13 de abril de 2012

The Legend of Zelda: Skyward Sword [Limited Edition Pack]


As respectivas caixas, bem douradinhas.
Desenvolvido por: Nintendo EAD, Monolith Soft
Publicado por: Nintendo
Director: Hidemaro Fujibayashi
Produtor(es): Eiji Aonuma, Shigeru Miyamoto, Satoru Iwata
Designer: Yoshiyuki Oyama
Compositores: Hajime Wakai, Shiho Fujii, Mahito Yokota, Takeshi Hama, Koji Kondo
Plataforma: Nintendo Wii
Lançamento: 18-11-2011 (EU), 20-11-2011 (EUA), 23-11-2011 (JP)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: 3 slots para gravação de progresso na memória interna da Wii, Compatível apenas com o Wii Motion Plus ou Wii Remote com Wii Motion Plus integrado
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o uma vez fazendo tudo o que havia para fazer mas não apanhei as Pieces of Heart todas (falhei 3 e não tive pachorra).

(Este tempo não dá com nada...)

Atrás, menos douradas e com mais texto.
Quando há cerca de 25 anos atrás Shigeru Miyamoto via lançada na Nintendo Entertainment System uma das suas muitas obras, fruto da sua imaginação sem limites, estava longe de imaginar que esta iria dar origem a uma das mais icónicas sagas de sempre no mundo dos videojogos. E não me refiro a Super Mario Bros. mas sim a The Legend of Zelda, um dos jogos que fez muito boa gente perder, no bom sentido, horas da sua infância, da sua adolescência, enfim horas de vida, em busca do Triforce e da princesa que dá o seu nome ao jogo. Muitos anos após este começo, inúmeros jogos foram produzidos, sempre com ideias frescas, surpresas e outros tantos devaneios oriundos do génio de um japonês sonhador que vai buscar as suas ideias às brincadeiras que tinha enquanto criança. O facto é que jogo após jogo, continua a deixar-nos presos ao ecrã da televisão e o mais recente, este que trago até aqui hoje, não é excepção. O exemplar em questão foi um dos presentes que recebi no Natal de 2011, pela mão da minha irmã que tem ajudado neste meu passatempo e que tão bem conhece os meus gostos. Como se isso não bastasse, presenteou-me com o Limited Edition Pack, que traz para além do jogo, um Wii Remote dourado, já com o Wii Motion Plus integrado, um CD de música comemorativo dos 25 anos intitulado The Legend of Zelda - 25th Anniversary Special Orchestra CD e um pequeno booklet alusivo à data com comentários dos criadores, compositores e afins.


Papelada, manual e disco.
The Legend of Zelda: Skyward Sword traz-nos, uma vez mais, uma épica jornada de fantasia na pele do jovem Link. Contudo, ao contrário dos outros jogos, este remonta às origens de tudo aquilo conhecemos na saga, mais concretamente às origens da Master Sword, de Hyrule e do pérfido Ganon. A trama começa em Skyloft, um conjunto de ilhas flutuantes acima das nuvens criado pela deusa Hylia. O intuito disto deve-se ao facto de proteger o Triforce das mãos do Demon King Demise, uma vez que este foi confiado pelas deusas Din, Farore e Nayru, a Hylia. Link entra história, anos mais tarde, onde uma vez mais terá de salvar Zelda, após esta ter caído no mundo abaixo de Skyloft, enquanto ambos celebravam um certo evento (que não irei referir).

O Wii Remote, CD e booklet.
A Wii tem-se revelado uma máquina interessante no que toca a certos títulos e este Skyward Sword é um dos que mais se destaca. A qualidade gráfica é algo que rapidamente salta à vista pois encontramos aqui um misto de estilos visuais onde se aproveitou o melhor de vários jogos da saga, nomeadamente de Twilight Princess, em termos de aspecto dos modelos tridimensionais das personagens, bem como de Wind Waker, pelo mesmo motivo mas também pela palete de cores e contrastes utilizados. O estilo artístico é algo que se destacou particularmente por ser inspirado na corrente do Impressionismo, o que se pode ver nos cenários dando a impressão que foram pintados à mão, conferindo assim um toque único ao jogo. Esta escolha não foi de todo em vão pois o aspecto à la quadro de Paul Cézanne, deve-se ao simples facto de os criadores "querem transmitir fantasia", algo que pessoalmente creio que foi feito com sucesso. O único senão é que a Wii devia ser HD e devíamos desfrutar este grafismo a 1080p e não a uns meros 480p. São jogos assim que deviam levar os senhores que criaram a consola a pensar o porquê de certas e determinadas decisões mas adiante.

Link exercita-se na floresta.
Já é do conhecimento geral que a saga Zelda é sinónimo de excelentes bandas sonoras e Skyward Sword é mais uma adição à já extensa lista. A música é tudo aquilo que podíamos esperar, com aquela mística que nos faz sentir que estamos mesmo a jogar Zelda e não outro jogo qualquer parecido, isto já para não referir as adaptações de alguns temas já bem conhecidos dos fãs da velha guarda. Miyamoto mostrou-se relutante relativamente à inclusão de algumas faixas em versão orquestral, devido à natureza do jogo mas no final, isso acabou por acontecer pois em certas partes, tudo tem de ser épico e a música não podia falhar. O som no geral não se fica atrás, mostrando ser adequado em todas as instâncias mas como é natural, Link continua a ser um herói mudo, tal como todas as outras personagens apesar destas proferirem uma ou outra palavra. Quem parece falar, uma língua bem estranha diga-se de passagem, é a nova companheira de Link, Fi que vai aparecer bastantes vezes.

O Loftwing leva-nos às alturas.
Uma coisa que distingue Skyward Sword de qualquer outro Zelda é a jogabilidade. É imperativo ter o acessório Wii Motion Plus para se jogar este título ou então, ter um dos novos Wii Remote com o dito já integrado pois de outra forma não o jogam. Daí a Nintendo ter apostado nesta edição para que ninguém ficasse de fora e acima de tudo como chamariz pois o comando dourado é algo que atrai. Mas indo ao assunto em questão, o Wii Remote em conjunção com o Nunchuk faz de tudo um pouco e porta-se muitíssimo bem em termos de movimento. Link responde com bastante precisão aos nossos movimentos quando se trata de atacar os inimigos, bastando para tal agitar o comando em qualquer direcção, inclusive em frente. Isto é explorado de forma inteligente no combate contra inimigos, sejam eles comuns ou bosses, obrigando o jogador a adoptar estratégias pois não há button mashing que possa safar seja o que for. O Nunchuk por sua vez controla o nosso escudo e agitá-lo resulta em erguer o mesmo e até usá-lo para afastar projécteis ou simplesmente atordoar inimigos para depois lhes darmos o tratamento divino.

Este boss passa a vida a rebolar.
Apontar, disparar e atirar objectos é também tudo muito intuitivo e acima de tudo divertido, pois temos mesmo de chocalhar o comando para o fazer, algo que também se pode tornar cansativo para os mais velhos (assim como eu), aos quais recomendo algumas pausas frequentes, quanto não seja para descansar o pulso. A mecânica de Skyward Sword continua a ser a mesma dos jogos anteriores, com diversas áreas para explorar, personagens com várias side quests que nos recompensam, ora bem, ora menos bem e claro, masmorras que estão povoadas por inimigos, puzzles, itens chave para a história e bosses. Link continua a ter à sua disposição uma panóplia de itens com diversas utilidades mas acima de tudo com uma particularidade: todos eles podem levar upgrades para melhorarem a sua performance/utilidade. O escudo é um claro exemplo disso pois sofre dano e pode mesmo ficar inutilizado com o uso. Como companhia, Link tem Fi, um espírito que habita na Goddess Sword e o ajuda com conselhos, dicas e até com uma técnica chamada Dowsing que lhe permite encontrar objectos e pessoas. Ao contrário do que possa parecer, não é tão melga quanto a Navi (Hey! LISTEN!). Uma das coisas que me apercebi, é que o mapa Skyloft é muito similar ao de Wind Waker mas com uma coisa a favor: não tem água! E não é aborrecido de se atravessar de uma ponta à outra no nosso Loftwing. Por outro lado, sabemos que existe um mundo por baixo que também podemos explorar e não é assim tão pequeno quanto isso. Skyward Sword está repleto de pequenos pormenores que foram considerados tendo como base algumas "falhas" de jogos anteriores como por exemplo, um sistema de marcadores, que colocamos no mapa para nos lembrarmos de voltar a esses sítios mais tarde. Os puzzles e mini-jogos estão também bastante intuitivos, ausentes de grandes complicações, sem perderem o seu q.b. de desafio.

O Goron explorador é um tipo porreiro.
No entanto, ao melhorarem em certos aspectos, na minha opinião, pioram em outros. Um desses aspectos "piores" prende-se nas lutas com os bosses. No geral são geniais e bastante divertidas mas não é preciso muito tempo para se repetirem alguns bosses, sobretudo um dos que achei mais aborrecidos e ao jogarem, vão perceber porquê. Estas lutas repetidas, são obrigatórias pois fazem parte da história. Como novidade e para quem gostar, podemos repetir qualquer boss pois incluíram um boss rush, dentro da própria história ainda que seja completamente opcional, apesar de nos recompensar pela nossa perseverança. E a propósito, as lutas são aleatórias a dada altura sem hipótese de nos recompormos, caso aceitemos o desafio. Uma curiosa omissão é a do mini-jogo de pesca que não existe neste título, apesar de existirem lagos e água com fartura. É pena, pois era um dos que mais apreciava desde o Link's Awakening.

E com isto, penso que já deviam estar a jogar esta excelente obra e a agradecer ao senhor Miyamoto e demais amiguinhos japoneses envolvidos no projecto, por nos continuarem a trazer estes mimos ao longo de todos estes anos. Skyward Sword é um jogo que qualquer fã Nintendo tem de jogar e ter na colecção e marca sem dúvida a história da Wii. Apesar de não ser o melhor Zelda de sempre, é sem dúvida nenhum um dos que está no topo e como tal é também um JOGALHÃO DE FORÇA!

Volto daqui a uns tempos para uma visita a Vice City, uma vez mais. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Este é daqueles que indubitavelmente irá parar à minha colecção, mais tarde ou mais cedo. Estou a ponderar comprá-lo juntamente da Wii-U, que se tudo correr bem, j+á cá cantará no próximo ano. Óptima review!

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