20 de novembro de 2013

The Bouncer


Sion em destaque na capa.
Desenvolvido por: Squaresoft, DreamFactory
Publicado por: Squaresoft (JP), Square EA (EUA), SCEE (EU)
Director(es): Takashi Tokita, Seiichi Ishii
Produtor: Shinji Hashimoto
Artista: Tetsuya Nomura
Argumentista(s): Seiichi Ishii, Kiyoko Ishii
Compositor(es): Noriko Matsueda, Takahito Eguchi
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 23-12-2000 (JP), 06-03-2001 (EUA), 22-06-2001 (EU)
Género: Cinematic Beat 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer para até 4 jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (75KB mínimo), Compatível com controlo analógico: todos os botões, Compatível com Multitap (1- jogadores)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o umas três ou quatro vezes.

(E continua a estar frio.)

Em francês mas sem autocolantes.
Corria o saudoso ano de 2000 quando a Sony nos presenteou com uma das consolas mais populares que já existiram. É claro que me refiro à PlayStation 2, uma belíssima máquina que tantas horas de divertimento e até frustração proporcionou a milhões de jogadores por esse planeta fora. E como seria de esperar, a consola causou sensação logo desde o início pois foi um salto considerável da primeira para esta e isso foi algo que se viu logo em todos os campos. Os primeiros jogos que nos foram apresentados tinham muito de eyecandy mas era um pouco dúbios a nível de conteúdo sendo que alguns deles, na minha mais sincera opinião, serviram como uma espécie de tech demo para mostrarem o potencial do hardware. Como exemplo, trago até aqui hoje The Bouncer, um dos primeiros jogos da Square para a PS2, desenvolvido em parceria com a DreamFactory, conhecida por títulos da PS1 como Tobal Nº1 e Ehrgeiz. Este exemplar chegou até ao JDF alguns anos mais tarde, mais concretamente treze anos, tendo sido adquirido usado no eBay por um valor entre os 8/12 euros não sabendo precisar ao certo.


Manual, panfleto e disco.
The Bouncer não prima pela narrativa. Começamos a nossa aventura num bar, assumindo o papel de um de três guarda-costas, Sion Barzahd, Volt Krueger e Kou Leifoh, cujo objectivo é salvar a nossa amiga Dominique Cross das garras de uma mega corporação que dá pelo nome de Mikado. E é isto, sem tirar nem pôr. Sendo um dos primeiros títulos de PS2, como referi anteriormente, The Bouncer começa por impressionar com os seus visuais cuidados, detalhados e acima de tudo vistosos mas um pouco esborratados. As personagens parecem todas elas rejeitados saídos de um casting para um Final Fantasy, desde as principais aos inimigos contando com uma fluidez de jogo boa e dotados de boas animações mas com uma mecânica um pouco perra, coisa que já vou abordar. Os cenários não são fabulosos mas são coloridos q.b., com pouca variedade no entanto pois é tudo muito futurista e com poucos exteriores que permitam ter alguma sensação de profundidade e imensidão. O CG, esse, é muitíssimo bom tal como a Square nos tem vindo a habituar ao longo dos anos.

A sonoridade de The Bouncer não é algo que fique na memória mas uma ou outra música é capaz de ficar visto ser alvo de repetição incessante.  Felizmente no campo do voice acting, podemos utilizar as vozes originais japonesas com as respectivas legendas em vez de levarmos com o áudio em inglês que é notoriamente pior, algo comum na era PS2 (uma indirecta ao FFX, se me permitem).

Aposto que vai à Lúcia Piloto...
Apesar de se afirmar com um Playable Action Movie, The Bouncer não é mais do que um beat 'em up com montes de cutscenes metidas no meio para encher aquilo que podia ser tempo de jogo. É verdade, o jogo é pequeníssimo. Após a primeira ronda, vão dar por vocês a carregar no botão para passar todas as cutscenes à frente e ver que realmente aquilo está ali mais para encher chouriços do que outra coisa. A jogabilidade também não é famosa, tendo alguns problemas de mecânica, nomeadamente as personagens serem bastantes perras de movimentos, dando a sensação que parecem mais robots do que seres humanos. Isto talvez seja por tirar partido da funcionalidade de pressão dos botões do Dualshock 2, onde os ataques (altos, médios e baixos) variam consoante a força aplicada. Inicialmente também não têm muitas habilidades pelo que não são particularmente eficazes em combate, coisa que se pode ir evoluindo à medida que vamos deixando os inimigos por terra a troco de Bouncer Points. Ou seja, pontos de experiência. Assim, vamos conseguir habilidades melhores e subir o nível da nossa personagem até S que é o máximo. Após isto, o jogo torna-se ridículo pois podemos spammar constantemente o ataque que consideremos mais eficaz e derrotarmos qualquer inimigo, mesmo os bosses mais chatinhos.

Bofa neles!
O modo história, como referi acima, é relativamente curto e podemos escolher a personagem que bem entendermos antes de embarcarmos em cada segmento. A AI dos nossos companheiros não prima pela inteligência mas sempre ajuda a não sermos alvo de gangbangs constantes e de vez em quando permite-nos usar um ataque de nome Trinity Rush que atinge todos os inimigos no ecrã. Existe ainda um Survival Mode onde a energia não regenera enquanto temos de tratar da saúde a 50 inimigos ao longo de 10 níveis. O jogo vai ficando mais difícil neste modo. Por fim, o multiplayer coloca-nos num Battle Royal que suporta até quatro jogadores mas para tal vão necessitar de um multitap e três comandos adicionais. Curiosamente, pode ser jogado sozinho contra oponentes controlados pela IA.

O Volt não gosta de Cactuars.
Embora não seja brilhante ou algo que recomende a qualquer jogador, The Bouncer tem o seu encanto por ter sido um dos primeiros jogos de PS2 que joguei. Pode ter os seus problemas mas também mostrou que a PS2 iria ter um futuro bem risonho, como se viu ao longo destes anos todos e através de inúmeros títulos. Como tal, não sai daqui sem levar com o visto de JOGALHÃO DE FORÇA!

Brevemente no JDF, heroes in a half-shell! :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
  

1 comentário:

  1. Que memórias este foi o primeiro jogo PS2 que joguei, em casa de um amigo e lembro-me de na altura achar o máximo pois fazia-me lembrar de certa forma o Streets of Rage, agora vendo não era um grande jogo mas na época em que joguei achei muito bom lol coisas de gamer.

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