3 de março de 2020

The Story of Thor

Capa da versão europeia.
Desenvolvido por: Ancient
Publicado por: Sega
Produtor: Yuzo Koshiro
Designer: Kataru Uchimura
Artista: Ayano Koshiro
Argumentista: Juri Ogawa
Compositor: Yuzo Koshiro
Plataforma(s): Mega Drive, Mega Drive Mini, Nintendo Wii (VC), PC, Mac, Linux, iOS, Android
Lançamento: 08-12-1994 (EUA), 12-12-1994 (JP), Março de 1995 (EU) (Mega Drive)-
Género(s): Acção, Aventura, Action RPG
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Não se aplica
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartucho
Outros nomes: The Story of Thor: Hikari o Tsugu Mono (JP), Beyond Oasis (EUA)
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez e chega.

E a respectiva traseira.
Voltando à carga na Mega Drive Mini, eis que surge mais um jogo que na época do seu lançamento me chamou à atenção devido a diversos factores sendo um deles o facto de se parecer com The Legend of Zelda. Embora não fosse um jogo incomum, este não me passou pelo estreito pelo que nunca tive oportunidade de o experimentar na altura e só mais tarde via emulação é que o joguei um bocado sem ter formado uma opinião acerca do mesmo. Com a Mega Drive Mini foi então altura de o jogar como deve ser e concluir que de uma forma geral não perdi muito em ter deixado este escapar nos anos 90.


Vai haver tempestade...
The Story of Thor (ou Beyond Oasis como é conhecido nos EUA) leva-nos até à terra de Oasis onde o príncipe Ali descobriu uma Gold Armlet, usada anteriormente por um poderoso feiticeiro para combater as forças do mal, encabeçadas por um vilão detentor da Silver Armlet. Enquanto esta é usada para criar o mal e a destruição, a Gold Armlet permite invocar espíritos para combater estas nefastas forças. Ali tem assim de percorrer todo o território na esperança de se tornar mais forte e acabar permanentemente com esta ameaça. O que sinceramente me faz espécie é o nome deste jogo na Europa e Japão pois nada tem a ver com mitologia nórdica.

PIM! Mesmo na boca!
Um dos pontos fortes a favor deste jogo é sem duvida a parte gráfica, que nos presenteia com visuais soberbos e bastante coloridos, onde os cenários são também variados q.b. com imensos locais a explorar. Os sprites são bastante grandes para um jogo de 16-bit mas tudo isto tem um custo: a performance do jogo. A frame rate anda apenas pelos 30fps e por vezes até abaixo disso em certas zonas, o que a meu ver afecta a jogabilidade mas já lá vamos. Por outro lado, embora os sprites sejam de dimensões grandes, a animação destes não é de todo a melhor com bastante choppiness nos movimentos, tanto de Ali como dos inimigos. Embora exista alguma variedade no design dos inimigos, é usado o habitual palette swap na maior parte deles o que se torna bastante comum mais para a frente. Contudo, os bosses contam com alguns designs incríveis e são sem dúvida o ponto alto nesta parte técnica.

O mapa é de fácil compreensão.
Yuzo Koshiro é o homem que tratou da banda sonora e mais uma vez proporciona-nos uma boa experiência ainda que não seja ao seu estilo habitual com aquelas batidas electrónicas. Em The Story of Thor temos uma composição musical mais melódica e a incitar à aventura e exploração, algo que a meu ver resulta bem, com temas memoráveis ainda que não goste de ouvir todos. Em termos de efeitos sonoros, existe uma selecção variada destes para todas as ocasiões desde gritos a grunhidos no caso dos inimigos e personagens, sem esquecer itens e afins. No geral não aponto nenhum defeito neste campo.

Toca a "escacar" pedra!
Onde The Story of Thor me desiludiu foi na jogabilidade pois confesso que esperava algo diferente e melhor. O controlo de Ali é bastante simples, onde cada botão tem a sua função específica como atacar, invocar o espírito e saltar/agachar, contando ainda com o Start para o menu. Se usarem um comando de seis botões, as coisas tornam-se melhores pois cada função tem um botão dedicado. Até aqui tudo normal mas quando se começa a mover e a atacar os inimigos é que se nota que a frame rate nem sempre ajuda e por vezes faz com que as coisas se tornem aborrecidas, sobretudo se estiverem rodeados de inimigos. Ali pode ainda correr e efectuar diferentes tipos de ataques que dependem de combinações do D-pad com o botão de ataque, bem como usar o espírito que tiver invocado para não só atacar bem como realizar outras acções desde nos curar até rebentar certos obstáculos.

Este boss é grande mas não dos mais chatos.
Cada espírito tem a sua função e utilidade, que varia também consoante o local onde estamos. Para os invocar temos de usar o nosso Gem Beam no elemento correspondente: água, fogo, sombra e planta (sem bem que estes dois últimos não se podem considerar bem elementos mas ok...). A troco de consumirem a nossa barra de magia, eles acompanham-nos para todo o lado até esta barra se esgotar ou nós decidirmos mandá-los embora. Podemos ainda usar certos itens para os invocar em locais onde não exista o elemento correspondente. Para além disto, existem ainda outros itens para recuperar vida e magia mas ainda mais importante são as armas que podemos apanhar. À excepção da nossa adaga, as armas têm uso limitado pelo que ao final de um tempo simplesmente ficamos sem elas. Isto é um sistema um tanto controverso mas existem variantes destas armas com uso infinito, que estão escondidas sob a forma de recompensas em diversos locais. Uma das melhores obriga-nos a ultrapassar uma gauntlet de 100 níveis sem hipótese de usar itens de cura e sem gravar, o que a meu ver é mau game design. Durante a história, nunca somos recompensados com nenhuma desta armas, o que devia ser a fórmula a seguir.

De um modo geral, The Story of Thor não é um mau jogo e até tem os seus momentos mas as suas falhas técnicas fazem com que a experiência se torne mais enfadonha do que devia. Felizmente na sequela (na verdade é uma prequela) tudo isto foi corrigido e do pouco que joguei gostei bastante. Mas isso será tema para outra análise se um dia vier a ter esse jogo. Até lá, este é mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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