6 de outubro de 2012

Resident Evil: Operation Raccoon City



Free DLC, dizem eles...
Desenvolvido por: Slant Six Games, Capcom
Publicado por: Capcom
Director: Adam Bullied
Produtor: Masachika Kawata
Compositor: Shusaku Uchiyama
Motor gráfico: Hexane Engine
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox 360, PC
Lançamento: 20-03-2012 (EUA), 23-03-2012 (EU), 26-04-2012 (JP)
Género: Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo campanha offline para um jogador e online co-op para até 4 jogadores, modos multiplayer para até 8 jogadores.
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido (7.2MB), Compatível com Função de Vibração, HD 720p, DLC adicional
Outros nomes: Biohazard - Operation Raccoon City (バイオハザード オペレーション・ラクーンシティ)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Joguei-o muitas horas, acabei-o umas quatro vezes evoluindo todas as personagens, armas e afins.

(Outono... bleh!)

Autocolantes, long time no see.
Remakes, reboots e spin-offs, tudo palavrões que são comuns no imaginário dos gamers actuais. Também denotam um bocado de falta de imaginação para alguns. Mas no meio disto tudo, damos sempre as boas vindas (ou tentamos dar), a estes novos projectos pois não deixam de ser novos jogos. E se existe um remake mais que aguardado, é o de Resident Evil 2, um dos melhores jogos de sempre, na minha modesta opinião, que tarda em sair. Até que isso aconteça, o mais parecido que temos é um jogo de Wii e PS3, conhecido por Darkside Chronicles (já aqui analisado) e o jogo que trago até aqui hoje. Este último foi adquirido em Junho, por cerca de 30 euros, na Fnac do Almada Fórum. É verdade, comprei cá um jogo, por mais incrível que isso possa parecer mas foi só porque estava mais barato do que online, nessa altura.


Manual, papelito e disco.
Resident Evil: Operation Raccoon City é mais uma entrada na extensa e desgastada saga que Shinji Mikami começou por iniciar na velhinha PlayStation em 1996. Desta vez não se avançou na história mas optou-se por um spin-off de Resident Evil 2, num cenário de "what if" ou se preferirem em bom português "o que aconteceria se". Em Operation Raccoon City lideramos uma equipa da U.S.S. (Umbrella Security City), que se infiltrou em Raccoon City para um rendezvous com o famoso Hunk, de forma a evitar que William Birkin entregasse o G-virus às autoridades governamentais. Obviamente sabemos que isso não aconteceu. Por outro lado, a nossa missão irá também passar por assassinar outros sobreviventes nossos conhecidos, algo que fica para os vocês descobrirem.

À facada também vale!
Passando a pormenores técnicos, Operation Raccoon City, foi desenvolvido pela Slant Six Games (conhecida pelos SOCOM) e visualmente não é nada de espectacular. Assume-se como um jogo mediano, onde o grafismo não surpreende mas também não desilude por completo. Correndo a uma frame rate estável, a acção é fluída q.b., sem quebras aparentes mas com uns glitches ocasionais sem que isso arruíne a experiência de jogo. Os modelos das personagens e inimigos estão bons, bem como as animações mas os cenários deixam um bocado a desejar pois não recriam aquilo que vimos em Resident Evil 2, durante a duração do jogo. Embora sejam reconhecíveis algumas das localizações, grande parte parece não ter nada a ver com o jogo em que se inspira, mudando por completo a arquitectura. Por outro lado, as que são reconhecíveis são diferentes em termos de proporção e espaço, sendo demasiado grandes em comparação. Onde isto se nota mais é por exemplo na estação de polícia. As cutscenes são feitas via CG, com um aspecto bastante agradável e tentando ser o mais fiel possível aos trabalhos anteriores da Capcom. No entanto pergunto-me porque razão a Capcom terá optado pelo outsourcing e um motor gráfico inferior ao MT Framework, quando podiam ter feito algo melhor.

Bichinho lindo...
Na parte audível também não é jogo que me deixe saudades. O som no geral funciona, com as habituais explosões, tiros com fartura, gritos, grunhidos, enfim, aquilo que Resident Evil sempre proporcionou. As vozes escapam não primando pela qualidade mas sim pela funcionalidade. Os diálogos não são abundantes, ou bem construídos mas funcionam dentro do aceitável. Curiosamente em certas partes, o diálogo tende em não se ouvir, provavelmente um glitch qualquer que ocorre ocasionalmente. Notei isto mais perto do final. A música é praticamente inexistente durante a acção, apenas com alguns temas nos menus e nas cenas de maior tensão, como por exemplo confrontos com hordas de zombies e bosses. Ao contrário dos outros jogos da saga, não fica no ouvido.

Um velho conhecido. E chato também.
Algo que suscitou as críticas negativas e a ira do fãs foi a jogabilidade e mecânica de jogo. Muitos se queixavam do sistema de cover que era mau (esperem até verem o do Resident Evil 6), dos inimigos que eram esponjas de dano e afins. Pois bem, o meu veredicto é diferente. Após se terem apercebido destes "problemas", a Slant Six Games lançou um patch que corrigiu os mesmos. O sistema de cover apesar de não ser perfeito, funciona. O pessoal queixa-se de não ser preciso carregar em nenhum botão para entrar em cover e que por vezes isto é mau pois a personagem entra em cover estando ao pé de um objecto. É uma questão de jeito e hábito, na minha mais sincera opinião. E funciona bem! Especialmente quando vamos a sprintar e mergulhamos. Já os inimigos esponja, os zombies são carne para canhão (e até podem ser usados como escudo!) mas tudo quanto é aberração, ou seja, Lickers, Hunters, Tyrants, ok... são verdadeiras esponjas e não vão abaixo com tiros de caçadeira à queima-roupa como nos outros jogos da saga. A verdade é que têm pontos fracos, nomeadamente a cabeça, para onde temos de apontar, coisa que não tinham. Já os Tyrants, para quem é veterano em RE, sabe que são especialmente vulneráveis a fogo, logo um lança-chamas resolve o caso em segundos. A IA não é particularmente inteligente, pelo que nos roubam itens de cura, de vez em quando e por norma quando precisamos, metem-se no meio dos tiroteios levando dano no processo e claro, tendem a matar-nos mal nos transformemos em zombies em vez de nos tentarem curar antes que isso aconteça. Sim, um dos pontos interessantes neste jogo é sermos infectados e se não nos curarmos, ficamos zombies e podemos atacar os outros.

Umbrella, building better... ah, wrong movie.
Em termos de controlo, as personagens respondem bem em todas as situações e a câmara não atrapalha a acção, algo bastante importante. Falando em personagens, temos seis à nossa disposição, cada qual com as suas habilidades activas e passivas, que podemos evoluir para tirar o melhor partido possível das diversas situações. Algumas personagens funcionam melhor que outras mas isso já é uma questão de gosto. As armas também podem ser adquiridas e evoluídas, havendo uma mão cheia destas para escolhermos. O jogo também foi criticado por ser pequeno, contando apenas com sete cenários com durações variáveis entre os 15 minutos e até 1 hora, algo que varia se já os tiverem passado anteriormente. Se quiserem mais níveis, a Capcom como gosta de ser nojenta, lançou um DLC com mais sete cenários e seis personagens novas das U.S. Special Ops (mas com as mesmas habilidades partilhadas), a pagantes. A meu ver valerá o investimento caso tenham gostado minimamente do jogo. Se o acharam demasiado fácil, podem sempre optar pelos níveis de dificuldade superiores, onde o caso muda de figura. Os modos multiplayer passam pelo Co-op, onde podemos jogar os cenários com mais três pessoas, algo que melhora a experiência no seu todo, ou então o velhinho Team Deathmtach juntamente com outros modos como por exemplo recuperarmos uma amostra do vírus e tentarmos a todo o custo mantê-la connosco e ainda o Heroes Mode, onde podemos limpar o sebo a personagens conhecidas de RE2 e RE3. Qualquer um destes modos é divertido e expande o tempo de vida útil do jogo. Na Xbox360 têm ainda o Nemesis Mode onde podem usar a besta contra a equipa adversária. Sortudos...

Mais uma melga conhecida.
Resident Evil: Operation Raccoon City não é tão mau quanto o pintaram por essas internetes fora, onde as análises são mais tendenciosas que Judas. É um jogo mediano, um bocado mal pensado e executado mas que até funciona e poderá dar algumas horas de divertimento aos mais pacientes e menos exigentes. Se estão incluídos nesse grupo dêem-lhe uma oportunidade. Se são de standards muito elevados, passem ao lado e ide jogar outras coisas. Seja com for, passou pelas minhas mãos, fica na colecção e é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Raposas no espaço e outros animais, brevemente. :P

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

2 comentários:

  1. Acho que o grande problema do jogo é ter saído numa altura em que shooters baseados em zombies são mais que as mães, e inovação tem sido pouca.

    Poderia ter comprado esse jogo para PC, mas estou a guardar-me para quando tiver a PS3. Não sabia era que era um spinoff, tinha a ideia que o jogo seria canónico, apenas com uma perspectiva diferente.

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  2. Eles acharam que um shooter co-op RE themed seria boa ideia. Não é má de todo mas... quando puderes logo o jogas e tiras as tuas conclusões.

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