25 de março de 2012

Batman: Arkham City [Collector's Edition]


O morcegão na caixa.
Desenvolvido por: Rocksteady Studios 
Publicado por: Warner Bros. Interactive Entertainment/DC Entertainment, Square Enix (Japão)
Director: Sefton Hill
Argumentista: Paul Dini
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 18-10-2011 (EUA), 21-10-2011 (EU), 23-11-2011 (JP)
Género(s): Acção, Beat 'em up, Stealth 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Challenge Rooms
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (1634MB no mínimo), Compatível com sensor de movimento do Sixaxis, Compatível com função de vibração do DualShock3, HD 720p, Compatível com 3D, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, em Normal e depois no New Game+ que é o mesmo que dizer em Hard. As Challenges, completei apenas as de combate ficando o resto por se ir fazendo.

(Primavera... venha mas é o Verão rapidinho!)

E a gata na parte de trás.
Bob Kane, um nome que para muitos pode não significar nada mas que para mim é sinónimo de um dos maiores super heróis de sempre. Adivinharam? Sim, é o Batman, um dos poucos que não tem super poderes e serve-se apenas da sua inteligência, físico e claro, dinheiro, para conseguir combater o crime na famosa (e fictícia) Gotham City. Obviamente, quando Bob Kane criou esta personagem que se intitula como o maior detective do mundo, nunca pensou que ainda hoje a mesma fosse uma das mais actuais e possivelmente uma das favoritas do público. Algo em que ele também não pensou foi que o sucesso da mesma personagem se reflectisse nos videojogos, depois de uma longa temporada de várias tentativas, algumas delas bem mázinhas. Bom, mas isso tudo é história e o que interessa é mesmo o jogo que aqui trago hoje. Este exemplar foi-me oferecido no Natal de 2011 e trata-se da Collector's Edition, que para além do jogo incluí uma estatueta em PVC da Kotobukiya, um artbook de capa dura, vários vouchers de DLC adicional que neste caso incluem fatos extra e um Challenge Room do Penguin e para finalizar, a banda sonora em formato digital. Apesar de ser uma edição interessante tem falhas. O jogo não tem caixa, vem dentro do artbook num suporte concebido para o efeito (no mínimo deveria vir num steelbook), a banda sonora é apenas alusiva ao jogo (e não a do jogo) sendo que também deveria vir em cópia física e ao contrário da edição americana, esta não traz o filme Batman: Gotham Knight. Enquanto não pude resolver estes "males" todos, arranjei uma caixa de plástico comum e arranjei uma capa a condizer com esta edição (frente, verso e inlay). Adiante...


Manual, disco e vouchers.
Batman: Arkham City começa 18 meses após os eventos de Arkham Asylum, onde como já se sabe, o nosso herói teve de travar um motim de escala colossal perpetrado pelo nosso amigo Joker. O antigo director  do asilo, Quincy Sharp, chegou à conclusão que as instalações não eram as adequadas para conter tantos malucos criminosos pelo que a solução passou por comprar uma parte de Gotham City e transformá-la numa mega prisão. Aqui os criminosos têm total liberdade para fazerem o que lhes der na gana desde que não tentem transpor as barreiras que os separam do resto do mundo. Como é de calcular, Bruce Wayne não vê isto com bons olhos e logo arranja maneira de se infiltrar, deparando-se depois com um problema muito maior do que aquele que estava à espera, tendo como oponente o psiquiatra Hugo Strange, agora a tomar as rédeas de Arkham City.

O conjunto em exposição.
Para quem jogou o título anterior, certamente não vai estranhar o excelente grafismo que se mantém a par em todos os aspectos. Batman continua com o seu físico imponente, onde se destacam pormenores como o dano que vai sustendo e que se vai notando cada vez mais na sua indumentária, algo já anteriormente visto. Arkham City tem uns visuais bastante bons, com uma atmosfera soberba estejamos nós no chão à pancada ou pelo ar a admirar as vistas. A cidade está cheia de pequenos detalhes que por vezes nos fazem parar para apreciar o trabalho realizado pelo senhores envolvidos no projecto. Por outro lado, os efeitos visuais também se destacam, ainda que não sejam tão notórios como na versão PC, onde as partículas são usadas de uma forma muito mais realista e em maior quantidade. Ainda assim, falhas à parte (como é o caso de algumas sombras e afins), é um jogo bastante agradável no campo visual. Algo que de facto continua a marcar pontos são as personagens, com excelentes animações e uma fluidez bastante acima da média, sem perderem uma pitada de detalhe, sejam elas os actores principais ou apenas os bandidos de segunda categoria que povoam este antro de malfeitores e inadaptados. Destaco em particular as senhoras pois são algo que salta à vista, se é que me entendem.

A peça de destaque desta edição.
Mantendo a fasquia elevada, Arkham City volta a ter um excelente elenco de actores para darem voz às personagens, sendo que Joker continua a ser um privilegiado ao ter Mark Hamill a debitar as hilariantes e doentias deixas, resultando numa mescla de comédia negra sem precedentes. De facto, Joker é provavelmente quem mais fala no jogo, ao ponto de deixar mensagens no voice-mail do morcego, a dizer que tem saudades dele, entre outras alarvidades. E isto é apenas a ponta do icebergue. É claro que a parte sonora não se resume apenas às vozes, sendo que o resto da sua componente sonora faz um excelente trabalho, com um som ambiente a condizer com as vistas e adequado a cada área que visitamos. A música é contudo escassa, algo cada vez mais comum nos jogos actuais, em detrimento de algo mais credível para a acção, mas faz-se sentir nos momentos de mais tensão ou simplesmente naqueles plot points onde a coisa realmente faz sentido existir. Desde os murros, aos gadgets, passando pelos grunhidos de dor dos inimigos, todo o som em Arkham City é utilizado com exactidão e sem falhas.

A melhor maneira de surpreender inimigos.
Quando uma fórmula resulta bem, pouco ou nada se deve mudar mas há sempre maneira de se melhorar as coisas. Em Arkham City, pegou-se na mecânica existente de Arkham Asylum e conseguiu-se a proeza de aperfeiçoar aquilo que já era bom. Quero com isto dizer que o sistema de Freeflow está ainda melhor do que anteriormente. Fácil de aprender mas difícil de dominar, assim se assume este sistema que basicamente assenta em combinações de ataque e esquiva, com a utilização dos gadgets de Batman lá pelo meio de forma a manter o combo e a variar as coisas um bocadinho. E falando em gadgets, o nosso herói tem agora à disposição uma panóplia ainda mais vasta de engenhos para todo o tipo de situações, que como dei a entender podem também ser usados em combate, para desarme ou imobilização de inimigos. Ajudando à festa, diversos upgrades tornam a tarefa bem mais fácil, quando comparado ao título anterior. Uma das novidades é que Batman não é o protagonista exclusivo e Catwoman entra na ribalta como personagem jogável, distinguindo-se pela sua extrema rapidez mas também por ser mais fraca fisicamente. Ainda assim, os episódios da mulher gato, complementam bem a história e são uma verdadeira festa de pancadaria, já para não referir que a Catwoman a andar de gatas é qualquer coisa digna de se ver com atenção!

RENHAAAU! :D
Em termos de dimensão, Arkham City é cinco vezes maior do que o seu antecessor, algo que resulta em várias side quests e muitos segredos do Riddler por desvendar, desde os seus troféus (tanto para Batman como para Catwoman) bem como puzzles diabólicos ou ainda salas estilo o filme Saw, onde temos sempre uma vitima para salvar. As side quests apostam na variedade, de acordo com cada inimigo, não se tornando em nenhuma instância aborrecidas. Obviamente algumas são repetitivas, visto arrastarem-se um bocadinho mas uma vez concluídas, somos recompensados generosamente.  Uma vez terminado o jogo podemos sempre optar pelo New Game+, onde ficamos com tudo o que apanhámos da primeira vez (upgrades e troféus do Riddler), excepto as side quests que têm de ser repetidas. A piada deste modo é que os inimigos dão mais luta e não há indicadores de counter sobre eles, quando estamos a combater, tornando isto mais divertido e desafiante. Para os mais persistentes existem as Riddler Challenges, que se traduzem em desafios, tanto de combate como de Predator, onde temos vários cenários para ultrapassar com uma dificuldade progressiva e diversos objectivos a cumprir para obtermos a pontuação máxima. Existe ainda um modo que combina estes dois, tornando as coisas ainda mais interessantes. Como já é habitual, os DLC extra incluem novos desafios para serem jogados com novas personagens como Nightwing e Robin, para além de Batman e Catwoman. A isto acrescem ainda diversas indumentárias das diversas fases do morcego, que podemos usar ao nosso gosto. Contudo, estes DLC são pagos como é hábito nos tempos que correm...

Este amiguinho foi fazer ó-ó!
Depois de tantos anos na escuridão, a figurar em jogos medianos e outros tantos maus, Batman vê a luz do dia e salta para o lugar de destaque que tanto merece. Quem jogou Arkham Asylum vai adorar esta sequela e quem não jogou, faça o favor de começar por algum lado pois são dois jogos desta geração que merecem ser jogados até à exaustão. Creio que não é preciso mais nada para vos convencer de que este é sem dúvida alguma um JOGALHÃO DE FORÇA!

Estarei de regresso em breve com algo no velhinho Game Boy. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

3 comentários:

  1. Filmes e jogos relacionadas com super-heróis, desde há vários anos para cá que tenho sido sempre céptico. O Batman e associados até foi uma série que nunca me tinha despertado grande interesse, mas este renascer do Batman dos últimos anos no cinema tem nitidamente qualidade. Felizmente que a mesma coisa se acabou por vir traduzindo nos jogos e estes dois "Arkham" parecem-me ser realmente bons. Essa edição de coleccionador é muito boa, parabéns!

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    1. Acho que devias considerar seriamente em jogar os dois, vais ficar surpreendido.

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  2. De facto só pela figura vale a pena. :) E o artbook também está muito bom.

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