Wario é um tipo bem parecido... |
Publicado por: Nintendo
Director: Hirofumi Matsuoka
Produtor: Takehiro Izushi
Artista(s): Yasuo Inoue, Sachiko Nakamichi
Compositor: Ryoji Yoshitomi
Plataforma(s): Game Boy Advance, 3DS Virtual Console (3DS Ambassador Program), WiiU Virtual Console
Lançamento: 21-08-2001 (JP), 17-11-2001 (EU), 19-11-2001 (EUA)
Género: Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 64 megabit
Funcionalidades: Slots para gravação de progresso,
Outros nomes: Wario Land Advance (ワリオランドアドバンス) (JP)
Estado: Completo
Condição: Boa, marcas de uso no manual, ligeira descoloração no topo da caixa
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal, tendo descoberto os segredos todos.
(Solinho, volta pois estás perdoado.)
Autocolantes feios e maus! |
Wario é provavelmente o herói mais improvável de sempre. Desde o seu início de carreira em Super Mario Land 2, onde se apresentava como o vilão de serviço, esta personagem gananciosa sempre teve a sua piada e era vista como uma antítese do próprio Mario e de tudo o que o caracteriza. Contudo, após uma dolorosa derrota às mãos do canalizador favorito da malta, Wario teve a oportunidade de brilhar como herói no seu próprio jogo em busca de todos os tesouros possíveis e imagináveis para saciar a sua ganância. Assim surge a saga Wario Land que conta com diversos capítulos em diferentes plataformas. O jogo que trago até aqui hoje representa a quarta iteração de Wario na busca pelas riquezas, desta vez no Game Boy Advance, mostrando assim também o potencial desta pequena máquina. Este exemplar foi adquirido a um particular, fruto de um negócio no OLX por 13 euros, estando em bom estado e acima de tudo completo.
Manual, papelada e cartucho. |
Wario Land 4 começa com mais uma das aventuras do nosso herói ex-vilão pela busca de riqueza, algo que parece ser o seu objectivo de vida visto todos os jogos assentarem nessa premissa. E como este não é diferente, Wario ao ler num jornal um artigo sobre um antiga pirâmide que surgiu na selva, contendo inúmeras riquezas pertencentes à Princesa Shokora, decide então meter-se a caminho para sacar tudo o que puder. O único senão é que a dita pirâmide está amaldiçoada pela Golden Diva, outra personagem doida por riqueza. Começo a achar que existe aqui um padrão com tanta ganância.
À cacetada tudo se resolve. |
Bem sabemos que o GBA não é propriamente uma SNES como tantos outros pensam mas o certo é que cumpre com o seu papel. A nível visual, Wario Land é um jogo cheio de cor, fluido em toda a sua extensão e com bastante variedade cénica embora a acção decorra inteiramente dentro de uma pirâmide. As animações são excelentes, desde as reacções de Wario aos bosses, todos eles bastante distintos e com a sua piada, não esquecendo os inimigos mais comuns que por lá habitam. O motor gráfico, que mais tarde foi usado em Metroid Fusion, é também utilizado para diversos efeitos visuais como zoom, rotações e afins, dando aquele look de jogo SNES a fazer uso do Mode 7.
Yep, tutoriais... |
Um dos pontos que achei mais fracos neste título foi sem dúvida a parte sonora. Tendo jogado o primeiro jogo da saga até à exaustão, uma das coisas que mais me ficou na memória foi a banda sonora, divertida, catchy e a condizer com a acção. Em Wario Land 4, à excepção de uma ou duas faixas, nenhuma das outras me deixa saudades ou sequer a mais ténue memória que seja. É certo que o som do GBA não é dos melhores mas há N jogos que souberam contornar isso e proporcionar excelentes bandas sonoras. No entanto os efeitos sonoros são bastante bons, para o padrão GBA, bem como as expressões de Wario que tão bem o caracterizam.
A pirâmide dentro da pirâmide. |
Na parte jogável, bom... confesso que esperava algo melhor. Tendo apenas o primeiro jogo da saga como termo de comparação uma vez que não joguei nem o 2 nem o 3 afincadamente, confesso que o quarto capítulo me desiludiu. O objectivo do jogo é sucinto: apanhar as quatro gemas que permitem abrir o caminho do boss e seguir viagem. Nada mais do que isto. Obviamente temos em cada nível um CD de música que desbloqueia uma faixa no Music Room e montes de cristais para apanhar mas fora isto é sempre a mesma coisa. Como se não bastasse, cada nível tem uma chave que permite desbloquear a saída, algo que activa um temporizador e nos obriga a voltar ao início o mais rapidamente possível. Isto é algo que considero inadequado e estúpido, denotando um level design preguiçoso. Já os bosses assentam na mesma coisa, têm um tempo determinado para serem derrotados embora não seja algo particularmente complicado.
Alguém acordou com má cara... |
Se o primeiro Wario Land, um jogo de Game Boy, seguia mais a fórmula comum de Super Mario com overworld, diversos níveis, níveis secretos e imensos tesouros para serem descoberto porque raio não fizeram o mesmo com este jogo?! Não sei, nem imagino o porquê. O certo é que a longevidade de Wario Land 4 é curta pois o jogo é pequeno e o final depende do quão rápido derrotamos os bosses para ganharmos o máximo de tesouros possíveis. Não requer portanto exploração praticamente nenhuma como o primeiro jogo. Por outro lado, ao terminar o jogo podemos jogar em Hard o que reduz não só os temporizadores nos níveis e bosses mas também a vida de Wario. Se for caso disso, terminando o Hard Mode, temos o Super Hard Mode que como podem calcular é pior ainda para o nosso lado.
Mais um bocado, mais uma voltinha. |
Não sendo um mau jogo de todo, Wario Land 4 não é certamente do melhores dentro da saga. É curto, repetitivo e não fomenta em modo algum a exploração a menos que queiram apanhar os CD's todos o que a meu ver é perder tempo (trust me). Se tiverem de jogar alguma das suas aventuras portáteis, comecem mesmo pelo primeiro pois não se vão arrepender. E com isto, mais um JOGALHÃO DE FORÇA consta na lista!
Próximo jogo: o final de uma estranha trilogia na PS3.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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