29 de dezembro de 2010

Black

A capa promete.
Desenvolvido por: Criterion Games
Publicado por: Electronic Arts
Motor Gráfico: RenderWare
Plataforma(s): PlayStation 2, Xbox
Lançamento: 24-02-2006 (EU), 28-06-2006 (EUA)
Genéro: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo campanha para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Memory Card 8MB (59KB mínimo), Compatível com Dualshock e apenas Joysticks Analógicos
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o 4 vezes, uma em cada dificuldade. A última é um bocado bater no ceguinho, tem-se munição infinita, apesar dos inimigos serem mais resistentes que metal.

(O final do ano aproxima-se mas o Jogalhões está longe de estar completo. Isto porque ainda faltam N jogos para serem mostrados às internetes aqui pelo je. Muita escrita e fotografia pela frente...)

Entra a matar! É uma ordem!
First Person Shooters, ou FPS, nem sempre tiveram esta designação. No tempo do avôzinho de todos os FPS, Wolfenstein 3D, estes eram conhecidos por "In Your Face" porque basicamente tudo o que acontecia no jogo era literalmente na nossa cara, ou em último caso, batia-nos na cara quando chegava demasiado perto. Isto lembra-me todas as horas perdidas no "filho" do velhinho Wolf3D, famoso em todo o mundo e que dá pelo nome de DooM. E a verdade é que foram bons momentos de acção frenética e que fundam a base do meu gosto por este tipo de jogos que hoje em dia tendem a ser cada vez mais realistas, ou pelo menos, esforçam-se para o ser. Black, é um dos vários FPS que tenho para PlayStation 2 e foi-me oferecido numa época festiva, creio que num Natal, pela minha irmã mais nova. Good girl, good girl!


Manual, disco e catálogo da EA.
Black é um jogo que se destaca dos outros do seu género por diversos motivos. Primeiro porque foi desenvolvido pela Criterion, conhecida pelo excelente trabalho na saga Burnout e sem experiência neste campo. Curiosamente conseguiram fazer pelos FPS o que fizeram pelos jogos de corridas, destruir tudo! No bom sentido claro. Chego assim ao segundo ponto, destruição. O cenário é altamente interactivo e podemos rebentar com quase tudo, desde a torre da igreja, ao depósito de combustível, passando pelos reclames luminosos dos edifícios e acabando nas janelas. Tudo explode, tudo se fura, tudo se parte, ou quase tudo. E claro, não querendo minimizar o seu valor, destaca-se também pelo seu grafismo pouco convencional numa PS2, devido ao seu realismo, suavidade e tons naturais que lhe conferem um ambiente e credibilidade fora do comum.

Voa sacana, voa!
Não querendo perder tempo com a "história", que se resume a um membro de um grupo de Black Ops da CIA, a ser interrogado devido às suas acções contra o terrorismo na Tchechénia (acções essas que são o jogo em si), parto logo para o grafismo. Como já referi, Black prima pelo grafismo, a meu ver, do melhor que esta consola já teve o prazer de experimentar e que certamente puxou pelo Emotion Engine como poucos. Dá gosto apreciar os cenários, quando não há inimigos por perto e claro, quando rebentamos alguma coisa resultando em explosões colossais e poeira por todo o lado. Atrevo-me a dizer, que faz sombra a muita porcaria que se vê hoje nas consolas HD, feita às três pancadas. As armas estão fielmente recriadas e facilmente as reconhecemos, mesmo não sendo gun nuts , facilmente identificamos uma Uzi de uma MP5, ou até mesmo uma SPAS12 de uma Remington 870 (eu não sou gun nut :P).

Big sniper for sniping!
No campo audível, Black é surpreendentemente bom. Apesar de não ter uma banda sonora memorável, até porque durante os níveis ouviram 90% do tempo o som ambiente, este está muitíssimo bem concebido. Desde o som das balas, das armas, até ao som de vidros a partir, de pedra a saltar com o impacto do metal, tudo é real ao ponto de darmos por nós a tentarmos esconder-nos do fogo inimigo, especialmente se estivermos a jogar com headphones. Neste tipo de jogos, a meu ver, é importante que esta parte esteja bem desenvolvida pois, a título de exemplo, o som de passos ou dos inimigos a falar, pode determinar uma batalha a evitar ou o desperdício de preciosa munição e consequentemente de uma vida.

Um bonito dia no asilo.
Passando à jogabilidade, Black desempenha bem o seu papel. Porta-se à altura de qualquer FPS da época, tem pormenores interessantes como o desfocar da imagem quando fazemos reload, uma vez que estamos a olhar para a arma que temos na mão, ainda que isso se possa tornar incómodo numa intensa troca de tiros, podem contornar essa situação com um pequeno exploit que envolve o botão de reload. Temos de vez em quando uma equipa a "ajudar" em certas missões. Eu disse "ajudar" porque pouco ou nada fazem, são invencíveis e limitam-se a fazer tudo o que fazemos, até colocar um silenciador se fizermos o mesmo. A IA dos inimigos não é a melhor, muitos deles vêm a correr para cima de nós, especialmente os que têm body armor, riot shield e magnums (sidearm, não gelados). Quando não o fazem ficam a acampar em pontos estratégicos à espera que avancemos e sejamos furados que nem fdp's. É irritante, acreditem, especialmente no último nível é a táctica recorrente de quase todos os sacanas que estão no bunker. Mas com paciência, faz-se bem e sem grandes percalços. O único senão é que como Black ainda faz parte da geração de FPS com barras de vida, nas dificuldades mais elevadas, não há medipaks extra para levar no inventário e é raro apanhar os instantâneos no campo de batalha. Portanto, cuidadinho...

Com isto já ficam com uma ideia de Black. É um bom FPS, que teve críticas inconstantes, desde muito bom a mediano, sem grande inovação e demasiado curto. Aclamado pelo grafismo, ambientes destrutíveis e pelo campo sonoro que arrecadou prémios em 2006, Black espera pelo seu sucessor espiritual, Bodycount, a cargo de grande parte da equipa original, agora integrando a Codemasters. Joguem-no, é relativamente fácil de achar no Jumbo, Worten e Vobis por cerca de 9 euros. E a este preço, é um verdadeiro JOGALHÃO DE FORÇA!

Volto assim já, já.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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