20 de abril de 2012

Grand Theft Auto: Vice City Stories


Capas Platinum... ergh!
Desenvolvido por: Rockstar Leeds, Rockstar North
Publicado por: Rockstar Games
Plataforma(s): PlayStation Portable, PlayStation 2
Lançamento: 31-10-2006 (EUA), 03-11-2006 (EU), 06-12-2007 (JP)
Género: Acção, Aventura, Sandbox
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer via Ad-Hoc para seis jogadores
Media: Universal Media Disc (1.5GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Stick, Compatível com Wireless para entre 2 a 6 jogadores, Banda sonora personalizável
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e nunca mais vou jogá-lo.

(Esta Primavera mais parece Inverno...)

Atrás tem melhor aspecto.
Quando a PlayStation Portable veio ao mundo, as promessas de jogatana portátil eram mais do que muitas, com imensas editoras e estúdios a tentarem mostrar o que a pequena máquina da Sony era capaz de fazer. Era normal ficar empolgado com o anúncio de certos jogos, nomeadamente sagas que seguia desde a primeira PlayStation, pois a PSP tinha tudo para que resultassem. No entanto, embora esteja bem recheada de bons títulos, nem todos atingiram o patamar desejado por diversas razões sendo uma delas a ambição. Mas já elaboro esta ideia mais adiante. Este exemplar, em versão Platinum, chegou-me à colecção na mesma altura que o Dracula X Chronicles (também para PSP), visto ter sido fruto de uma promoção na altura de dois jogos por 25 euros. Este veio por acréscimo e pelo facto de não haver nada na lista de jogos que me interessasse.



Manual, mapa, papelada e UMD.
Grand Theft Auto: Vice City Stories é a segunda tentativa na PSP de se fazer um GTA em condições e o oitavo título na saga, levando-nos de volta a Vice City, tão bem nossa conhecida depois da excelente passagem pela PlayStation 2. Porém, esta segunda visita não correu tão bem quanto se previa. A trama remonta ao tempo antes do senhor Vercetti aterrar na cidade do vício, agindo assim como prequela e coloca-nos na pele de Victor Vance, um soldado ao serviço do exército americano que presta o seu serviço em Fort Baxter e que a dada altura é tramado por um superior corrupto chamado Jerry Martinez. Como é de calcular, Vic não se quer ficar com esta traição e desde logo começa a planear como se vingar desta doninha, contando com a ajuda de personagens já nossas conhecidas como Phil Cassidy e o tão louco Lance Vance, um dos irmãos de Vic.

Um meio de transporte bastante útil.
Pegando naquilo que já tinha sido feito na PS2, Vice City Stories em termos visuais não se distancia muito dos outros jogos debitando um grafismo bem aceitável para a portátil da Sony, com modelos tridimensionais bem definidos e uma cidade bastante agradável de se percorrer, seja de dia ou de noite. Obviamente certos efeitos foram deixados de fora devido a limitações técnicas e a draw distance é algo que se faz notar com regularidade, pois neste campo a PSP não das melhores máquinas para o efeito. Por outro lado é notório algum pop-up, sobretudo nesta versão UMD devido aos tempos de leitura, por vezes lentos. Ainda assim, nada que arruíne a experiência neste campo. Alguns pormenores como a passagem do tempo e efeitos climatéricos foram presentes em todo o seu esplendor, algo que se pode apreciar com frequência. Destaco o pôr do sol que é fantástico neste jogo.

Este ATV é um desafio à paciência.
A série GTA sempre primou pela parte audível e este episódio continua a mostrar que nada é deixado ao acaso. A começar pela música, com 105 músicas dos anos 80, algumas delas êxitos bem conhecidos, outras nem tanto, distribuídas por 9 rádios diferentes consoante o seu estilo que vai desde o rap ao hard rock, passando pela música latina. Destas 9 rádios, 3 são "novas" substituindo algumas das que já conhecíamos, sem contudo alterar o estilo. Para quem gosta de diálogos animados, existe a habitual rádio para isso. O voice-acting é excelente, como em qualquer outro GTA, onde a conversa vai desde o absurdo, ao extremamente ridículo uma vez que as personagens são completamente loucas e desvairadas. Destaco duas curiosidades: uma delas é Phil Collins, que para além de nos dar música no jogo, aparece como personagem e é um fartote de rir. A outra curiosidade é que podemos fazer uma playlist com as nossas músicas favoritas e usá-las numa rádio extra, sendo apenas necessário colocar as mesmas no Memory Stick.

Alguns dos nossos capangas.
Embora pareça ter tudo para ser um excelente jogo, Vice City Stories não o chega a ser pois a jogabilidade consegue arruiná-lo em certas partes. Fazer um GTA na PSP era uma ambição grande, pois a PS2 elevou a fasquia a um patamar de onde só se espera mais e melhor. Mas transpor tudo isto para a PSP era um processo difícil e de responsabilidade acrescida, considerando o hardware em questão. E em algum sítio teria de falhar. A falta de dois botões superiores e do segundo joystick fazem uma diferença tremenda neste jogo, ainda que se tenha tentado a melhor adaptação possível do controlo aos botões existentes. No entanto, apesar de resultar durante a maior parte das situações, falha naquelas em que mais precisamos de um controlo estável e acima de tudo que responda correctamente. Controlar Vic é fácil, apenas com um joystick mas controlar Vic e a câmara já é algo que requer prática e paciência. Pior ainda é quando se trata de fazer isto tudo no meio de um tiroteio ou de uma perseguição.

Vic Vance é um verdadeiro senhor!
A mecânica de "combate" foi alterada, sendo agora possível no combate mano a mano, agarrar e projectar inimigos, ou até mesmo ficar em cima deles quando estes se encontrem no chão. O sistema de targeting também funciona melhor, dando prioridade a quem seja considerado uma ameaça em vez de seleccionar os pobres dos pedestres aleatoriamente. Notei porém que isto de vez em quando falha. No meio disto tudo, a condução ainda é o que escapa "ileso", com comportamentos adequados a cada tipo de veículo, de onde podemos escolher carros, motas, camiões, barcos e helicópteros. O jogo segue a mesma lógica de missões, com uma storyline coesa e diversas side missions que podemos ou não fazer. Para além disso, existem ainda os Insane Stunt Jumps, Rampages e os 99 Red Balloons, alusivos à música 99 Luftballons. A grande novidade são as propriedades que podemos adquirir ou conquistar a gangues rivais. Tal como em Vice City, existem diversas actividades que podemos explorar e aqui incluem o ramo da segurança, prostituição, contrabando e tráfico de droga. Tudo coisas normais em GTA. O negócio pode ir desde algo pequeno até um grande império. É aqui que entra também a vertente de guerra de gangues, algo visto em San Andreas, pois temos de proteger os nossos negócios de vez em quando.

A vista área é das melhores.
Isto na teoria pode parecer divertido mas é secante, pois as guerras resumem-se a várias ondas de inimigos e frustrante, especialmente quando recebemos um aviso de que uma propriedade está a ser atacada naquelas alturas em que estamos a ir fazer outra coisa qualquer. Para além disso, se quisermos tornar este império mais forte, temos imensas side missions dentro de cada propriedade para fazer, embora sejam sempre a mesma coisa. O modo multiplayer não o testei visto não ter condições para o fazer uma vez que implica mais PSP's e exemplares do jogo mas tudo indica que não perdi grande coisa. A título de curiosidade, o jogo foi também lançado para PS2, com melhorias visuais mas sem o modo multiplayer.

Grand Theft Auto: Vice City Stories é um misto de bom com mau, resultando em algo muito mediano e que rapidamente nos esquecemos. Tem alguns dos ingredientes que tornaram Vice City num sucesso mas não consegue fazer o mesmo resultando numa experiência algo desapontante. É pena pois podia ser um grande título no currículo da PSP. Mesmo assim, estando na colecção é naturalmente um JOGALHÃO DE FORÇA!

Brevemente, o jogo que deu origem a uma saga de fantasia sem final aparente, estará aqui. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

4 comentários:

  1. Grande Pedrão, eu tenho esse jogo, tenho um gameplay de mais de 4hs de jogatina mas parei de jogar, não sei porque o PSP não me empolga...rs
    Acho que meu negócio é tela grande mesmo!!

    Forte abraço, até mais!!
    Julio Soares

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    1. Sempre podes jogar PSP na televisão se tiveres um modelo 2004 ou superior e o cabo componente. :) Mas eu compreendo, também prefiro o ecrã bem grande.

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    2. Então, não tenho esse cabo, a Sony é f#$@%, faz um cabo fora de padrão e ele é meio caro por aqui.
      A pior parte ainda deve ser um gráfico bem feio jogando na TV...hehe

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    3. Hmm, não sabia desse pormenor por aí. Se tiveres uma televisão que faça um bom upscale até nem fica assim tão mau. Mal comparado fica estilo a Wii a correr a 480p com o cabo componente.

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