M de Metro... |
Publicado por: Deep Silver
Director: Andrew Prokhorov
Designer: Viacheslav Aristov
Artista: Andrey Tkachenko
Argumentista(s): Dmitry Glukhovsky, Andrew Prokhorov, Andrey Paskhalov, Paul DeMeo, David Slagle
Compositor(es): Alexey Omelchuk
Motor Gráfico: 4A Engine
Plataforma(s): PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox360, XboxOne, PC, MacOS, Linux
Lançamento: 14-05-2013 (EUA), 17-05-2013 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação de 2939MB no disco rígido, Compatível com função de vibração, HD 720p, 1080i, 1080p. DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal. Hei-de arranjar a versão Redux e passá-lo de novo.
(E o Verão já lá vai...)
Sem autocolantes feios. |
Um bom livro pode-nos levar aos lugares mais incríveis sendo que o único limite é mesmo a nossa imaginação. Adaptado a filme ou série, a coisa fica muito mais contida dentro da visão de quem fez essa adaptação e a nossa experiência fica limitada a isso mesmo. E se adaptado a videojogo? Bom, aqui o caso, ainda que esteja condicionado pela adaptação em si, permite outro tipo de liberdade que nem um filme nem o próprio livro permitem: somos nós que tomamos as nossas decisões quando a ocasião o permite. Portanto, ainda que estejamos a seguir um ponto de continuidade, cabe-nos a nós decidir como chegar ao final. O jogo que trago até aqui hoje, é sequela de outro que começou por ser um livro e mais tarde foi adaptado, resultando assim numa experiência muito particular e acima de tudo bem conseguida. Este exemplar, que chegou à colecção algures entre Julho e Agosto de 2015 resultou de uma troca por um exemplar extra de Borderlands 2 que tinha perdido aqui por casa. Sendo a Limited Edition do jogo, os extras que inclui são apenas alguns DLC's, como uma arma extra, um modo de dificuldade acrescido e dinheiro in-game.
Manual, papelada e disco. |
Metro: Last Light é a sequela directa de Metro 2033, adaptado da obra de Dmitry Glukhovsky, que nos coloca no papel de Artyom, um ranger que vive nos túneis do metro de Moscovo após uma guerra nuclear que dizimou toda a superfície. Não querendo estragar a experiência do primeiro jogo a quem lê o que escrevo, Artyom tem agora em mãos descobrir quem são os Dark Ones aventurando-se pela intrincada rede de metro bem como pela superfície devastada de Moscovo. É de salientar que o argumento deste jogo foi escrito pelo autor do livro original mas não é adaptado da sequela desse mesmo livro, de nome Metro 2034.
O cenário desolador (e húmido). |
Recordo-me particularmente de quando joguei o primeiro jogo, uma das coisas que rapidamente saltava à vista eram os visuais impressionantes e também os requisitos para os visualizar em todo o seu esplendor. Tendo apenas jogado em PC, digamos que estava perante o novo Crysis em termos de benchamarking e o jogo em si não era propriamente meigo em termos de optimização. Mas mesmo em medium settings, os visuais eram bastante bonitos. Ora, a sequela na PS3 (e o próprio jogo em PC) foi bastante optimizado tendo em conta o hardware para assim tirar partido da máquina sem compromissos de maior escala. Os visuais são bastante agradáveis, com imenso detalhe e variedade ainda que se pense o contrário por passarmos imenso tempo nos túneis. A iluminação é um dos pontos fulcrais neste jogo e a sua utilização é feita de forma inteligente para podermos tirar partido disso de várias formas. Outro aspecto que salta à vista são os efeitos visuais como fumo, nevoeiro, chuva, utilizados de forma bastante realista sem descurar o ciclo dia/noite e a meteorologia dinâmica que se faz sentir sempre que vamos à superfície. As animações das personagens são também muito boas e o jogo proporciona uma framerate constante a 30 frames/720p sem solavancos aparentes.
Não, não são aliens. |
Em termos sonoros, somos presenteados com uma banda sonora onde os temas são utilizados em momentos chave ou nos hubs que vamos encontrando ao longo da aventura, sendo que durante grande parte da acção ou reina o som ambiente, que neste jogo tem um papel fulcral se optarem pela vertente stealth, ou então a música é reproduzida a um nível quase imperceptível. Os efeitos sonoros são de uma qualidade excelente, desde o som das armas, criaturas, não descurando claro está, os diálogos entre as personagens, todos eles com aquele sotaque russo tão peculiar.
Uma toscaria à antiga. |
Embora tenha gostado do primeiro jogo, achei que era um bocado limitado em termos jogáveis, algo que foi corrigido nesta sequela. Embora se trate de um FPS como tantos outros, apostou-se forte na vertente stealth (algo introduzido posteriormente na versão Redux do primeiro jogo) e é agora possível despacharmos inimigos sem fazer barulho e alertar os demais, bem como fazê-lo sem os matar. Sim, é possível acabar este jogo sem matar uma alminha (excepto uma instância onde temos mesmo de o fazer pois não há outra hipótese) e é isso que me agradou em especial nesta sequela. Se um jogo me proporciona uma experiência não letal, por norma sigo sempre esse caminho pois acho que não há necessidade de sangrias indiscriminadas mesmo que os nossos inimigos sejam do piorio. Aparte disso, podemos optar pelo tradicional tiro neles e criar o caos entre as hostes embora o próprio jogo não nos dê muitos recursos para andar a disparar à toa. Na verdade os recursos são tão limitados que vamos quase sempre optar pelo caminho mais seguro: não disparar sem ter certeza que isso vai levantar um alarme.
Nazis do metro! |
E por falar em recursos, esses traduzem-se em munição acima de tudo, armas secundárias e filtros de ar entre outros, onde o loot é a palavra de ordem. A munição está no topo da cadeia até porque é usada como moeda se se tratar de military-grade, servindo assim para comprar armas, peças extra para as mesmas e consumíveis. Daí que a usar é a mesmo a munição mais rasca e comum que encontramos ou então optar mesmo pela furtividade. Em termos de armas temos uma variedade limitada mas podemos personalizá-las com as tais peças extra, algo que não era possível no primeiro jogo e estas incluem desde metralhadoras a snipers mas também algumas que utilizam sistemas pneumáticos para serem utilizadas. Uma das particularidades desta saga é sem dúvida o facto de termos de utilizar filtros de ar sempre que andamos na superfície, e estes são limitados. O único indicador disso é o nosso relógio que nos permite ver o tempo restante não havendo HUD de espécie alguma. O relógio também funciona para nos alertar se estamos expostos à atenção dos inimigos. É isto que torna o jogo tão único, todas as dicas são visuais, como por exemplo, a nossa máscara apresentar rachas, o que significa que se levarmos muita pancada a mesma pode partir e rapidamente asfixiamos se não formos para local seguro o apanharmos outra.
A tensão é sempre corrente nestes túneis. |
A progressão apesar de ser linear é feita de forma interessante pois existem várias facções na rede do metro, desde os commies até aos restos dos nazis passando por pessoas normais que tentam apenas sobreviver. Nos hubs é onde encontramos a maiorias destas pessoas, que por vezes nos incubem com pequenas tarefas, numa espécie de side quests e que afectam no nosso nível de karma. Este influencia o final do jogo pelo que podemos ser uns porreiraços e ajudar a malta que precisa ou literalmente cagarmos de alto e seguir em frente. Isto não se aplica somente a pedidos dos NPC's mas também ao facto de salvarmos alguns de certas situações ou se dermos numa de ladrões.
Metro: Last Light é sem dúvida um excelente FPS no meio de tantos outros, que nos proporciona uma história interessante aliada a uma jogabilidade formidável que poucos outros jogos do género conseguem. Eu também sou suspeito pois adoro tudo quanto seja jogo com stealth mas neste caso acho que só mesmo um jogo da saga Dishonored lhe ganha. Ainda assim é sem dúvida um JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: um clone bastante simplista de um jogo famoso, no Game Boy.
MURRALHÕES DE FORÇA:
MURRALHÕES DE FORÇA:
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