19 de junho de 2017

Grand Theft Auto V

As capas são sempre excelentes.
Desenvolvido por: Rockstar North 
Publicado por: Rockstar Games
Produtor(es): Leslie Benzies, Imran Sarwar
Designer(s): Leslie Benzies, Imran Sarwar
Argumentista(s): Dan Houser, Rupert Humphries
Motor gráfico: RAGE
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox 360, PC, PlayStation 4, Xbox One
Lançamento: 17-09-2013 (Lançamento mundial, PS3/Xbox 360)
Género(s): Sandbox, Acção, Aventura, Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para até 16 jogadores
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (8.23GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Sensor de Movimento, HD 720p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez mas ainda passeei muito depois disso.

(Está um bafo dos infernos...)

Sem autocolantes!
Grand Theft Auto é uma série que certamente dispensa qualquer tipo de apresentação para quem anda nas jogatanas desde sempre. E até mesmo para quem não anda, devido às inúmeras controvérsias que já proporcionou por esse mundo fora. Ainda assim, não é demais dizer que estamos perante um colosso de série onde cada jogo é um pequeno grande mundo onde as possibilidades são mais que muitas. Há quem o apelide de murder simulator, há quem ache que é um desperdício de tempo devido a ser um jogo desprovido de objectivos reais e estimulantes e quem pura e simplesmente o repudie devido ao seu conteúdo. Pois bem, cada qual tem a sua opinião mas o certo é que cada GTA que é lançado, não só gera receitas que ascendem aos biliões mas também mostra o quão a tecnologia evoluiu nestes últimos anos. E GTA V é certamente o melhor exemplo disto. Este meu exemplar foi adquirido algures entre Maio e Junho de 2015, usado mas literalmente como novo, ao meu velho amigo João Almeida, por 10 euros. Um excelente negócio, ainda hoje.


Manual, mapa, papelada e disco.
Confesso que nem sempre fui fã de GTA. Os primeiros jogos da série nunca me cativaram o suficiente para lhes dar uma hipótese devido a diversos factores. Um deles é mesmo a parte gráfica e a perspectiva usada para se jogar, numa época onde o 3D era ainda muito rudimentar. No entanto, nesta época, um jogo chamado Driver provava que mesmo com a tecnologia na sua infância, era possível recriar uma cidade com algum realismo. E daí que tive preferência por este em detrimento de GTA embora não tenha nenhum deles na colecção neste momento. Foi mesmo com o salto para a PS2 que o gosto pela saga se começou a revelar, logo com GTA III e posteriormente com os outros. Mas estamos aqui para falar de GTA V e é isso que vou fazer. Este quinto capítulo leva as coisas mais à frente e introduz-os não uma mas sim três personagens distintas, cada qual com a sua personalidade bastante vincada pelo estilo de vida que levam. Mas o curioso disto tudo é a maneira como interagem entre si, visto terem perspectivas de vida diferentes mas objectivos comuns. E nem todos metem crime ao barulho, daí que há muito mais em GTA do que apenas bandidagem e tiro neles. A trama começa com um assalto que corre mal levado a cabo por Michael Townley, Trevor Philips e Brad Snider. Volvidos nove anos, Michael encontra-se a viver sob protecção do programa de testemunhas com a sua família em Los Santos. É aqui que entra Franklin Clinton, outro desgraçado que recorre ao crime para se ir safando na vida e que a dada altura se cruza com Michael e começa assim uma história cheia de peripécias.

O trio maravilha.
Sendo uma série que prima pelas inovações, GTA V é provavelmente um dos jogos mais bonitos que tive oportunidade de ver a correr na PS3. E sem dúvida que entra no Top10 de jogos com melhores gráficos nesta consola. É impressionante o nível de detalhe e pormenor que se pode ver neste jogo, desde as coisas mais banais até aos mais ínfimos detalhes em sítios onde possivelmente nem sequer iríamos dar conta. As personagens parecem ter vida própria, muito fruto das excelentes animações que as compõem e não me refiro apenas às nossas personagens mas também aos NPC's, sejam eles importantes ou meros transeuntes. E de louvar são as reacções que todas as personagens têm com o meio envolvente de acordo com as mais diversas situações. Embora não contenha tudo aquilo que vimos em San Andreas, GTA V engloba uma grande parte desse território, agora com muito mais detalhe e de certa forma expandido em várias áreas com novos sítios para visitar e explorar. E dá gosto andar por este mundo virtual, seja a pé ou de veículo, desfrutando assim de cenários fabulosos que vão variando consoante a altura do dia e mesmo com a possibilidade de podermos explorar o fundo do oceano (ou parte dele). Tenho a perfeita noção que mesmo tendo debitado mais de 40 horas no jogo, não vi tudo o que este me tem para oferecer.

Lar, doce lar.
Como seria de esperar, a parte audível é de uma qualidade excelente tal e qual a série nos tem vindo a habituar. Ned Luke, Shawn Fonteno e Steven Ogg dão a voz a Michael, Franklin e Trevor respectivamente sendo que a sua performance é fabulosa e irrepreensível, onde os diálogos estão dotados de uma escrita bastante sólida e conseguem fazer com que o jogador consiga facilmente criar empatia com três personagens tão distintas entre si. Além de que a comicidade é um factor que está quase sempre presente, especialmente no caso de Trevor ainda que a ideia nem sempre seja essa mas vindo de um maníaco homicida com tendência para se apaixonar pelas vítimas, esperamos tudo. A música sempre foi um dos pontos fortes de GTA, optando por uma selecção de faixas conhecidas do público e bastante actuais, ao longo de quinze postos de rádio, sendo que dois são apenas de conversa para quem aprecia isso. Pessoalmente gosto de andar a conduzir bólides a altas velocidades, espalhando o caos pelo centro da cidade enquanto ouço Rihanna. Yep, é um dos meus guilty pleasures. Já no que concerne ao design sonoro, tudo está impecável, desde o típico white noise citadino, às conversas alheias entre NPC's, passando pelo som ambiente de diversos locais e claro, sem esquecer, tudo quanto meta gritos, tiros, carros, algo que já damos por adquirido nos tempos que correm.

Nome: Trevor - Especialidade: Sarilhos
GTA V veio inovar em todas as vertentes e não se fica só pelo grafismo e áudio. A jogabilidade, a meu ver, foi amplamente melhorada. Por um lado temos agora três personagens com quem nos devemos preocupar e cada uma tem a sua vida e como tal os seus pertences, propriedades e bens. Por outro, cada uma tem uma habilidade especial que se pode revelar particularmente útil nas mais variadas situações, pelo que o próprio jogo fomenta a utilização das três. E claro, tudo isto decorre em tempo real, sem loadings de espécie alguma. Se estivermos com Michael no centro da cidade e mudarmos para Franklin, este poderá estar em casa ou noutro sítio. Se voltarmos a mudar logo para Michael, este poderá ainda estar no centro mas um pouco mais à frente do sítio onde o largámos. Se demorarmos muito mais tempo, ele poderá simplesmente ir para casa ou até mesmo meter-se numa confusão qualquer. Mas isto é mais normal com Trevor, onde por norma sempre que mudamos para ele damos com ele em cuecas, no meio do deserto com uma garrafa sabe-se lá do quê e uma pistola na mão. São estes momentos que distinguem um jogo dos demais.

They see me rollin'...
Algo que melhorou definitivamente desde GTA IV foi o sistema de combate. Andar à pancada agora não se trata de uma luta com a câmara mas sim de batermos nos oponentes com um ângulo que nos proporciona uma vista adequada da acção. Não obstante, andar aos tiros é agora ainda mais fácil graças ao sistema de cover ter sido amplamente melhorado e as personagens terem reacções mais reais ao meio envolvente ao invés de "colar" ao primeiro obstáculo que encontram. Por outro lado as missões são também muito mais variadas e divertidas com praticamente nenhum momento que considerasse frustrante do ponto de vista do progresso. E sim, agora temos uma vertente nova: assaltos a bancos. Estes requerem preparação, contratarmos as pessoas certas para o trabalho em questão e no final se tudo correr bem, cada um tem direito à sua parte. E o mais giro é que podem correr mal! De resto temos uma liberdade imensa para fazermos o que bem nos der na gana, com uma imensa panóplia de veículos à nossa disposição, desde carros, motas até aviões que conferem uma dimensão extra a tudo aquilo que vimos até agora. E se for caso disso, podemos apenas relaxar e aproveitar o que a cidade tem para nos oferecer em termos de diversão (o strip é particularmente interessante) e lazer, onde o ténis fez as minhas delícias devido ao quão bom é neste jogo (a Rockstar já fez um jogo de ténis, lembram-se?). Já o modo online foi coisa na qual não toquei mas tanto quanto sei era um mundo aparte onde podíamos fazer as mesmas coisas mas com outros jogadores, bem como jogar os habituais modos multiplayer e ainda hoje é jogado por muitos embora na PS3 tenha ouvido relatos de que os cheaters abundam e visto ser uma plataforma praticamente morta, a Rockstar nem quer saber.

Hora de limpar a escória governamental.
Em suma, GTA V é daqueles jogos quase, quase perfeitos. Se tem defeitos, não me recordo de nenhum para poder apontar o dedo. Só se for o facto que as versões PS3 e Xbox 360 ficaram obsoletas pelo lançamento das versões superiores tecnicamente de PS4, Xbox One e o titã que é a versão de PC com a sua comunidade de modding mas sinceramente seria injusto pois qualquer versão permite desfrutar do jogo com as mesmas expectativas (a menos que estejam sedentos de jogar em modo FPS). Bom, com tudo isto não resta margem para dúvidas que estamos perante um valente JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: tiros futuristas na PS3.
 
MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário