completo
Condição: Boa, marcas de uso no manual, ligeira descoloração no topo da caixa
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal, tendo descoberto os segredos todos.

(Solinho, volta pois estás perdoado.)

Autocolantes feios e maus!
Wario é provavelmente o herói mais improvável de sempre. Desde o seu início de carreira em Super Mario Land 2, onde se apresentava como o vilão de serviço, esta personagem gananciosa sempre teve a sua piada e era vista como uma antítese do próprio Mario e de tudo o que o caracteriza. Contudo, após uma dolorosa derrota às mãos do canalizador favorito da malta, Wario teve a oportunidade de brilhar como herói no seu próprio jogo em busca de todos os tesouros possíveis e imagináveis para saciar a sua ganância. Assim surge a saga Wario Land que conta com diversos capítulos em diferentes plataformas. O jogo que trago até aqui hoje representa a quarta iteração de Wario na busca pelas riquezas, desta vez no Game Boy Advance, mostrando assim também o potencial desta pequena máquina. Este exemplar foi adquirido a um particular, fruto de um negócio no OLX por 13 euros, estando em bom estado e acima de tudo completo.


Manual, papelada e cartucho.
Wario Land 4 começa com mais uma das aventuras do nosso herói ex-vilão pela busca de riqueza, algo que parece ser o seu objectivo de vida visto todos os jogos assentarem nessa premissa. E como este não é diferente, Wario ao ler num jornal um artigo sobre um antiga pirâmide que surgiu na selva, contendo inúmeras riquezas pertencentes à Princesa Shokora, decide então meter-se a caminho para sacar tudo o que puder. O único senão é que a dita pirâmide está amaldiçoada pela Golden Diva, outra personagem doida por riqueza. Começo a achar que existe aqui um padrão com tanta ganância.

À cacetada tudo se resolve.
Bem sabemos que o GBA não é propriamente uma SNES como tantos outros pensam mas o certo é que cumpre com o seu papel. A nível visual, Wario Land é um jogo cheio de cor, fluido em toda a sua extensão e com bastante variedade cénica embora a acção decorra inteiramente dentro de uma pirâmide. As animações são excelentes, desde as reacções de Wario aos bosses, todos eles bastante distintos e com a sua piada, não esquecendo os inimigos mais comuns que por lá habitam. O motor gráfico, que mais tarde foi usado em Metroid Fusion, é também utilizado para diversos efeitos visuais como zoom, rotações e afins, dando aquele look de jogo SNES a fazer uso do Mode 7.

Yep, tutoriais...
Um dos pontos que achei mais fracos neste título foi sem dúvida a parte sonora. Tendo jogado o primeiro jogo da saga até à exaustão, uma das coisas que mais me ficou na memória foi a banda sonora, divertida, catchy e a condizer com a acção. Em Wario Land 4, à excepção de uma ou duas faixas, nenhuma das outras me deixa saudades ou sequer a mais ténue memória que seja. É certo que o som do GBA não é dos melhores mas há N jogos que souberam contornar isso e proporcionar excelentes bandas sonoras. No entanto os efeitos sonoros são bastante bons, para o padrão GBA, bem como as expressões de Wario que tão bem o caracterizam.

A pirâmide dentro da pirâmide.
Na parte jogável, bom... confesso que esperava algo melhor. Tendo apenas o primeiro jogo da saga como termo de comparação uma vez que não joguei nem o 2 nem o 3 afincadamente, confesso que o quarto capítulo me desiludiu. O objectivo do jogo é sucinto: apanhar as quatro gemas que permitem abrir o caminho do boss e seguir viagem. Nada mais do que isto. Obviamente temos em cada nível um CD de música que desbloqueia uma faixa no Music Room e montes de cristais para apanhar mas fora isto é sempre a mesma coisa. Como se não bastasse, cada nível tem uma chave que permite desbloquear a saída, algo que activa um temporizador e nos obriga a voltar ao início o mais rapidamente possível. Isto é algo que considero inadequado e estúpido, denotando um level design preguiçoso. Já os bosses assentam na mesma coisa, têm um tempo determinado para serem derrotados embora não seja algo particularmente complicado.

Alguém acordou com má cara...
Se o primeiro Wario Land, um jogo de Game Boy, seguia mais a fórmula comum de Super Mario com overworld, diversos níveis, níveis secretos e imensos tesouros para serem descoberto porque raio não fizeram o mesmo com este jogo?! Não sei, nem imagino o porquê. O certo é que a longevidade de Wario Land 4 é curta pois o jogo é pequeno e o final depende do quão rápido derrotamos os bosses para ganharmos o máximo de tesouros possíveis. Não requer portanto exploração praticamente nenhuma como o primeiro jogo. Por outro lado, ao terminar o jogo podemos jogar em Hard o que reduz não só os temporizadores nos níveis e bosses mas também a vida de Wario. Se for caso disso, terminando o Hard Mode, temos o Super Hard Mode que como podem calcular é pior ainda para o nosso lado.

Mais um bocado, mais uma voltinha.
Não sendo um mau jogo de todo, Wario Land 4 não é certamente do melhores dentro da saga. É curto, repetitivo e não fomenta em modo algum a exploração a menos que queiram apanhar os CD's todos o que a meu ver é perder tempo (trust me). Se tiverem de jogar alguma das suas aventuras portáteis, comecem mesmo pelo primeiro pois não se vão arrepender. E com isto, mais um JOGALHÃO DE FORÇA consta na lista!

Próximo jogo: o final de uma estranha trilogia na PS3.
 
MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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