O grande caixote! |
Publicado por: Konami
Director: Kenji
Saito
Produtor: Atsushi
Inaba
Argumentista: Etsu
Tamari
Compositores: Jamie Christopherson
Motor Gráfico: Platinum Engine
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 19-02-2013 (EUA), 21-02-2013 (EU/JP)
Género: Acção, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador, VR Missions para um jogador
Compositores: Jamie Christopherson
Motor Gráfico: Platinum Engine
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 19-02-2013 (EUA), 21-02-2013 (EU/JP)
Género: Acção, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador, VR Missions para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (2258MB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, DLC adicional.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes e mais se seguirão.
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (2258MB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, DLC adicional.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes e mais se seguirão.
(Parece que o Verão já era...)
E a respectiva traseira. |
Desde há muito tempo que me questionava como seria se
fizessem um Metal Gear baseado nos ninjas que por lá habitam como por exemplo o
Gray Fox ou o Raiden e eis que em 2013, finalmente, o desejo se viu
concretizado sob a forma de Metal Gear Rising - Revengeance. Inicialmente
quando se começou a falar sobre este jogo, as dúvidas e cepticismo eram algo
que povoava a cabeça dos fãs. Como iria ser o jogo? Um Metal Gear meets Ninja
Gaiden? Ou quem sabe um Metal Gear meets Devil May Cry? O resultado é uma
mistura que vai buscar um pouco de ambos mas até se ter chegado lá, muita tinta
e imagens correram as internetes, com diversas alterações ao longo do projecto.
Mas já lá vamos pois isto hoje vai ser uma exposição longa. Este exemplar, mais
concretamente a Limited Edition europeia do jogo, chegou-me à colecção em Março
de 2013 como presente de aniversário das minhas duas meninas (leia-se mãe e
irmã). Para além de trazer a edição normal do jogo, faz-se acompanhar de uma
figura do Raiden com a White Armor (exclusiva desta edição) com cerca de 28cm
de altura, produzida pela Play Arts. Embora o detalhe seja muitíssimo bom, a
edição no geral carece dos conteúdos da americana que, por exemplo, vem com um
steelbook exclusivo e a banda sonora em CD. Isto já para não falar no candeeiro
com a réplica da espada. Felizmente consegui arranjar um dos steelbooks, graças
ao Guess_Who do Collector's Corner a quem desde já agradeço imenso.
Caixa normal com steelbook a condizer. |
Tal como os outros jogos da saga, este Revengeance goza de
uma trama rica em vilões e planos maquiavélicos de conquista e subversão, onde
o que não falta são twists e surpresas. Ainda assim não é nada que chegue à
complexidade de alguns dos anteriores. A história como já perceberam, gira em
torno de Raiden, essa personagem tão mal amada mas que no fundo é um badass de
primeira ordem. Quatro anos após os eventos de Guns of the Patriots, muita
coisa mudou no campo de batalha e as PMC's (Private Military Companies)
viraram-se para o campo da cibernética, produzindo aquilo a que se podem chamar
super soldados, graças à tecnologia existente. No meio disto tudo surgem
rivalidades entre estas companhias, da qual se destaca a Desperado, que começa
por apresentar mais como uma organização terrorista ao atacar e assassinar
N'Mani, o primeiro-ministro de um país africano, deixando Raiden feito num
farrapo no decorrer dos eventos. Após isto, Raiden é "reparado" pela
sua companhia Maverick e volta de novo ao campo de batalha para ajustar contas
com a Desperado e seus representantes, que se encontram a liderar um golpe de
estado na nação de Abkhazia. E o resto descobrem vocês.
"Cut at will!" - Quase, diria eu. |
Uma coisa que me agradou desde inicio foi o grafismo, que de
certo modo me faz lembrar de títulos como por exemplo o Vaquinsh. A Platinum
Games neste campo raramente deixa a coisa por mãos alheias e no caso de
Revengeance esmerou-se. Visualmente o jogo é muito bom, desde as personagens,
tanto as principais como as secundárias e claro, os inimigos que aparecem nas
mais diversas formas e tamanhos. Os cenários apesar de não serem muito variados
pois são quase sempre citadinos/industriais estão também muito bem conseguidos
embora alguns pareçam grandes demais, na minha opinião. A velocidade e fluidez
da acção é quase estonteante de tão rápida que é, mesmo quando nos encontramos
a lutar contra um boss com quase 10 vezes o nosso tamanho. Contudo, apesar de
correr a 60 frames quase constantes, por vezes podem ocorrer slowdowns quando
há muita coisas no ecrã, sobretudo explosões, mas é muito raro. As cutscenes
utilizam o motor de jogo e têm uma qualidade bestial, embora existam relatos
que a qualidade destas na versão de Xbox360 seja inferior à de PS3.
Manual, papelada com DLC e disco. |
A parte sonora de Revengeance é no mínimo brutal. A banda
sonora a cargo de Jamie Christopherson e dirigida por Naoto Tanaka, é mais
virada para a electrónica e metal, algo que nunca se ouviu na saga mas isto até
vem a propósito visto este jogo ser orientado para acção e logo necessita de
música à altura. Algumas contribuições incluem nomes como Logan Mader,
ex-Machine Head e Ferry Corsten, um DJ bem conhecido na cena electro. Escusado
será dizer que irão certamente procurar por algumas faixas no YouTube após as
terem ouvido no jogo. O voice-acting é também excelente, com diálogos bem
construídos e compostos pelas habituais nuances cómicas, características da
saga. Embora seja orientado para a acção, existe muita conversa para ser
ouvida, tanto nas cutscenes como no codec, portanto já sabem o que esperar. O
resto do som em geral é igualmente excelente, à semelhança de outros jogos, mas
penso que não é preciso entrar em pormenores neste campo.
O inlay da caixa normal. |
O que realmente vos interessa saber é como Raiden se mexe
nesta nova aventura que deixa para atrás o stealth e traz para o palco o hack
'n slash. Pois bem, neste campo tudo funciona surpreendentemente bem. Raiden é
ágil, aliás, estupidamente ágil na minha mais modesta opinião pois a partir do
momento em que o dominarmos fazemos coisas incríveis em combate. Inicialmente
poderá parecer difícil mas ao longo de jogo vai-se aprendendo as nuances desta
mecânica que assenta essencialmente em dois ataques (forte e fraco) e no Blade
Mode. Esta é a base do combate em Revengeance pois permite-nos abrandar o tempo
e cortar literalmente em qualquer direcção, seja o que for. Na realidade não
podemos cortar tudo o que vemos mas um cyborg, um carro, uma árvore e até
certas paredes, não se livram da nossa lâmina. E mais não conto.
O inlay do steelbook e cartão de DLC. |
E com o Blade Mode vem o Zandatsu, que literalmente
significa cortar e tirar, o que no jogo se traduz em cortar inimigos e
tirar-lhes partes, sobretudo a sua fonte de energia. Ao fazermos isto,
recuperamos tanto a nossa vida (caso tenhamos perdido alguma) bem como a
energia que gastámos ao entrar no Blade Mode. Isto resulta em combates
frenéticos, cinemáticos mas acima de tudo muito divertidos e gratificantes. Não
existe nada mais giro que limpar dois ou três Geckos sem eles nos tocarem. Por
outro lado, embora o combate frenético dê o seu ar de Ninja Gaiden, Revengeance
destaca-se deste por não existir um botão de defesa. Existe sim uma mecânica de
Parry, tal como em DmC, onde podemos contra atacar todo e qualquer inimigo se
acertarmos com o timing, ou seja, pressionar na direcção do ataque em conjunto
com o quadrado, mesmo que estejamos de costas. Se tudo correr bem, conseguimos
poderosos contra-ataques, muitos deles resultantes num Ninja Kill, onde Raiden
com um golpe desfaz literalmente o inimigo.
O nosso amigo confinado. |
Raiden conta ainda com um pequeno arsenal para além da sua
High Frequency Blade (HFB), que se resume a lança-rockets, granadas, kunais e as
armas do bosses derrotados. Infelizmente não se pode usar a nossa HFB em
conjunção com as armas dos bosses, limitando-nos a escolha à nossa favorita.
Podemos ainda evoluir todo este equipamento, incluindo as armaduras de Raiden,
tanto as que o jogo nos faculta como as dos DLC's. Cada uma tem uma habilidade
específica como por exemplo levar mais itens de cura, ou mais granadas mas a
normal faz bem o seu papel. Ainda em termos de mecânica, embora o jogo seja
claramente vocacionado para a acção, o stealth característico da saga está
presente e pode ser utilizado, resultando em Ninja Kills e uma pontuação mais
elevada (dependendo da situação) no final do confronto. E sim, podemos usar a
caixa à lá Snake!
Traseira da respectiva caixa. |
Apesar de estar a dizer maravilhas acerca deste Revengeance,
o jogo não é perfeito, como qualquer outro. Um dos defeitos que costumam ser
apontados é a câmara mas essa é controlada pelo utilizador e portanto não me
atrapalhei. Mas existe um, e nesse estou de acordo, que se prende com a
longevidade. O jogo é demasiado pequeno! Em 5 ou 6 horas está terminado e o
facto é que alguns níveis são grandes mas outros são tão pequenos que quase nem
damos por eles. Para prolongar a nossa estadia existem as VR Missions, que
apesar de divertidas e até complicadas, algumas delas, não são o mesmo que
estar a desfrutar da história e da acção que advém desta. Sempre podemos optar
por largar a nota e comprar os dois DLC's que saíram posteriormente sendo que
um seguimos a história de um dos membros da Desperado, Jetstream Sam e no outro
jogamos com o nosso sidekick, LQ-84i, um cão robot. Pode ser que futuramente o
faça.
Pequeno almoço dos campeões! |
Em jeito de curiosidade, o desenvolvimento deste jogo passou
por um longo processo de experimentação e consequentemente imensos rumores.
Quando o anunciaram, iria correr num novo motor de jogo desenvolvido pela
Kojima Productions, que mais tarde viria a ser revelado como Fox Engine, utilizado
agora pelo futuro MGS V. O nome também sofreu alterações, deixando de ser Metal
Gear Solid: Rising - Lightining Bolt Action, o que era estranho q.b., mas a
verdade é que traduz de facto aquilo que o jogo é actualmente. Outras
alterações incluíram a remoção ou omissão de desmembramentos em humanos, pelo
que no produto final só desmembramos robots e cyborgs (embora estes tenham a
sua parte humana bem visível). A passagem para as mãos da Platinum Games
deveu-se em parte devido a duas coisas: a primeira foi a incapacidade da Kojima
Productions desenvolver o jogo em torno do conceito de "cortar qualquer
coisa" pelo que cancelaram o que tinham já feito em 2010. A segunda foi a
escolha deste estúdio ter sido feito com base de que apenas um estúdio japonês
tinha a capacidade para fazer um jogo de acção com ninjas. De facto, até têm
uma certa razão, os melhores jogos com ninjas são japoneses mas os ocidentais
podem muito bem apanhar-lhes o passo. Tomem cuidado. Há ainda duas questões em
aberto: o jogo não foi lançado na Xbox360 no Japão e a versão de PS3 não
suporta Move, como inicialmente se falava. Também não faz grande falta.
Lembram-se deste bichinho? |
Depois de todo este texto penso que já devem ter uma boa
ideia do jogo e até vontade de o jogar. É um excelente exemplo de como um jogo
de acção deve ser, com um sistema de combate muito bom e acima de tudo
divertido. Como fã da saga, achei-o diferente mas tem aquilo que tornou a mesma
tão boa e amada entre a comunidade. E por isso é um JOGALHÃO DE FORÇA.
Brevemente, vamos caçar vampiros uma vez mais, numa portátil
da Nintendo. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
Boa análise, joguei apenas um pouco do demo, não me quis estar a alongar pois ainda quero comprar (e jogar) o MGS4 em primeiro lugar, o que deverá estar para breve.
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