25 de julho de 2012

Sin & Punishment: Successor of the Skies


Cover art interessante.
Desenvolvido por: Treasure
Publicado por: Nintendo
Director: Atsutomo Nakagawa
Produtor(es): Masato Maegawa, Hitoshi Yamagami
Compositor: Norio Hanzawa
Plataforma: Nintendo Wii
Lançamento: 29-10-2009 (JP), 07-05-2010 (EU), 27-06-2010 (EUA)
Género: Shoot 'em up, On-Rail Shooter
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: 3 slots para gravação de progresso na memória interna da Wii, Compatível com Wii Remote e Nunchuk, Classic Controller, Wii Zapper e GameCube Controller
Outros nomes: Sin & Punishment - Star Successor (EUA), Sin & Punishment: Sora no Kōkeisha (罪と罰 ~宇宙の後継者~ Tsumi to Batsu: Sora no Kōkeisha) (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez com o Isa Jo (ou seja em Normal). Falta acabar com a Kachi (Easy).

(Está calor.)

Bastante informativa, esta traseira.
Desde miúdo que os shoot 'em ups me fascinaram, desde a sua simplicidade de controlo até à sua dificuldade levada ao extremo, algo que se acentua num dos seus derivados conhecido por bullet hell. Como naquela época os exemplares existentes em consola eram pouco atractivos, era nas arcadas que matava o bichinho. Com os anos seguiram-se outros géneros como por exemplo os on-rail shooters, igualmente simples e viciantes, ainda que não tão difíceis, que entretinham durante os intervalos das aulas ou durante a hora de almoço. Hoje em dia em vez de gastar moedas nas máquinas, prefiro investir esse dinheiro em jogos para ter em casa e jogá-los quando bem me apetecer. Mas penso que, se são visitantes habituais, já tinham dado conta disso (Capitão Óbvio to the rescue). E com esta introdução nostálgica passemos ao que interessa: o jogo de hoje. Este acabou invariavelmente por vir parar à colecção por dois motivos sendo um deles os 20 euros que custou e o outro a minha curiosidade nesta pequena série que começou na Nintendo 64 mas nunca foi lançada fora do Japão. Aliás isso só aconteceu depois da Wii ter saído, uma vez que se encontra o primeiro título à venda no Wii Shop Channel.


Manual, papelada e disco.
Sin & Punishment: Successor of the Skies, conta com três nomes distintos, um para cada zona, não me perguntem bem porquê. Já se sabe que isto acontece de vez em quando e é tudo o que se necessita saber. Este título em questão tem uma história no mínimo confusa, a qual nem sequer me dei ao trabalho de tentar compreender pois o ponto fulcral é a acção, vulgo, tiros e explosões, bosses enormes, torrentes de inimigos e o seu q.b. de frustração atenuada por continues ilimitados, felizmente. Ainda assim dá para tirar algumas ilações: a história decorre depois do primeiro jogo, o Successor of the Earth e centra-se em duas personagens, Isa Jo, filho dos protagonistas do título que antecede este e Kachi, uma vilã que por ironia do destino se transformou numa rapariga amnésica que pretende viver entre os humanos em vez de aniquilá-los como era suposto. Fora isto existem duas dimensões, colocando as coisas nestes termos, Inner Space, controlada pelos The Creators (ou seja deuses), constituída por diversas Terras  e um Outer Space, de onde vem todo o mal. Sumarizando, Kachi vem do Outer Space e Isa Jo é o agente destacado para a eliminar. A coisa não corre como esperado.

Este inlay estava escondido na caixa.
Visualmente, este Sin & Punishment não é nada do outro mundo se o tiver de comparar com outros jogos da Wii. O grafismo futurista apesar de funcional é um tanto insípido e pouco variado, embora a acção não decorra somente em cidade e passe também por outros locais como florestas e até um vasto oceano que é provavelmente um dos maus interessantes a nível estético. As cutscenes utilizam o motor de jogo e proporcionam o efeito desejado seja no decorrer da história ou transição entre cenários. Os modelos tridimensionais são bastante competentes, desde as nossas personagens, devidamente caracterizadas e detalhadas, passando pelos diversos inimigos, em especial os bosses que são enormes.

Peixe, peixe, peixe, peixe!
A música foi algo que, confesso, passou-me ao lado. Até porque neste tipo de jogo tenho sempre tendência a concentrar-me em tudo aquilo que o mesmo me atira ao ecrã do que estar com atenção à banda sonora, por mais notória que esta seja. O facto é que esta está presente e é adequada ao género em questão. Quando ao áudio em si e demais efeitos sonoros, sim, estes evidenciam-se muito mais, sobretudo o voice acting, que para grande felicidade minha, dá para mudar de inglês para japonês, logo de inicio. Escusado será dizer que o joguei do principio ao fim sempre na sua língua nativa, pelo que não irei comentar se a dobragem é manhosa ou não. Por via de dúvidas joguem-no em japonês mas se forem suficientemente curiosos ou masoquistas, não se inibam de experimentar uma dose de vozes do ocidente.

Na auto-estrada é prego a fundo.
Jogabilidade, jogabilidade, essa é boa e recomenda-se. E dos quatro modos existentes à disposição do jogador optei pelo mais comum e o que vinha por defeito: Wii Remote e Nunchuk. Apontar com o primeiro e controlar a personagem com o segundo, é algo que resulta na perfeição e é intuitivo para a maior parte dos jogadores. Creio que os outros esquemas de controlo também sejam minimamente bons mas como não os testei, não comento. E à boa moda da Treasure, Sin & Punishment é um jogo fácil de lhe apanhar o jeito mais estupidamente difícil de nos tornarmos mestres no mesmo, a menos que não joguemos mais nada durante um bom período de tempo. Disparar é o objectivo se queremos chegar ao final do nível mas isto só não chega pelo que há que usar o nosso melee attack para eliminar inimigos mais próximos e até mesmo deflectir projécteis. Obviamente que o button mashing é penalizado pois só podemos fazer um máximo de três golpes seguido, sendo que a personagem fica com a defesa em aberto se continuarmos a carregar à bruta. Existe ainda um botão de dodge para complementar isto e que vai ser muitíssimo útil.

Inimigos com fartura.
Tendo duas personagens à escolha, as diferenças entre ambas são evidentes. Isa Jo tem um modo campanha mais difícil e o seu lock on concentra o dano num inimigo apenas, distribuindo dano adicional pelos inimigos circundantes. Kachi por outro lado tem um modo campanha mais facilidade e o seu lock on permite concentrar a carga máxima até oito inimigos. É tudo uma questão de escolha, até porque o final é igual. A dificuldade é algo que se destaca logo após o primeiro nível que comparado com os restantes é mesmo um walk in the park. Do segundo nível para a frente, vai ser um desafio constante mas os checkpoints após cada boss e continues infinitos (como já referi) ajudam a reduzir a frustração. Isto já para não referir o facto do jogo gravar após cada segmento. Os mais corajosos podem abdicar disto tudo nas dificuldades mais elevadas.

Um dos muitos bosses.
A meu ver um dos atractivos do jogo é o sistema de pontuação que assenta em combos. Quantos mais fizermos, melhor a nossa pontuação e assim também o nosso lugar na leaderboard online, que abrange tanto localmente como o resto do globo. Digamos que é aqui que reside o desafio, tentar obter a melhor pontuação possível em cada nível e para isso são precisas muitas horas de jogo até se dominar bem a coisa. Se quiserem companhia, o modo multiplayer consiste em fazer a campanha a dois, co-op, onde o segundo jogador basicamente controla uma mira extra enquanto o primeiro controla a personagem e respectiva mira. O porquê de só aparecer uma personagem, para mim é uma incógnita, mas o certo é que a mira extra ajuda, caso o parceiro não seja nabo neste tipo de jogos.

Onde é que já vi aquela hoverboard?
E assim é Sin & Punishment: Successor of the Skies, um jogo de tiro neles bastante divertido mas que eventualmente pode provocar irritação temporária nos níveis mais tardios. Com um pouco de calma e persistência, consegue-se terminar e sentir aquela satisfação e sentido de missão cumprida para logo de seguida se começar de novo e repetir a dose, somente porque é divertido rebentar coisas e ser pontuado por isso. Sozinho ou a dois, é daqueles jogos que deviam estar em qualquer colecção de Wii que se preze e pertença a alguém que, tal como eu, passou algum tempo do seu passado a jogar coisas do género. Para os outros, é melhor deixarem passar este. Mas acima de tudo, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Daqui a uns tempos, um third person futurista irá aparecer por estas bandas. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

4 comentários:

  1. A Treasure é sem dúvida uma das minhas empresas favoritas da era 16bit. Jogos como Gunstar Heroes ou Alien Soldier ilustram bem a qualidade da mesma. Já nos tempos da N64 que ouvia falar bem do Sin & Punishment, e inclusive tenho a rom algures para experimentar um dia... mas ainda não lhe peguei. De qualquer das formas esse jogo é um dos que acabarei por comprar assim que arranjar uma Wii(U).

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    1. Por acaso gosto mais do primeiro do que deste mas no fundo é a mesma coisa, tiro, tiro, tiro, até não haver mais nada para destruir. :D

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  2. Eu gostei do primeiro jogo, se bem que o Japonês era um pouco difícil de entender xD

    Lembro-me de curtir muito o nível em que andamos a voar por cima de um oceano, destruindo porta-aviões e submarinos. Aquilo é que é uma set piece! :D

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    1. Se a memória não me falha, existe um patch para a ROM do jogo ficar toda em inglês. Isto caso se jogue em emulador pois quanto à versão VC, é o que há e pronto.

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