Publicado por: Nintendo
Director: Koushi Nakanishi
Director: Koushi Nakanishi
Produtor(es): Masachika Kawata, Takayuki Hama
Argumentista: Dai
Satou
Motor gráfico: MT Framework
Mobile
Plataforma: Nintendo 3DS
Lançamento: 26-01-2012 (JP), 27-01-2012 (EU), 07-02-2012 (EUA)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Raid Mode Co-Op para dois jogadores (local e online)
Plataforma: Nintendo 3DS
Lançamento: 26-01-2012 (JP), 27-01-2012 (EU), 07-02-2012 (EUA)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Raid Mode Co-Op para dois jogadores (local e online)
Media: Cartão de jogo com 4GB
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão de jogo (2 Slots), Compatível com função StreetPass para troca de Missions, Compatível com Circle Pad Pro
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes em cada dificuldade e completei o Raid Mode com a pontuação máxima. Muitas horas despendidas online.
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão de jogo (2 Slots), Compatível com função StreetPass para troca de Missions, Compatível com Circle Pad Pro
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes em cada dificuldade e completei o Raid Mode com a pontuação máxima. Muitas horas despendidas online.
(Summer's here!)
Sem screenshots para manter o suspense. |
Os anos vão passando mas há sagas que continuam a dar cartas
neste mundo dos videojogos sem abrandamento aparente. É o caso de Resident
Evil, que desde 1996 se mantém no activo, tendo estendido os seus tentáculos às
mais diversas plataformas. E para se manter actual chegou à mais recente
portátil da Nintendo em todo o seu esplendor, procurando uma abordagem mais
clássica mas sem descurar o seu novo estilo, uma fórmula que, a meu ver,
resultou muito bem. Mas já lá vamos. Este exemplar foi adquirido,
invariavelmente, numa loja online pouco depois do seu lançamento por cerca de
30 euros, mais coisa, menos coisa. A caixa de cartão foi-me oferecida por um amigo posteriormente.
Manual, papelada e cartão. |
Resident Evil Revelations é uma pequena caixinha de
surpresas, se tiver de o descrever em poucas palavras. E por diversos motivos
sendo que a trama não é um deles. A acção decorre entre os eventos de Resident
Evil 4 e Resident Evil 5, fazendo ligação de pontas soltas mas deixando outras
tantas por juntar. Neste Revelations, assumimos o papel de Jill Valentine e
Parker Luciani que andam a investigar o desaparecimento do antigo parceiro de
Jill, Chris Redfield e consequentemente de Jessica Sherawat. As pistas
levam-nos a bordo do cruzeiro SS Queen Zenobia onde vão descobrir muito mais do
que procuram, incluído uma nova estirpe do conhecido T-virus que dá pelo nome
de T-Abyss. Obviamente a história não se fica por aqui, com muitos flashbacks à
mistura que nos levam a visitar o passado de algumas personagens. Uma
abordagem bastante fresca e interessante nesta série.
Jill faz a barba a este senhor desleixado. |
As surpresas começam logo na parte gráfica. Habituados a
coisas não tão bonitas quanto aquilo que se vê nas PS3, Xbox360 e PC's, a 3DS
revela ser uma bomba em termos de hardware e este jogo é a prova disso. O
grafismo é fantástico, desde os cenários com tudo aquilo a que têm direito em
termos de efeitos visuais, às personagens extremamente detalhadas e bem
animadas, correndo a uma velocidade mais do que aceitável, tudo fruto do
poderio do MT Framework Mobile, que a meu ver faz o mesmo que a versão 2.0 faz numa
PS3, a título de exemplo. Atrevo-me a dizer que Resident Evil Revelations
está à altura de qualquer jogo numa consola caseira. As cutscenes utilizam o
motor de jogo mantendo a excelente qualidade visual, que se destaca em
particular por ser numa portátil. E como é o efeito 3D neste jogo? Bastante
bom, destacando pequenos pormenores que dão sempre aquela sensação de
profundidade sem cansar demasiado a vista e com várias opções de ajuste para
além do slide da consola. Nota-se particularmente o seu bom uso nos vídeos.
Ao murro também se vai lá. |
Ainda na onda das surpresas, o som é impecável. Andar pelos
corredores do Queen Zenobia é uma experiência tensa mas aliciante pois a
utilização do som é feita de forma inteligente, levando o jogador a um
constante estado de alerta. E quem diz no navio diz e qualquer outra das
localizações por onde vamos passar. Não só o som ambiente é excelente, como
também os demais efeitos sonoros e obviamente o voice-acting, que está longe
das atrocidades sonoras dos clássicos, ainda hoje relembradas com algum gozo e
nostalgia. E digamos que neste jogo há conversa até mais não, algo incrível,
considerando que estamos a falar de uma consola portátil. A banda sonora, essa,
é também um dos pontos altos, com uma boa selecção de faixas, que se vão
fazendo sentir ao longo do jogo, sem serem predominantes durante todo o seu
decorrer. É o mesmo que dizer, por vezes temos música, por outras vezes temos
somente som ambiente.
Já não se pode nadar em paz... |
Deixei a melhor surpresa para o final. Melhor na minha
opinião, poderá não o ser para outras pessoas, mas isso agora não interessa
nada. A jogabilidade e a mecânica de jogo de Resident Evil Revelations, são
sem dúvida a cereja no topo do bolo. Não querendo seguir directamente o caminho
dos jogos mais recentes, optou-se por uma abordagem à antiga, levando o jogo de
volta às origens, ao survival horror. Contudo não fazia sentido regredir em
termos de mecânica pelo que se aproveitou o melhor dos jogos actuais, o
controlo. Assim surgiu uma mistura entre survival horror e third person
shooter, que mantém um equilíbrio entre o melhor dos dois mundos. É tenso, sim,
mas também tem acção q.b. sem se distanciar do seu objectivo. Melhoram certos
aspectos como por exemplo podermos andar enquanto apontamos e disparamos, seja
na primeira ou terceira pessoa, bem como não termos de nos preocupar com o
nosso parceiro controlado pela IA, algo que irritava em RE5. Não é que aqui o
parceiro seja mais inteligente mas pelo menos não estorva.
Vamos fazer isto muitas vezes. |
A jogabilidade é excelente mas faço desde já aqui um aparte:
só o joguei com o Circle Pad Pro e aconselho que façam o mesmo pois o joystick
extra bem como os shoulder buttons extra, fazem toda a diferença. Ainda assim
são livres de jogar sem este acessório, tirando partido dos botões disponíveis
bem como do gyroscope, pois também funciona. Não tão bem, na minha modesta
opinião. Controlar as personagens é algo fácil e intuitivo, sendo que se
eliminaram coisas como o botão de correr, visto agora isso funcionar com base
no joystick e no nosso toque. Joystick a fundo, correm, um toque suave, andam.
Simples e eficaz. Também só podemos levar três armas, divididas em várias
categorias e com direito a upgrades, embora possamos levar uma quantidade maior
de granadas, também estas com variantes. A faca está presente como item de
recurso, variando de personagem para personagem sendo que algumas têm machetes
ou machados. Os itens de cura resumem-se às clássicas green herbs, com um
limite de cinco apenas, para não tornar as coisas fáceis demais. Tudo isto, bem
como o mapa quer em 2D ou 3D, pode ser facilmente acedido através do ecrã
táctil. A grande novidade é mesmo o Genesis, um gadget que nos permite analisar
o meio envolvente à procura de pistas e itens, bem como analisar os inimigos,
algo que nos recompensa com green herbs quanto atingimos os 100%. Uma
curiosidade: é o primeiro jogo da saga onde podemos nadar.
Jessica exercita o corpinho. |
O modo campanha divide-se em diversos capítulos, com
checkpoints, sendo que só podemos gravar no final de cada cenário. Esqueçam as
typewriters, aqui não há disso. Por outro lado a diversidade de cenários
levam-nos não só ao Queen Zenobia mas também outros navios, bem como a cidade
de Terragrigia e também uma base numa região montanhosa na Europa. Para além
disso, jogamos com várias parelhas de personagens, algumas velhas conhecidas e
outras novas nestas andanças. Este modo demora cerca de 12 horas a concluir, se
o fizerem sem pressas com puzzles, bosses e muita coisa para lerem pelo meio. O
único senão que encontro nisto tudo é a pouca variedade de inimigos, ou melhor,
ausência de zombies pois tudo o que encontramos são mutações provocadas pelo
vírus. Não é que seja mau mas...
A dois é mais fácil... ou não! |
O Raid Mode é sem dúvida onde se passa a maior parte do
tempo depois de concluirmos a história. Este modo divide-se em vinte capítulos
mais um secreto, com três dificuldades, Chasm, Trench e Abyss, diversos
objectivos a cumprir e caminhos a seguir, sendo que podemos evoluir a nossa
personagem até nível 50, bem como as armas e outros aspectos. As personagens diferem
em termos de performance com certas armas. Neste modo encontramos também
inimigos que evoluem connosco e por vezes são mais fortes, mais rápidos e mais
resistentes, tudo indicado por uma barra de energia sob os mesmos. A nossa
evolução depende da nossa performance não só neste modo mas também no modo
história onde ganhamos Battle Points que são o dinheiro neste título. Estes
servem comprarmos armas novas, upgrades e afins, coisas que também podem ser
encontradas ao longo dos níveis. O bom neste modo é a possibilidade de jogarmos
em Co-Op, local ou online sem restrições de Friend Codes. Basta procurarmos
alguém do nosso nível e num capítulo que nos interesse concluir. Só é pena não
podermos guardar os jogadores na lista de amigos, para futuras partidas e
também não existir voice chat, sendo que podemos "comunicar" através
de quatro frases pré-definidas.
Os nossos troféus. |
O jogo apresenta ainda troféus in-game chamados Missions.
Estas depois de concluídos presenteiam-nos com armas, itens, personagens novas
para o Raid Mode, indumentárias ou simplesmente Battle Points. Algumas destas
Missions (as que não são story wise) podem ser apagadas antes ou depois de
serem concluídas, caso não nos interessem, bem como serem "apanhadas"
via StreetPass, seja por andarem a passear com a vossa 3DS ou se jogarem online
com outras pessoas. Digamos que os melhores itens do jogo estão escondidos
nestas Missions, sobretudo nas Infection, portanto apliquem-se! Deixei para
último a dificuldade por um único motivo: é um dos jogos mais difíceis da saga
Resident Evil. E digo isto com base em todos os que joguei. Mesmo em Normal, da
primeira vez que se joga é preciso racionar muito bem a munição e para tal, é
preciso descobrir os pontos fracos dos inimigos bem como a arma que melhor se
adequa ao seu extermínio. Em Hell, bom, o nome diz tudo. Já no Raid Mode, a
dificuldade é progressiva portanto não tentem sozinhos o capítulo 20 em Abyss
caso a vossa personagem esteja por exemplo em nível 20. E o capítulo secreto,
talvez em nível 50 com ajuda de alguém e bom equipamento.
Dito isto tudo não resta margem para dúvidas, Resident Evil Revelations é excelente e um exemplo de como fazer um bom jogo numa portátil,
tirando partido de tudo o que esta tem para oferecer em termos técnicos. Pode
não ser perfeito mas é um jogo a ter na colecção obrigatoriamente e como tal
leva com o selo de JOGALHÃO DE FORÇA!
Volto com um jogo de tiros para a Wii, brevemente.
MURRALHÕES DE FORÇA:
Já o tenho há uns bons meses, só agora é que me apeteceu escrever. :)
ResponderEliminarDe todo o catálogo actual da 3DS, este ainda é o jogo que mais me interessa. Boa análise a um jogo ainda melhor!
ResponderEliminarNão faço planos de comprar uma 3DS por enquanto, mas sem dúvida que este estará na wishlist.
Até agora é o melhor jogo da 3DS, embora hajam outros interessantes mas não tão bons do ponto de vista técnico.
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