20 de setembro de 2012

Shinobi


Aí está o badass de serviço!
Desenvolvido por: Griptonite Games
Publicado por: Sega
Compositor(es): Norihiko Hibino, Yoshitaka Suzuki, Takahiro Izutani, Hiroshi Kawaguchi
Plataforma: Nintendo 3DS
Lançamento: 11-11-2011 (EU), 15-11-2011 (EUA), 17-11-2011 (JP)
Género(s): Acção, Aventura, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador, outros modos extra para um jogador.
Media: Cartão de jogo com 4GB
Funcionalidades: Compatível com StreetPass para troca de Challenge Maps.
Outros nomes: Shinobi 3D (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes em Normal. Ainda jogo ocasionalmente em Free Play os níveis que mais gosto.

(Olha o Verão a chegar ao fim... T_T)

Quem é visitante aqui do meu espaço, já sabe que há duas coisas que adoro em videojogos: zombies e ninjas. Quando não escrevo acerca de um, escrevo acerca de outro e por aí adiante. E se as duas coisas aparecessem misturadas? Irá acontecer num futuro próximo... (Yaiba!) Bom, enquanto isso não acontece, vamos lá pegar em mais um jogo que aqui tenho, há já uns valentes meses e esmiuçá-lo um pouco. Tem ninjas, montes deles mas o nosso é o melhor de todos. Zombies não tem mas não faz mal, pois tem ninjas. Comprei-o numa loja online, algures este ano e custou-me à volta dos 10 euros, mais coisa menos coisa.


Atrás, aos saltos.
Shinobi na 3DS não é um remake. Muitos pensavam que assim fosse mas enganaram-se redondamente. É mais uma espécie de reinvenção da saga, mantendo o espírito que sempre a caracterizou, dificuldade incluída, com algumas nuances e coisas dos jogos anteriores. Não jogamos com o famoso Joe Musashi mas sim com Jiro Musashi, seu pai que no fundo faz o mesmo efeito quando se trata de limpar mauzões. A trama começa em 1256, em pleno Japão feudal onde Jiro trata de defender a sua aldeia em chamas dos lacaios do clã Zeed. No decorrer destes eventos, Jiro há-de ser sugado por um portal no tempo que o transporta a um futuro longínquo, mais concretamente 2056, onde a Zeed já tratou de impor o seu poder. O resto é espadada com eles...

Manual, papelito e cartão de jogo.
Quem já teve oportunidade de ver uma 3DS a funcionar, certamente reparou no poderio da pequena máquina em termos de performance visual. Se a viram com o Resident Evil - Revelations a correr, ficaram de boca aberta. Pois, Shinobi nesse campo não está no mesmo patamar. Os visuais apresentam-se em 2.5D e apesar de funcionais e interessantes, não têm aquele factor "wow" (não confundir com WoW :P) traduzindo a experiência visual em algo um pouco redundante. Ainda assim não são feios, apenas um bocado rudes e com aspecto de PlayStation Portable, quando se esperava um bocadinho mais. Contudo, são bastante variados em termos de cenários e as animações são muitíssimo boas. A história é-nos contada através de cutscenes estilo anime, embora se pareçam mais com uma BD digital. O efeito 3D é decente, dando uma certa profundidade em alguns cenários mas não é algo que se destaque com tanta evidência. Aliás, nos poucos cenários concebidos para tirar mais partido do efeito, esta funcionalidade pode atrapalhar um pouco a acção.

Cavalinho, cavalinho!
A música foi algo que realmente gostei. É catchy, combina com a acção e é predominante ao longo de todo o jogo, com temas dedicados aos encontros com os bosses e mini-bosses. Já li por essas internetes fora, que não rivaliza com os temas compostos pelo mestre Yuzo Koshiro, mas a verdade é que está à altura. Para grande infelicidade minha não existe voice-acting de espécie alguma, nem durante o jogo nem nas cutscenes, algo que até poderia ter existido mas dada a natureza do mesmo, creio que nem se ponderou isso. O som no geral é bastante bom, com os habituais gritos e grunhidos, risos maquiavélicos dos bosses, engrenagens de tudo quanto é mecânico e claro, o som do metal contra metal ou contra outra coisa qualquer onde vai fazer mossa.

Como se um boss não chegasse...
O que torna Shinobi tão apetecível é mesmo a jogabilidade, fluída, viciante e sem grandes complicações. O jogo está bastante inspirado em Shinobi III, sobretudo pelo uso da katana em detrimento das kunai, que são arma de recurso. Jiro pode fazer combos com a katana, utilizando também o joystick para variar um bocado os mesmos, aumentando assim o nosso bonus multiplier. Se vos interessa pontuar muito, isto é importante. As kunai também servem para a limpeza e ao gastarmos todas, temos de esperar um bocado para recarregarem. O bonus multiplier não serve apenas para os pontos mas também aumenta a velocidade (corrida e salto) e o poder de Jiro pelo que as suas espadadas dão mais dano (sendo a katana a arder um indicador disso), bem como as kunai. Uma das novidades é o Parry. Em Shinobi III tínhamos um botão de defesa, neste temos um para deflectir ataques e projécteis inimigos, que requer um timing perfeito para termos sucesso. Esta acção permite-nos também desferir um golpe mortal caso a tenhamos executado em condições. Inicialmente pode parecer difícil mas vai-se tornando algo bastante intrínseco com o decorrer do jogo. Tal como antigamente, também temos à disposição magia, que se divide em Fire, Earth, Lightining e Water, cada uma com a sua função, mas a sua utilização reduz-nos a pontuação final. E como bom ninja que é, Jiro utiliza também o double jump de Revenge of Shinobi, desliza, usa os inimigos como trampolim e em certas instâncias assassina inimigos desprevenidos, num pequeno QTE (Quick Time Event). Estes também se encontram presentes em todas as lutas com bosses, quando se trata de desferir um golpe especial.

Jiro a magicar.
E por referir bosses, este jogo não estaria completo sem eles e os seus inferiores, que aparecem ao longo de todo o jogo. As batalhas com estes são meros jogos de paciência e de decorar padrões. Aqui o Parry é algo fundamental para os passarmos sem grandes frustrações e rapidamente pois Shinobi não é jogo para meninos. E isso vão ficar logo a perceber no primeiro nível. Os níveis são um misto de muito bom e mediano. Alguns são enormes, com áreas secretas e vários mini-bosses pelo meio, levando cerca de 15 a 30 minutos a completar, dependendo da dificuldade em que jogamos. Outros acabam-se em menos de 10 e são demasiado lineares. Todos eles têm itens, como power-ups, pontuação, vidas extra, bonus coins e mastery coins, que no final do nível contam não só para a pontuação mas também para jogarmos um mini-jogo chamado Kunai Blitz onde matamos ninjas com kunais, na primeira pessoa. É mais para ganharmos assim 2 milhões de pontos sem muito esforço.

Helicópteros e ninjas combinam sempre bem.
Sendo moda agora, Shinobi tem também achievements in-game, pela nossa performance nos níveis, como por exemplo só usar a katana, ou só usar kunai, derrotar um boss sem levar dano e em menos de 2 minutos, entre outros. Estes não são mandatórios mas aumentam exponencialmente a longevidade do jogo pois desbloqueiam extras como novas vestimentas, armas e afins. A dificuldade também tem a sua influência nisto. Em Beginner por exemplo temos continues e vidas infinitos, checkpoints com frequência e auto-save. Em Very Hard temos uma vida, três continues, checkpoints muito raramente e nenhum auto-save. Ou seja, é um jogo que tenta chegar a todos os jogadores. Nos extras podemos ainda contar com concept art, ver as cutscenes, ouvir a música do jogo e claro, saber um pouco sobre a história da saga, bem como usar o Replay Theater para vermos a nossa performance nos níveis que completámos. Contamos ainda com um modo Free Play onde podemos tentar obter a pontuação máxima no nível que bem entendermos ou usar cheats que não nos deixam, obviamente, pontuar mas tornam a coisa mais fácil. O modo StreetPass ajuda-nos a obter novos Challenge Maps, que consistem numa panóplia de níveis estilo VR, onde a regra é one hit kill. Escusado será dizer, que só tentei uma vez. Também as podemos desbloquear com as moedas que amealhamos de andar a passear com a 3DS em stand-by.

Uma das cutscenes.
A Griptonite fez um excelente trabalho com este Shinobi a ponto de eu querer um segundo jogo. Poderá ter as suas falhas mas essas são tão pequenas que tudo o resto as ofusca e a meu ver é um dos melhores jogos actualmente na 3DS. Não é pelo grafismo certamente mas sim pela excelente jogabilidade e o vício que proporciona mesmo depois de já o termos acabado, tivesse isso custado muito ou pouco. Daí que pouco resta senão dizer que é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Ide jogar, em breve trago zombies na PS3. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

2 comentários:

  1. Um boss contra um helicóptero? É um regresso às origens haha.
    Um dia que tenha uma 3DS quererei esse Shinobi certamente.
    De resto um reparo, o Revenge of the Shinobi para a Mega Drive, e percursor de Shinobi 3, também usava a Katana, como arma de close range. O duplo salto com mortal e espalhar as shurikens/kunai em todas as direcções também surgiu aí ;)

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    1. Eu sei desses pormenores, mas a katana no Revenge era arma de recurso daí não ter sido tão explicito. :)

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