A grande caixa. |
Publicado
por: Square Enix
Director: Jean-François Dugas
Produtor: David Anfossi
Artista(s): Jonathan
Jacques-Belletête, Visual Works (CGI)
Argumentista(s): Mary DeMarle, James
Swallow
Compositores: Michael McCan
Motor Gráfico: Crystal Engine (Modificado)
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 23-08-2011 (EUA), 26-08-2011 (EU), 20-10-2011 (JP)
Género: Acção, Stealth
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Compositores: Michael McCan
Motor Gráfico: Crystal Engine (Modificado)
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 23-08-2011 (EUA), 26-08-2011 (EU), 20-10-2011 (JP)
Género: Acção, Stealth
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media:
Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (2908MB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, DLC adicional.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez na dificuldade máxima. Falta um troféu para platinar, coisa a fazer futuramente.
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (2908MB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, DLC adicional.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez na dificuldade máxima. Falta um troféu para platinar, coisa a fazer futuramente.
(Está frio.)
E a mesma, vista de trás. |
Com
a quantidade de jogos que existem hoje em dia, é muito difícil conseguir jogar
todos e dar um bom parecer dos mesmos. Mais difícil é começar a seguir sagas
que nos passaram ao lado no passado, devido aos mais diversos motivos. Mas
eventualmente lá há um ou outro jogo que nos entra na colecção, muito por força
do preço baixo em contraste com o que a edição nos oferece. O jogo que trago
até aqui hoje ilustra este exemplo perfeitamente. Esta Collector's Edition de
Deus Ex - Human Revolution começa por trazer o jogo num bonito digipak onde
comporta tanto o disco do jogo como o DVD de extras que incluí o Making Of, a
banda sonora, um motion comic e outros extras como trailers e storyboards. Está
também incluído um DLC para começarmos o jogo com alguma vantagem sob a forma
de armas e dinheiro, bem como uma missão extra. Mas os grandes atractivos são
mesmo o artbook de 40 páginas e a figura da personagem principal, Adam Jensen,
produzida pela PlayArts Kai. E o porquê deste exemplo ser bom foi mesmo o preço
ter sido 20 euros, na MediaMarkt de Benfica.
O digipak em toda a sua glória. |
Fora
o preço que foi, todo este jogo me surpreendeu pela positiva. E foi daquelas
surpresas que tão cedo não vou esquecer. Mas comecemos pelo início. A história
pode parecer complexa, com muita conspiração, questões éticas e morais mas não
é nada mais do que uma realidade que tem tendência a tornar-se cada vez mais
presente. Num futuro próximo, mais concretamente em 2027, cerca de 25 anos após
os eventos de Deus Ex, assumimos o papel de Adam Jensen, um agente de segurança
privada na Sarif Industries, uma empresa de biotecnologia especializada em
"augmentations" em seres humanos, ou se preferirem em bom Português,
aumentos ou próteses xpto. Apesar de humano, é "forçado" a ser um
augmented após um ataque à empresa que o deixou em bastante mau estado. E assim
começa esta trama que em muito se assemelha a Ghost in the Shell ou até mesmo
Blade Runner, não só pelo ambiente mas também por todas as questões que coloca.
O respectivo conteúdo. |
Lembro-me
que pouco tempo antes do jogo sair e até mesmo depois, corria um trailer pelas
internetes que deixava todos boquiabertos com a qualidade visual. Como é de
calcular era em CG e não grafismo in-game mas ainda assim mostrava que Deus Ex
HR tinha uma equipa que sabia o que fazia. E neste campo posso afirmar que o CG
é de facto muitíssimo bom. Mas mais importante são os visuais in-game serem
igualmente bons, sobretudo porque conseguem conferir um ambiente brutal com
todo aquele requinte e encanto do cyberpunk, que tal como referir acima, me
levam a deambular mais uma vez pelas memórias latentes de Ghost in the Shell e
Blade Runner, certamente dois pontos fortes de referência na concepção deste
jogo. Passear pelas cidades e demais localizações do jogo é uma experiência
fabulosa pois somos presenteados com um festival de luz e cor extremamente bem
conseguido e com um balanço subtil entre
uma atmosfera flashy e outra gloomy. Algo que é necessário dada a natureza
do jogo em si. As personagens destacam-se bastante umas das outras, cada qual
com os seus pormenores, mas todas elas bastante bem animadas.
O artbook. |
A
sonoridade é também um ponto de referência onde a música vai e vem consoante a
situação, adaptando-se e proporcionando a ambiência ideal. Por algum motivo
teve diversas nomeações para os BAFTA e Spike TV VGA, entre outros. Importante
é também a utilização dos efeitos sonoros, coisa que neste jogo é feita com
bastante competência e precisão, visto tratar-se durante grande parte do tempo
de um jogo onde o stealth é o nosso melhor amigo. E digamos que na dificuldade
máxima, os inimigos tendem quase a ter audição de morcego. Para além disso, o
voice acting é algo que predomina com qualidade ao longo de toda esta experiência com muitas
e muitas conversas para serem ouvidas, visto quase todas as personagens terem
algo a dizer, com mais ou menos pertinência para o caso. E há conversas longas,
bem longas mas não tão extensas como as que o senhor Kojima nos presenteia de
vez em quando, se é que me percebem.
O senhor Jensen a posar. |
Onde
realmente Deus Ex HR me deixou completamente rendido foi na jogabilidade, mais
concretamente na mecânica e todos aqueles pequenos pormenores que o tornam
delicioso. Pode parecer um FPS, por se jogar na primeira pessoa mas
desenganem-se pois não o é. Aliás, jogá-lo a pensar que é um FPS é um erro
tremendo pois nem sequer vai resultar muito bem. O controlo é feito na primeira
pessoa e a acção idem aspas, o que engloba disparar e abordar inimigos mas não
é forçoso que assim seja pois basta utilizar o sistema de cover deste jogo,
para passarmos para a terceira pessoa e assim termos uma perspectiva do senhor
Jensen. O próprio jogo incita a que sejamos discretos e recompensa-nos por
isso. Entrar à Captain Price aqui não nos traz glória, quanto muito traz-nos um
ecrã de retry. Entrar à Solid Snake (ou Sam Fisher se preferirem), traz-nos um
gostinho especial e um gozo tremendo de passar um complexo cheio de inimigos
sem uma única alminha ou máquina dar pela nossa presença. Deus Ex HR é isto,
stealth no seu melhor.
Uh-oh! Parece que entrámos na festa errada. |
E
como conseguiram? Não complicaram aquilo que é simples! E obviamente, muniram
Adam dos gadgets e augmentations necessárias para o trabalho. Tudo isto pode
ser adquirido em sítios específicos como NPC's que negoceiam no mercado negro
de armas, ou clínicas onde podemos modificar as nossas augmentations. Para tal
ganhamos experience points que podemos depois trocar por Praxis Kits para o
efeito. As armas podem ser modificadas e disparam vários tipos de munição, pelo
que devemos gerir bem o nosso stock de acordo com a situação. As augmentations
disponíveis permitem-nos modificar Adam consoante o nosso estilo de jogo, seja
ele entrar em confronto directo ou entrar de mansinho, hackar os computadores
todos e sair sem deixar rasto. A nossa vida regenera sem auxílio de medkits, até
certo ponto pelo que dá sempre jeito trazer algo que lhe dê algum boost, caso
as coisas dêem para o torto. À semelhança de outros jogos do género, podemos
matar tudo ou simplesmente sermos o ser mais pacífico à face da terra e não tirar a vida a ninguém.
Um menu que vamos ver muitas vezes. |
A
exploração é um dos pontos fortes de Deus Ex HR pois as diversas cidades e
demais localizações, sejam elas Detroit, Hengsha (cidade fictícia perto de
Shangai), Montreal ou Singapura, estão cheias de pequenos segredos, isto para
não referir todos os interiores dos demais cenários. Embora seja percorrida por
um fio condutor, a história vai-se desdobrando em várias side quests que
podemos ou não fazer, mas que influenciam eventos futuros e a relação com
certas personagens. Algumas side quests estão dependentes das Social Battles,
outro dos grande atractivos na mecânica de Deus Ex HR. Estas basicamente
traduzem-se em longas conversas onde vamos ter de dar certas respostas ou fazer
certas perguntas, tendo sempre em consideração a disposição, temperamento e relação
que a personagem tem para connosco. Como é de calcular, de início poderá não
ser pêra doce conseguir os resultados que desejamos, mas com as augmentations
que vamos desbloqueando vamos tendo ajudas adicionais que nos permitem ler
melhor a pessoa e as suas reacções levando-nos assim a um desfecho mais
favorável. Este é sem dúvida um dos pormenores que mais gostei.
Decisões complicadas. |
Atravessar
o mundo de Deus Ex HR é uma tarefa que vai demorar à vontade mais do que 12
horas, muito mais sobretudo se quiserem ver e fazer tudo o que é possível no
jogo. Mais ainda se forem daqueles teimosos (como eu) que querem apanhar os
troféus todos depois de terem terminado o jogo a primeira vez. Os deste jogo
requerem algum tempo e paciência, apesar de não serem difíceis. Existe ainda um
DLC intitulado The Missing Link, com cerca de mais 5 horas de jogo e que
colmata o período de tempo onde Adam viaja de Hengsha para Singapura.
Infelizmente não o joguei. Aconselho vivamente jogarem-no na dificuldade máxima
pois torna a experiência bem mais tensa e interessante. A versão a jogar
cabe-vos a vocês escolherem pois existe em tudo quanto é plataforma, a um preço
estupidamente acessível (já o vi a 4 euros para PC) e agora com a nova
Director's Cut, também disponível na WiiU e restantes plataformas, é difícil
passar ao lado. Esta corrige algumas falhas do original, inclui o DLC e melhora
alguns dos visuais. Portanto, e sem mais demoras, resta-me dar-lhe o selo de
JOGALHÃO DE FORÇA!
Brevemente,
um dos primeiros títulos para a PS2 vai aparecer por aqui. :)
Rectificando o que disseste da versão PC, está a 3€ na Mediamarkt de Alfragide já há uns bons meses e ainda tem lá bastates, pelo que é um jogo imperdível.
ResponderEliminarAgora tempo de o jogar é que é outra conversa...