9 de fevereiro de 2018

Anarchy Reigns [Limited Edition]

Cover art interessante.
Desenvolvido por: Platinum Games
Publicado por: Sega
Director: Masaki Yamanaka
Produtor: Atsushi Inaba
Compositor(es): Naoto Tanaka, Hiroshi Yamaguchi, Akira Takizawa
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360
Lançamento:05-07-2012 (JP), 08-01-2013 (EUA), 11-01-2013 (EU)
Género: Beat 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para até 16 jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (3223MB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock3, HD 720p, Funcionalidades de rede
Outros nomes: マックス アナーキー que se traduz em Max Anarchy (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o duas vezes em Normal. Um dia quem sabe volte à carga com este.

(Frio e chuva... grrr!)

Em bom inglês como se gosta.
Há uns anos atrás, um jogo particularmente violento e cheio de estilo fazia a sua estreia na Wii, trazendo até à consola aquilo que os fãs queriam: algo diferente e que se destaca-se dos demais. Assim surgiu MadWorld, um jogo cujo objectivo era simples: aniquilar todos os inimigos, alcançando o máximo de pontos possível e assim chegar ao boss de cada nível. Uma espécie de Battle Royale se assim preferirem. Mas se são leitores assíduos aqui do espaço, provavelmente já devem (ou deviam) ter lido o que penso acerca desse título. Pois bem, alguns anos mais tarde eis que surge a sequela, ou como preferem os entendidos dizer, a sequela espiritual de MadWorld, ainda que para mim me pareça uma sequela directa e à qual deviam ter chamado MadWorld 2. Mas cada um com a sua opinião. Talvez tenha sido por isto que este jogo me passou ao lado inicialmente, tendo apenas adquirido o mesmo alguns anos mais tarde, algures entre Março e Abril de 2016 por cerca de 12 euros, novo e selado oriundo de uma loja online. Esta Limited Edition traz uma personagem bónus bastante especial e 2 modos de jogo online extra.


Manual, papelito e disco.
Anarchy Reigns apresenta-se com um jogo de conceito simples: destruir todos os inimigos, pontuando o máximo que se conseguir e assim seguir para o chefão a fim de o derrotar. Obviamente existe uma história por detrás de tudo isto mas muito sinceramente não lhe prestei a mínima atenção. Desta vez não se trata de um torneio mas sim de uma missão levada a cabo por duas personagens diferentes. Uma delas é o já conhecido Jack Cayman, o nosso amigo que tem a moto-serra no braço, fuma charutos e tem uma atitude de caca, não hesitando em resolver tudo com violência. O outro é um estreante de nome Leonhardt "Leo" Victorion, membro da unidade Strike One cuja missão é a mesma que Jack: capturar Maximillian Caxton. Só que ao contrário de Jack, que foi contratado pela filha de Max para encontrar o pai, Leo e a sua equipa têm outros motivos. Como vos digo, a história pouco ou nada interessa.

A cidade é um local acolhedor.
Em termos visuais, Anarchy Reigns podia ser como MadWorld com os seus visuais cheios de estilo onde vermelho e amarelo contrastavam com o preto e branco predominantes, e que destacavam este título de todos os outros. Mas não, aqui temos um grafismo igual a tantos outros que não se destaca particularmente por nada a não ser uma palete de cinzentos acentuada em algumas partes e uma explosão de cores noutras, cenários completamente destruídos (em grande parte) mas que não são lá muito memoráveis embora variem um bocadinho. Já as personagens são bastante agradáveis visualmente, com uma ampla variedade entre elas pois nenhuma é igual e onde as animações são bastante boas. Os inimigos entram naquela rotina de se repetirem com frequência sendo que alguns deles são variantes de outros. A acção, contudo, é bastante frenética e divertida q.b. até se começar a entrar na reiteração na qual o jogo assenta e os 30 frames sob a qual se desenrola não são particularmente a imagem de marca da Platinum. A 60 frames, talvez este jogo se tornasse ligeiramente melhor.

O multiplayer que não cheguei a ver.
A componente sonora é um dos pontos fortes na minha opinião, com uma ampla selecção de faixas sonoras que se traduzem em hip-hop e dubstep, um pouco como se ouviu em MadWorld. E mesmo que não apreciem nenhum dos géneros, o certo é que esta sonoridade assenta bem com o ambiente e acção do jogo. O voice-acting é também algo que apreciei em especial, com diálogos bem estruturados e cada personagem tem as suas características bem vincadas, sobretudo aquelas que já conhecemos, ainda que a história, mais uma vez volto a frisar, não seja minimamente interessante. Os efeitos sonoros funcionam tal como planeado, com murros, pontapés, grunhidos, tiros e carne a ser desfeita a tomarem a spotlight.

Aquilo é um... Hunter?!
O porquê de não ter pegado neste jogo logo na altura em que foi lançado deve-se apenas a um factor: multiplayer. O marketing do jogo foi todo feito em torno disso, uma experiência online onde 16 jogadores podiam esbofetear-se uns aos outros, com personagens completamente over the top em vários modos de jogo que incluem Tag Team, Battle Royale, Death Match, Capture the Flag e Survival, com dois modos adicionais Dog Fight e Mad Survival como DLC. Ora bem, como devem calcular, ao saber disto nem sequer considerei em comprar o jogo visto abominar jogar online. Mais tarde, após alguma investigação descobri que afinal o jogo tem um modo single player, com uma história mal amanhada e pelo preço certo lá arrisquei.
Prato do dia: espetada de lulas.
Quanto ao modo multiplayer nada digo pois nem sequer o experimentei, visto que na altura já ninguém jogava isto mas o single player deu para algumas horas de entretenimento. A jogabilidade é bastante simples: podemos usar murros e pontapés para pacificar as hostes, incluindo claro está, alguns movimentos especiais para apimentar a acção. Ambas as personagens são bastante diferentes, com um moveset especifico sendo que Leo é mais rápido e ágil no geral e Jack é o tanque de serviço primando pela força bruta mas sofrendo em velocidade. O combate é bastante satisfatório e divertido se apreciarem brawlers no brainer onde bater e pontuar é o objectivo, podendo fazer uso do cenário para tirar partido das situações. Inimigos é coisa que não falta, desde os mais pequenos e chatinhos, aos maiores e igualmente chatos, não esquecendo os bosses que vão desde o nosso tamanho, ao tamanho de edifícios em certos casos. Estas batalhas são sem dúvida as mais divertidas.

Xiu! De boca fechada és mais bonita.
Curiosamente o jogo incentiva-nos a jogar com ambas as personagens, visto os seus caminhos se cruzarem por diversas vezes e alguns eventos serem diferentes. Por outro lado, após terminarmos o jogo com ambas, podemos jogar numa espécie de Free Mode com qualquer uma das personagens que usamos no multiplayer (ou seja os bosses) tornando o jogo novamente interessante do ponto de vista de exploração de novos movesets. E porque não jogar com o último boss de MadWorld, Black Baron? Ou melhor ainda, jogar com a Bayonetta! Ela é a tal personagem que referi acima, incluída nesta edição um pouco como fanservice (e confesso que isso também me levou a comprar o jogo) e desancar inimigos com esta senhora torna-se ainda melhor.

Dois velhos "amigos".
Para passar tempo ou simplesmente fazer uma pausa de jogos mais complexos, Anarchy Reigns é uma boa opção com algumas horas de divertimento pela frente. Não é particularmente memorável nem uma hidden gem e o seu grande trunfo, o online, está morto, mas se o apanharem baratinho é jogo que recomendo. E sem mais conversa, temos aqui mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: uma compilação de fighters na PS2.
MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário