8 de maio de 2018

Tom Clancy's Splinter Cell: Chaos Theory

Binóculos verdes.
Desenvolvido por: Ubisoft Montreal
Publicado por: Ubisoft Entertainment
Designer: Clint Hocking
Compositor(es): Jasper Kyd, Amon Tobin
Motor gráfico: Unreal Engine 2.5
Plataforma(s): PlayStation 2, GameCube
Lançamento: 28-03-2005 (EUA), 01-04-2005 (EU), 17-11-2005 (JP)
Género(s): Acção, Aventura, Stealth
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Co-Op para dois jogadores, Modo online para até 4 jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (580KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração, Compatível com Adaptador de Rede
Estado: Completo
Condição: Boa, com algumas marcas de uso na caixa
Viciómetro: Acabei-o uma vez.

(Bom tempo!)

Yep, as coisas mudam.
Com a reforma de Solid Snake, a área do stealth (ou do sneaking se assim preferirem) ficou bastante mais pobre mas para preencher este vazio, nem que seja um bocadinho ficou o seu "rival" Sam Fisher que felizmente ainda se mantém no activo embora sem protagonizar uma nova aventura desde 2013. O certo é que para quem gosta deste género, existem vários jogos a explorar, todos eles excelentes no geral e o meu caso, que descurei a saga Splinter Cell no passado, descobrir agora estes títulos tem um gostinho particularmente especial. E é isso mesmo que tenho feito, explorar cada um dos títulos da saga, apreciando assim a sua evolução. Este exemplar foi adquirido entre Setembro e Outubro de 2016 para aí por 3 ou 4 euros numa loja de usados em Lisboa.


Manual e DVD.
Tom Clancy's Splinter Cell: Chaos Theory marca assim o terceiro capítulo na vida de Sam Fisher enquanto agente da Third Echelon que desta vez tem em mãos mais um daqueles casos bicudos aos quais já nos habituou. Neste episódio não estamos perante uma ameaça de armas biológicas nem terrorismo à antiga mas sim um algoritmo que tem a capacidade de crashar o mercado financeiro asiático, provocar um blackout em Nova York ou simplesmente controlar mísseis balísticos intercontinentais. Obviamente alguém tem acesso a este algoritmo e cabe a Sam descobrir o quanto antes de forma a impedir que o caos se propague em cadeia.

Não é a matança do porco.
É certo que a saga Splinter Cell tem vindo a evoluir desde a primeira aventura. E este terceiro jogo é prova disso com uma significativa melhoria em termos visuais, onde o grafismo apresenta agora mais detalhe e fluidez, não esquecendo a utilização inteligente das fontes de luz e sombra. A diversidade de locais é também algo que faz com que este patamar se destaque oferecendo assim alguma variedade visual. As cutscenes continuam a utilizar o habitual CG da época, algo que hoje em dia não faz sentido mas que naquela altura era o standard e fazia as delícias de muitos. Curiosamente, este título é o primeiro da saga a utilizar ragdoll physics, algo que é comum a muitos outros jogos.

Desculpe amigo, onde fica o WC?
Sonoramente creio que não me resta dizer muito pois este Chaos Theory mantém a fórmula habitual da saga onde a banda sonora dinâmica vai surgindo nas partes de acção ou conflito, dando lugar ao som ambiente em tudo o resto. E como é de calcular, a música é bastante boa e adequada à temática em questão. O mesmo se pode dizer do voice-acting levado a cabo pelos habituais suspeitos, onde impera a qualidade dos diálogos. Os efeitos sonoros idem aspas, todos bastante bons e perfeitamente enquadrados em todas as situações, uma vez que o jogo tira bastante partido desta componente, especialmente quando consideramos que os inimigos ouvem a mais mínima coisinha.

That's a big schwartz!
A jogabilidade de Chaos Theory, embora semelhante aos anteriores contém a sua quota parte de novidades, que tornam o jogo bastante melhor que os predecessores. Sam continua a ser o atleta do costume com todas as suas habilidades físicas intactas ou ligeiramente melhoradas para um sneaking mais activo. Contudo em termos de mecânica, o jogo agora adiciona uma barra auditiva à já tradicional barra de luz, pelo que temos de nos preocupar tanto com permanecermos nas sombras como evitar fazer ruídos desnecessários que levam os guardas a ficarem mais alerta. Por outro lado, o jogo agora já não nos penaliza por deixarmos corpos e afins a descoberto quando saímos de uma área, algo que acontecia nos anteriores e o alarme era accionado quando entrávamos numa nova área. Agora os corpos têm de ser descobertos por algo ou alguém para que tal aconteça.

Vamos lá dar uma de Tom da Cruzes...
Por outro lado, sermos vistos pelo inimigo automaticamente acciona o alarme e os mesmo começam a empregar tácticas como usar coletes balísticos e capacetes, algo que não acontecia anteriormente. Se formos vistos diversas vezes já não resulta num game over mas apenas numa situação mais complicada a qual podemos resolver ao tiro ou se nos escondermos. Matar civis ou friendlies também não resulta no habitual game over mas apenas numa reprimenda por parte da chefia, na maioria das situações, o que leva a menos pontuação no final da missão ou certos objectivos serem cancelados automaticamente.

Pfff... promessas!
Em termos de combate, Sam tem agora disponível uma faca que pode usar tanto para matar os inimigos ou apenas intimidá-los nas interrogações. A mesma pode ser usada, por exemplo, para furar objectos no cenário que permitam ocultar a sua presença. Isto permite-nos também usar meios letais ou não letais a nosso bel-prazer. A nossa conhecida pistola 5-7 SC vem agora equipada com o OCP (Optically Channeled Potentiator), que nos permite desactivar câmaras de segurança e outros apetrechos electrónicos, e a SC-20K continua a fazer maravilhas recheada com os já conhecidos gadgets. Antes de cada missão temos a Redding's Recommendation, que nos dá um loadout equilibrado em termos de stealth/ofensivo mas podemos mudar isto se assim o entendermos, levando apenas o equipamento que consideramos indispensável. Uma das novidades deste título é podermos jogar em co-op com um amigo em splitscreen, num conjunto de variadas missões concebidas para o efeito. Infelizmente não experimentei ainda este modo pois ninguém quer jogar comigo *boo hoo*. Existe ainda o típico modo online semelhante ao do jogo anterior que por motivos óbvios, actualmente não dá mesmo para experimentar. Mas também é daquelas coisas que não me aquece nem arrefece.

Em suma,  Tom Clancy's Splinter Cell: Chaos Theory é uma excelente evolução da série a meu ver é o melhor jogo desta trilogia original, daqueles que recomendo vivamente sejam fãs deste género ou não. E é também fácil de encontrar nas mais diversas plataformas portanto não há desculpa para deixar escapar este JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um remake com uma personagem sobejamente conhecida, na PS2.
 
MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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