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Grandes armas... |
Desenvolvido por: Konami Computer Entertainment Tokyo
Publicado por: Konami
Director: Nobuya Nakazato
Produtor: Nobuya Nakazato
Compositor(es): Akira Yamaoka, Sota Fujimori
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 22-10-2002 (EUA), 14-11-2002 (JP), 14-02-2003 (EU)
Género: Run 'n Gun
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (108KB
mínimo),
Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração
Outros nomes: 真魂斗羅 Shinkontora - Shin Contra (JP)
Estado: Incompleto, falta o manual e caixa original
Condição: Diria que perto de terrível. Falta a caixa original, manual, a capa está uma lástima e o DVD com bastantes riscos. Curiosamente, funciona sem problemas.
Viciómetro: Acabei-o diversas vezes.
(Aceito doações para este jogo. O meu exemplar está uma lástima e precisa de ser substituído.)
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A headline não mente. |
Não me lembro ao certo quando joguei pela primeira vez
Contra na
NES (ou
Probotector, como é conhecido por estas bandas) mas sei que não foi o primeiro jogo da série com o qual tive contacto. Não, esse privilégio cabe à versão de
Game Boy, também conhecida pelo mesmíssimo nome (
Operation C nos EUA e
Contra no Japão), o que invocou confusão a alguns naquele tempo. E durante muito tempo, este jogo manteve-me ocupado e fez-me tomar gosto pela saga em si, não só pela dificuldade mas também pelos visuais e som, que naquele tempo impressionavam qualquer mente, mais ou menos brilhante. Embora não fosse a série mais aclamada da
Konami, é sem dúvida uma das favoritas dos fãs e pessoalmente a minha favorita, que veio a acompanhar os tempos, pelo menos até à
PS3 com jogos bons, outros que nem vale a pena lembrar. Este exemplar, foi encontrado pelo amigo Ivo Leitão do
Green Hills Zone, sabe-se lá onde por 2.5€. Ele fê-lo chegar à minha humilde colecção, algures entre Novembro e Dezembro de 2016, através do amigo Mike Silva, do
Game Chest. E pelo estado em que se encontra, diria que, este jogo já viu meio mundo...
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Manual e caixa do ghetto mais o DVD. |
Contra: Shattered Soldier marca mais um episódio na
timeline da série (sim, existe uma
timeline por mais confusa que possa parecer) que nos coloca na pele de
Bill Rizer, o herói das
Alien Wars. Desta vez,
Bill foi acusado de um incidente ocorrido em 2642, que dizimou cerca de 80% da população terrestre, pouco depois dos eventos de
Contra - Hard Corps bem como da morte do seu antigo parceiro,
Lance Bean. Condenado a 10000 anos de prisão (criogénica, diga-se de antemão),
Bill é "acordado" cinco anos mais tarde para resolver mais uma situação onde uma organização terrorista chamada
Blood Falcon, ameaça o planeta, uma vez mais. Para o ajudar nesta demanda, é destacada uma
cyborg de nome
Lucia, criada pelo governo através da pesquisa efectuada pelo
Dr. Geo Mandrake. E o resto é tiro neles.
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Qualquer nível é para sofrer. |
Um bom
Contra quer-se em
2D mas infelizmente, desde a era da
PSOne, que a saga passou para o
3D. Inicialmente o resultado foi bera, terrível mesmo se me permitem a sinceridade. Os dois jogos de
PSOne são uma mancha neste aspecto e não deixam saudades nenhumas mas no caso deste
Shattered Soldier, os visuais são de longe melhores do que os seus antecessores. E embora o grafismo
3D não seja tão apelativo quanto uma boa
pixel art, o facto é que funciona pois o jogo adoptou a postura conhecida por
2.5D e funciona tal e qual os seus antepassados nas
8-bit e
16-bit. A acção decorre a
60fps sem lentidão nem solavancos e digamos que a variedade é mais do que muita, com inimigos de todos os tamanhos e feitios, sobretudo os
bosses que chegam a ser colossalmente enormes. As
cutscenes optam por um
CG típico da época bem como outras preferem utilizar o motor gráfico do jogo para as partes de história. Funcional
q.b. na minha opinião.
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O almoço caiu-lhe mal, muito mal... |
Tal como os seus antepassados,
Shattered Soldier conta com uma excelente banda sonora produzida por
Akira Yamaoka (conhecido pelo seu trabalho na série
Silent Hill), oscilando entre o
metal,
rock e electrónica, ainda que não tão memorável pois nenhuma das conhecidas músicas da saga aparece remixada. Apenas a
fanfare no final de cada nível merece menção pois é a mesma com uma ligeira variação. Contudo esta sonoridade insere-se na perfeição na acção frenética que o jogo proporciona, bem como todos os efeitos sonoros, desde tiros a explosões.
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Bros before hoes. |
Em termos de jogabilidade,
Shattered Soldier não se afasta da sua origem mantendo a mesma mecânica que celebrizou a saga. Controlar
Bill ou
Lucia é simples e intuitivo, sem complicações nenhumas e apenas a destreza manual e memorização separa os fãs dos novatos neste campo. A única nuance que difere de outros jogos é que deixaram de existir
power-ups (tanto de armas, como as bombas de
Alien Wars por exemplo) e começamos sempre com três armas: metralhadora, lança-chamas e lança granadas. O disparo é também automático ao contrário do original, por exemplo. Para compensar existe um
charged shot, que é uma versão mais poderosa do disparo normal de cada arma e que serve extremamente bem em certas partes do jogo, nomeadamente nos
bosses. E por falar em
bosses, este jogo está apinhado deles. Literalmente. Atrevo-me a dizer que este é um
Contra Bosh Rush pois a maioria dos níveis tem entre quatro a cinco
bosses, alguns deles de seguida sem intervalos para respirarmos sequer. Nenhum dos jogos anteriores nos mandou tantos
bosses para cima quanto este
Contra e talvez seja por isso que podemos escolher logo de início, o nível onde queremos jogar, de uma selecção de quatro.
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Andar de comboio sem bilhete dá nisto. |
O jogo conta apenas com sete níveis mas os últimos três temos de os desbloquear progredindo nos anteriores. Contudo, isto não se fica por aqui. Para o fazermos, temos de ter a melhor performance de sempre num Contra, ou seja, não perdermos vidas, não usarmos continues e destruirmos tudo. Tudo mesmo. É aqui que entra a
Hit Ratio, que nos mostra a percentagem de destruição conseguida no nível (seja cenário, inimigos e
bosses na sua totalidade, sendo que isto incluí todas as suas partes destrutíveis). Para termos
rank S, convém, pelo menos termos destruído entre 95% e 100% e nem sempre somos presenteados. Isto também tem impacto nos diversos finais que podemos obter. Talvez seja por isso e pelo facto de termos vidas e
continues limitados, que este jogo é tão difícil quando comparado aos outros da série. Para isso existe um modo de treino mas mais uma vez, para jogarmos os últimos níveis temos de lá ter chegado. O famoso
Konami code existe, numa ligeira variação e dá-nos as tão necessárias 30 vidas para conseguirmos tornarmo-nos melhores em cada nível.
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A dois é melhor... e ainda mais difícil. |
No fundo,
Contra: Shattered Soldier mantém tudo aquilo que tornou a saga famosa e eleva as coisas um patamar acima com catrefadas de
bosses e dificuldade a condizer. É pena que o jogo que se seguiu mudou um pouco as coisas já que este ia no bom caminho mas como não tenho esse não posso dar uma opinião mais formada (aceito donativos desse mesmo). E assim estamos perante um estupendo
JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: espadeirada, demónios e muito sangue, na PS4.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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