5 de fevereiro de 2018

Dragon Ball Z Budokai 3

Só homens fortes!
Desenvolvido por: Dimps
Publicado por: Atari (US/EU), Bandai (JP)
Director: Eric Vale
Produtor(es): Jim Boone, Tom Nanjo
Compositor: Kenji Yamamoto, Hiroshi Kamo
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 16-11-2004 (EUA), 03-12-2004 (EU), 10-02-2005 (JP)
Género: Fighting
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo torneio, Modo Versus para dois jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (110KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração
Outros nomes: Dragon Ball Z 3 (JP)
Estado: Completo
Condição: Boa, com algumas marcas de uso
Viciómetro: Acabei-o diversas vezes, tantas que nem me lembro.

(Estou farto de frio. Mas isso já se sabe.)

Sem papelitos colantes.
Dragon Ball é daqueles fenómenos que não tem explicação. Surgindo algures durante os anos 80 no Japão, vindo directamente da cabeça de Akira Toriyama com algumas influências da não menos conhecida história Journey to the West, Dragon Ball conta-nos a história de Son Goku, um rapazito que chegou à Terra sem memórias da sua origem e que sendo adoptado por um velhote começa desde cedo o seu treino nas artes marciais. Até aqui, nada de especial mas o certo é que com o progredir da trama, a série tornou-se em algo maior do que si própria (note-se que esta é baseada no manga original) movendo multidões para assistir ao próximo episódio. E quando digo multidões é mesmo a sério, desde miúdos a graúdos (sendo estes próprios pais dos miúdos) que paravam de fazer o que estavam a fazer, fosse ir às aulas ou fazer uma pausa no trabalho. E a nossa dobragem é qualquer coisa de especial de tão má que é, que se tornou famosa por isso em todo o mundo. É o chamado "é tão mau que é bom". Mas como se é sabido, Dragon Ball originou também imensos videojogos, mais do que me possa lembrar, alguns bons, outros terríveis mas é dos bons que se pretende saber mais. O jogo que trago até aqui hoje, para mim, ainda continua a ser o melhor jogo de Dragon Ball de sempre. Ainda não experimentei o novo Dragon Ball FighterZ mas mesmo que esse seja excelente, nunca irá preencher o lugar do outro. Este exemplar aterrou na colecção entre Março e Abril de 2016, vindo da Play N' Play por cerca de 5 euros.


Manual e DVD.
Dragon Ball Z Budokai 3 marca a terceira entrada na saga Budokai, que se estreou na PS2 e que teve algum sucesso muito devido aos seus visuais e jogabilidade. Ainda assim, foi preciso chegar ao terceiro jogo para atingir aquilo que se chama perto da perfeição. Hoje poderá já não o ser mas naquela altura certamente que o era. Conhecendo Dragon Ball de trás para a frente, a história deste jogo é a mesmíssima de sempre, seguindo aquilo que conhecemos da série, com as três sagas bem representadas (Freezer, Cell e Buu) bem como uma quarta saga que se baseia nos eventos de Dragon Ball GT (aquela série que todos desprezam mas no fundo nem é tão má quanto se pinta). O curioso, e aqui é que o jogo ganha pontos a meu ver, é que se introduziram as personagens dos filmes (que não são canon na história original) na história originando assim um desenrolar de acontecimentos completamente diferente em certas partes. Não vou estragar essa surpresa se ainda não jogaram este título.

Broly enfarda uns sopapos.
Fazendo uso do cel shading de forma extensiva, Budokai 3 é um jogo visualmente bastante bonito e que captura muito bem a essência da série. Desde as personagens aos cenários, tudo é bastante fiel ao material original, com cores vibrantes, variedade cénica e acima de tudo a acção é frenética que corre a 60 frames sem quebras de espécie alguma. A animação das personagens é também impecável, o que proporciona uma excelente experiência de jogo. Destaco o vídeo de introdução como algo de fabuloso por ter sido feito de raiz para o jogo onde se podem ver as personagens com um design mais moderno (parecido ao de Dragon Ball Super) e até um Vegeta com o cabelo em tons de castanho (tal como o seu pai), fazendo-se acompanhar de uma música altamente viciante.

Yep, este tipo aparece de vez em quando.
Onde este jogo peca um pouco é na componente sonora. Não pelos efeitos sonoros pois esses são excelentes e representam na íntegra toda a atmosfera da série mas sim pelo voice acting. Como sabem, se são leitores regulares do blog, eu tenho uma especial predilecção pelo voice acting original. Neste caso, tratando-se de Dragon Ball, o japonês seria a língua escolhida mas infelizmente esta versão do jogo só conta com a dobragem americana. Embora não seja terrível, custa um bocadinho ouvir estas personagens tão carismáticas a falar inglês e em alguns casos com tons de voz completamente diferentes do original japonês. Isto poderá apenas ser uma picuinhice minha mas o facto é que faz toda a diferença. Ainda assim, as vozes são toleráveis e ao fim de tantos anos a jogar isto já nem me faz comichão. A banda sonora é também bastante boa com temas catchy que se encaixam bem na acção.

Apetecia-me um almoço daqueles...
Na parte jogável, Budokai 3 é uma melhoria bastante grande face aos jogos anteriores. O controlo é de fácil aprendizagem com combos rápidos e ataques especiais para complementar os mesmos, onde podemos também esquivar os ataques do adversário e até usar teleports para tornar as coisas mais frenéticas. Para usar os ataques especiais é conveniente carregar as nossas barras de Ki, algo que pode ser feito a qualquer altura com o pressionar de dois botões mas que nos deixa expostos a ataques inimigos. Alguns ataques mais devastadores incluem o Dragon Rush (uma espécie de pedra/papel/tesoura) e os Ultimate Attacks (o nome diz tudo). Tudo isto está assente no sistema de cápsulas que podemos equipar nas nossas personagens, num dado número de slots. Estas mesmas podem ocupar um slot ou mesmo todos, dependendo do que se trata. Aqui surgem inúmeras combinações que podemos fazer com uma só personagem, considerando que existem umas 40 para usar. E existem combinações altamente devastadoras em combate, com algumas cápsulas a serem mais abusadas do que era suposto.

Pedra, papel, murraça na boca!
O modo com mais destaque no jogo é sem dúvida o Dragon World que é o modo história, onde escolhemos uma personagem e seguimos o seu rumo naquela história que já conhecemos. Obviamente, algumas têm mais história do que outras mas é do vosso interesse jogarem com todas, não só pelas cápsulas que podemos apanhar mas também personagens secretas e eventos secretos que possam surgir. Neste modo podemos voar pelo mapa mundo e aterrar em locais específicos para interagir seja com personagens, eventos ou itens quase que numa espécie de RPG pois as personagens vão evoluindo os seus diversos atributos. É sensato repetir a história de cada personagem depois de concluída a primeira vez pois ocorrem eventos de diferente forma, tornando o jogo ainda mais interessante.  Outros modos incluem o famoso World Tournament, onde podemos ganhar algum dinheiro extra (os tais Zeni) que posteriormente pode ser utilizado para comprar cápsulas novas. O modo Dueling serve apenas para jogarmos contra o computador ou um adversário humano, tal como o nome sugere e o Practice é isso mesmo, para praticar. No Skill Editing podemos editar as nossas personagens a nosso bel prazer bem como adquirir novas cápsulas.

Sim, o teu irmão é um fracote.
Bom, já dá para terem uma ideia do quão bom Dragon Ball Z Budokai 3 é. Mesmo ainda hoje é um excelente jogo a ter na PS2, sobretudo se conseguirem apanhar a Collector's Edition, que saiu depois desta edição normal e que traz as vozes em japonês bem como três indumentárias extra para Goku, Picollo e Trunks (e ainda vem numa caixa com uma sleeve de cartão toda catita). A versão Platinum tem exactamente o mesmo conteúdo que esta CE, excepto ser feia visualmente por ser desta gama. Não recomendo de todo a HD Collection devido ao facto da banda sonora ser completamente diferente da original devido ao compositor na altura ter sido acusado de plágio mas se isso não vos fizer espécie, o conteúdo é o mesmo da CE. E com tudo isto, estamos perante um verdadeiro JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: a sequela de um jogo de Wii, na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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