Bonita cover art. |
Publicado por: Square Enix
Director: Yoko Taro
Produtor(es): Eijiro Nishimura, Yosuke Saito
Designer(s): Takahisa Taura, Isao Negishi
Artista(s): Akihiko Yoshida, Yuya Nagai, Toshiyuki Itahana
Argumentista(s): Yoko Taro, Hana Kikuchi, Yoshiho Akabane
Compositor: Keiichi Okabe
Plataforma(s): PlayStation 4, XboxOne, PC
Lançamento: 23-02-2017 (JP), 07-03-2017 (EUA), 10-03-2017 (EU) (PS4)
Lançamento: 23-02-2017 (JP), 07-03-2017 (EUA), 10-03-2017 (EU) (PS4)
Género(s): Action Role Playing Game, Hack 'N Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (45.28GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, Funcionalidades de rede, Suporte Remote Play com PSVita, DLC adicional, PS4 Pro Enhanced
Estado: CompletoFuncionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (45.28GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, Funcionalidades de rede, Suporte Remote Play com PSVita, DLC adicional, PS4 Pro Enhanced
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o 26 vezes. O jogo tem 26 finais. Mas jogado, foi uma vez com muitas horas e platina alcançada.
(Agora que quero uma WiiU nova e baratinha, não encontro... -_-; )
Glory to Mankind! |
Há quem goste de ler, há quem goste de ver filmes e há quem goste de jogar. Pessoalmente aprecio as três formas de desfrutar de uma história mas sem dúvida alguma se tiver de optar apenas por uma, é óbvio que prefiro jogar. A razão é simples: um jogo combina a narrativa de um livro e a parte visual de um filme, adicionando uma nova variável à equação que se traduz na interactividade. Somos nós que estamos ali a viver a experiência, a modificá-la de certa forma, a sermos a personagem. Isto é algo que não se consegue nem num livro nem num filme. E havendo jogos que são apenas isso, jogos, sem grande propósito para além de nos entreter, hoje em dia existem outros que são experiência únicas e completamente diferentes daquilo a que possamos estar habituados. O exemplar que trago até aqui hoje ilustra isto na perfeição. Foi-me oferecido pela minha irmã mais nova no meu aniversário em 2017 e tratando-se de ser uma Limited Edition vem num belíssimo steelbook que inclui ainda DLC extra.
O steelbook por fora. |
NieR:Automata é daqueles jogos que nos marcam. Pela positiva, note-se. À superfície temos um jogo que se parece com tantos outros que já nos passaram pelas mãos mas no fundo há aqui muito mais do que estávamos à espera. A começar pela trama. Tentar explicar a história deste jogo é o mesmo que tentar dar a matéria de um semestre de uma cadeira de matemática em uma semana. De um modo geral a coisa começa após o quarto final do NieR original (aquele que saiu na PS3 e Xbox360 e pouca gente deu conta), algures no ano 11945 AD, onde decorre uma batalha entre andróides criados pelos humanos que restam (conhecidos por YorHa) e um exército de máquinas de uma força invasora que deixou a Terra destruída. Os andróides estão desprovidos de sentimentos e emoções, mesmo até de nomes sendo conhecidos por códigos e distinguindo-se uns dos outros através das suas atitudes. Estes actuam em conjunto com outros andróides pré-YorHa que ficaram na Terra, sendo instruídos a partir de uma base que se encontra na órbita do planeta. O seu único propósito é repelir esta ameaça mas como seria de esperar há muito mais para descobrir do que apenas isto.
E o seu interior. |
Apesar de ser um jogo bonito, NieR: Automata não é dos melhores exemplos desta geração em termos visuais. Embora tudo pareça bem e funcione bem de um modo geral, o grafismo em certas partes parece oriundo de um jogo da geração anterior quando esta estava no seu auge, algo que se reflecte em determinadas zonas do jogo onde a qualidade das texturas, por exemplo, não é a melhor. E é algo que também se verifica um pouco na geometria de alguns cenários em questão, sobretudo na cidade. Ainda assim a variedade cénica é agradável e contrasta bastante à medida que vamos avançando na história pois deixamos de ver uma cidade em ruínas para dar lugar a uma bonita floresta com um castelo decrépito, ou um deserto algo extenso, uma enorme fábrica bem como os restos de um parque de diversões perdido no tempo. Todos estes locais têm os seus pormenores bem caracterizados mas alguns podiam ter tido mais polimento. As personagens são um dos pontos fortes, estando bastante detalhadas, sobretudo as meninas (afinal o Yoko Taro gosta de mulheres) onde as animações são excelentes, algo a que a Platinum já nos habituou. Mas não só estas são boas bem como todos os inimigos que vamos encontrando ao longo da demanda, em especial alguns bosses de tamanho colossal que deixam qualquer um de Shadow of the Colossus envergonhado. Tudo isto decorre a 60 frames, com uma ou outra quebra ocasional mas no geral a fluidez prevalece.
Papelada e disco. |
Uma das coisas que mais apreciei neste jogo foi a música. A banda sonora é perfeita na minha mais modesta opinião, com temas memoráveis que mesmo depois de ter terminado o jogo tinha vontade de ouvir fora deste. É boa a este ponto. Os temas conseguem capturar a essência de cada área do jogo transmitindo sensações completamente diferentes, desde o frenesim das batalhas até à solidão que se sente na parte do deserto, sem esquecer alguma tristeza em certas partes da história. Deve ser dos poucos jogos onde a música tem realmente um papel de destaque em complementar todo aquele ambiente. As vozes são também impecáveis, com imenso diálogo entre personagens, ainda que este pareça um bocado monocórdico e desprovido de sentimento mas a ideia é essa mesma, afinal somos andróides. Mas isto vai-se alterando ao longo do jogo e o diálogo torna-se mais natural, mais humano em consequência dos acontecimentos. Os efeitos sonoros estão também bem representados sem nada a apontar.
Yep, este tipo é graaaande! |
Em termos de jogabilidade, NieR:Automata assemelha-se a muitos outros jogos produzidos pela Platinum Games onde o combate é rei e senhor. Desta feita, controlar qualquer uma das personagens é de uma simplicidade extrema, com imensos combos por onde escolher, que resultam melhor consoante os inimigos e a situação. Também podemos usar o nosso pod para atacar à distância que nos permite infligir dano residual mas que sempre ajuda no combate. Tal como em Bayonetta, para citar um exemplo, se esquivarmos um ataque no último segundo entramos em câmara lenta para termos uma clara vantagem sobre o inimigo e infligirmos algum dano extra. Mas as coisas não se ficam por aqui. NieR:Automata gosta de apimentar a acção proporcionando-nos partes em que o jogo assume uma perspectiva lateral, tornando-se assim num platformer, mantendo o combate do mesmo modo. Noutras alturas, podemos desfrutar de partes que saíram directamente de um shoot 'em up com tendência para bullet hell. E isto até ocorre em batalhas contra bosses. Por falar em bosses, alguns como já referi, assumem dimensões colossais e requerem algum trabalho extra para derrotar enquanto outros são mais humanos no seu tamanho mas não é isso que certamente os torna mais fáceis. E claro, ainda há os secretos que são um verdadeiro desafio para os mais audazes em enfrentá-los.
Mais uma voltinha... |
A mecânica de NieR:Automata é basicamente a de um RPG com uma main quest a seguir e imensas side quests que nos são dadas ora por NPC's ora por outros meios menos comuns. E é aqui que está a grande magia deste jogo. Embora algumas quests sejam apenas fetch and retrieve outras levam o seu tempo a concluir e traduzem-se em pequenas histórias dentro da história maior que nem sempre têm finais felizes. E embora a grande maioria seja dada por andróides e até mesmo robots, não há como não criar empatia com estas personagens, em especial os robots pois são o nosso inimigo principal mas alguns deles ganharam consciência e apenas querem "viver" em paz e sem conflitos (e até nos pedem para não lhes fazermos mal). Uma destas quests em particular, onde o final não foi nada feliz levou-me a questionar se não seria eu o vilão dadas as circunstâncias e as minhas acções. E é aqui que entram os finais do jogo, que são nada mais nada menos que 26, ou seja, todas as letrinhas do alfabeto. Isto não significa que tenhamos de jogar 26 vezes, nada disso. Alguns finais ocorrem quando tomamos determinadas decisões que acabam abruptamente num final, outros implicam fazer algo mais do que dizer "sim ou não" e claro, temos os verdadeiros finais decorrentes da história. O último de todos e provavelmente o mais difícil de conseguir quando o jogo saiu, implica a participação de todos os jogadores mas não vos vou spoilar isto.
Uma sala familiar (se jogaram o primeiro). |
Ainda na parte jogável, não só controlamos a agora famosa 2B mas também 9S, o seu companheiro de aventuras que tem algumas diferenças em termos de gameplay, sobretudo porque pode hackar várias coisas, incluindo inimigos. Quando chegamos à parte de controlar a A2, as coisas são mais semelhantes à 2B embora a A2 seja mais raw power na minha opinião. Como um bom RPG, existem níveis que vamos subindo com experiência acumulada dos combates, bem como armas e outro equipamento e itens que podemos utilizar. Espadas é coisa que não falta, cada qual com a sua utilidade e algumas mais complicadas de adquirir do que outras mas isso é também algo que incita a explorar todos os cantinhos deste universo.
Ah, Emil! Nunca mudes. |
Em suma, NieR:Automata é mais do que um simples jogo onde apenas andamos a destruir robots, é uma verdadeira experiência que nos leva a questionar as nossas acções bem como as decisões da "humanidade" face a tudo o que nos possa parecer estranho e desconhecido. Num momento estamos a lutar pela sobrevivência mas no outro estamos a ver que tudo o que fizemos foi errado e descabido. Faz-nos pensar um pouco para além do jogo e por isso mesmo é um JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: um RPG de um FPS (confusos?) no Game Boy Color.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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