Esta cover art deixa algo a desejar. |
Publicado por: Sega
Director(es): Ryuichi Nishizawa
Artista: Maki Ohzora
Argumentista: Yoshimi Kanda
Compositor(es): Jin Watanabe
Plataforma(s): Mega Drive, Mega Drive Mini, Nintendo Wii (VC), PlayStation 3 (PSN), Xbox360 (XBLA)
Lançamento: 01-04-1994 (JP) (Mega Drive)
Género(s): Plataformas, Acção, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Não se aplica
Funcionalidades: Gravação de progresso
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez.
Traseira da versão japonesa. |
Continuando a explorar o catálogo que a Mega Drive Mini tem para oferecer, eis que me deparo com mais um jogo que nunca tinha jogado anteriormente e por mais do que um motivo apenas. Por um lado porque nunca tinha dado a devida atenção à série de jogos onde se enquadra e por outro porque até há coisa de uns anos atrás, só existia na sua versão japonesa, algo que depois foi colmatado com o lançamento da versão digital (em inglês) nas respectivas lojas digitais de cada consola (Wii, PS3 e X360). Com a chegada da Mega Drive Mini, eis que finalmente tive oportunidade de experimentar este jogo que aqui apresento hoje, algo que podia ter feito via emulação bem antes mas que não teria sido a mesma coisa.
Aqui podemos... rezar. |
Monster World IV marca assim a sexta entrada no universo Wonderboy/Monster World, apesar de ter um 4 no título e é também o último jogo da saga a ser desenvolvido pela Westone. Desta vez seguimos a história de Asha, uma jovem rapariga que embarca nesta aventura após ter ouvido os pedidos de ajuda dos espíritos através do vento. Pouco após o início da sua demanda, torna-se mestre de um génio que a vai ajudar ao longo do seu percurso bem como adopta um pequeno monstro comum neste mundo chamado Pepelogoo, que a vai ajudar em diversas ocasiões.
O primo ciclope do Hulk. |
Algo que realmente se destaca neste jogo é a componente visual que é bem superior à do jogo que o antecedeu. O grafismo mantém toda aquela vivacidade de cores característica da saga mas agora tudo é bastante mais bonito e detalhado, com sprites grandes e animações bastante boas, sobretudo alguns inimigos de onde se destacam os bosses com dimensões grandes e imensos pormenores visuais. Os cenários são variados com diferentes locais que podemos visitar ao longo da nossa aventura tornando as coisas agradáveis e pouco repetitivas embora passemos algum tempo na mesma cidade sempre que completemos uma das masmorras.
Aquele bicho está assim para o gordinho... |
A banda sonora de Monster World IV é um pouco decepcionante se comparada à do jogo anterior pois aqui apostou-se em melodias que são praticamente variações do mesmo tema que é usado ao longo do jogo. De início talvez não se note tanto mas com o passar das horas a jogar, vamos perceber que já ouvimos esta música em algum lado mas com uma ou outra diferença. É de facto estranho quando o jogo anterior tem uma banda sonora fantástica e variada que fica no ouvido. Já os efeitos sonoros são bastante bons, reciclando alguns dos que já tinham sido usados anteriormente, com algumas variações incluídas mas que se tornam estranhos em certas ocasiões, de onde destaco o som dos corações de vida, que é o mesmo das moedas, algo que no jogo anterior não era o caso.
A Shantae aprendeu com Asha. |
No que concerne à jogabilidade, Monster World IV melhorou algumas das coisas que o seu antecessor não fazia tão bem. O controlo de Asha é simples, com um botão para atacar (algo que agora podemos fazer em todas as direcções) e outro de salto mas introduziram-se novas mecânicas para tornar a tarefa mais fácil e agradável. Asha pode agora correr ao pressionarmos duas vezes na direcção desejada, ainda que isto não permita saltos mais longos pois perde-se todo o impulso ao saltar, o que é deveras estranho. Por outro lado, com o nosso amigo Pepelogoo, temos um botão dedicado para o chamar e assim fazer uso das suas habilidades que vão desde fazer pequenos voos connosco agarrados a ele bem como servir para passarmos certos obstáculos ao longo das masmorras. Asha pode ainda coleccionar uns itens que ao juntarmos 10 aumentam a sua barra de vida e existem imensos espalhados não só pelas masmorras mas também na cidade. Algo que mudou e sinceramente não gostei muito é que agora temos de pressionar o D-pad para baixo se quisermos usar o escudo para defender ataques inimigos, e isto é particularmente usado em certas partes.
Os bosses são bastante fáceis. |
Mas algumas coisas mudaram para pior. Uma delas é o sistema de inventário. No jogo anterior podíamos ir adquirindo ou comprando itens e equipamento, sendo que tudo ficava connosco e podia ser trocado ao nosso gosto. Em Monster World IV, o equipamento simplesmente é substituído pelo mais recente que comprarmos podendo depois ser readquirido novamente por um custo mais baixo. A meu ver isto é regredir num sistema que funcionava bem. Há também determinado equipamento que se não o comprarmos na altura certa, não vamos ter acesso a ele depois de passarmos um determinado ponto na história, o que a meu ver é mais um castigo do que outra coisa, pois ter dinheiro neste jogo é mais difícil. Outra coisa que também piorou é o facto de existir apenas uma cidade central que visitamos vezes sem conta, tornando as coisas nitidamente mais monótonas pois no jogo anterior existiam várias cidades, com diferentes raças de habitantes e sempre era algo simpático de se visitar. Isto no geral torna o backtracking neste jogo praticamente inexistente visto que quase tudo quanto é "secreto" está na cidade ou no castelo dentro da mesma, pois as masmorras após completas não podem ser revisitadas (outra decisão estranha). E falando nestas, o seu design é mais linear bem como a sua exploração com uma menção especial a uma delas que é particularmente aborrecida pois prolonga-se para além do tolerável e é a única que tem um mapa já devido a isso (os designers sabiam que tinham feito porcaria).
De um modo geral, Monster World IV não é um mau jogo, nada disso. Mantém algumas coisas que tornam o anterior bom, melhorou outras tantas mas no geral parece que falta algo mais a esta experiência que se pedia superior em tudo. Ainda assim gostei daquilo que joguei e recomendo este JOGALHÃO DE FORÇA!
MURRALHÕES DE FORÇA:
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