1 de julho de 2019

Battletoads in Ragnarok's World

A capa, refeita em toda a sua glória.
Desenvolvido por: Rare, Ltd.
Publicado por: Tradewest, Inc.
Designer(s): Tim and Chris Stamper, Gregg Mayles
Artista: Kev Bayliss
Compositor(es): David Wise
Plataforma(s): Game Boy, Nintendo Entertainment System, MegaDrive, Amiga, Game Gear, Xbox One
Lançamento: Junho de 1993 (EUA), Algures em 1993 (EU)
Género(s): Acção, Plataformas, Beat 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 1-megabit
Funcionalidades: Nenhumas
Estado: Incompleto, apenas cartucho mas já lhe fiz a caixa 
Condição: Excelente
Viciómetro: Nunca o consegui acabar e duvido que o faça por métodos convencionais.

A parte traseira.
Quem já faz parte destas andanças videojoguísticas desde longa data, certamente lembra-se que nos anos 90 existiam uma quantidade significativa de bootlegs no mercado, sobretudo no nosso país. Desde a famosa Family Game e outros Famiclones, com os seus cartuchos coloridos a fazer lembrar os originais da Famicom, aos multicarts de Game Boy com os seus 4 em 1, 32 em 1 e até números bem maiores em 1. Mas havia bootlegs de jogos individuais cuja qualidade embora não fosse a par dos originais, era bastante próxima e provavelmente enganaram muita gente. Pelo menos naquela época foi coisa que desde logo me surpreendeu pois o preço era mais baixo e a qualidade em alguns deles apresentava falhas. Ainda assim, e após todos estes anos, posso dizer que são as melhores bootlegs vendidas no mercado quando comparadas ao lixo que surgiu já na altura do Game Boy Color e Game Boy Advance. Hoje trago aqui um jogo oriundo dessa safra que achei algures em Abril de 2019 numa loja de usados por 2 euros. Não resisti em trazê-lo.


O cartucho, para verem as observações feitas.
Battletoads in Ragnarok's World não é mais do que um port do original de NES para a pequena portátil da Nintendo que já tinha recebido um jogo da saga em 1991, sendo este completamente diferente de qualquer outro embora tivesse o mesmo nome. A história deste Ragnarok's World é a mesma da versão original onde Rash e Zitz têm de resgatar o terceiro membro da equipa, Pimple, e a princesa Angelica das garras da maléfica Dark Queen. A típica história de sempre que serve de premissa a N jogos desta época.

Este tipo só dá ordens.
Em termos visuais, Battletoads in Ragnarok's World é um jogo bastante vistoso, com um grafismo sólido em termos de cenários, cheios de detalhe e bastante variedade visual. Os sprites são bastante detalhados e comportando um tamanho bastante grande para o pequeno ecrã do Game Boy, sem se tornarem um empecilho durante a acção. Esta é também bastante fluída durante o combate sem problemas que tivesse dado conta. O jogo conta ainda com algumas cutscenes entre níveis que adensam a trama e contam um excelente trabalho em termos de sprite work. Na parte sonora o jogo conta com uma banda sonora bastante agradável, adaptada da versão original bem como todos os efeitos sonoros que cumprem o seu papel sem falhas.

Um dia normal na vida de um sapo.
A jogabilidade em Battletoads in Ragnarok's World é também um ponto alto do jogo, com um controlo bastante sólido sem em combate ou nas secções onde esta muda para algo diferente como por exemplo o Turbo Tunnel que basicamente é como se fosse um jogo de corridas onde a velocidade é deveras impressionante para algo no Game Boy. Como sabem, ou deviam saber, esta saga é conhecida pela sua dificuldade absurda que escala logo a partir do terceiro nível e nesta versão de Game Boy as coisas não são diferentes. Tudo se processa exactamente pela mesma ordem e quando chegamos ao terceiro nível as coisas começam a doer. Contudo, embora seja um port da versão NES, alguns níveis foram omitidos, não sei se para bem ou para mal deste jogo mas considerando a dificuldade se calhar até foi boa aposta.

Este nível trará sempre memórias...
Focando agora mais o aspecto inicial que mencionei no início deste artigo, tratando-se de um bootleg dos "bons" há que salientar que estes eram normalmente as versões americanas dos jogos, o que é o caso aqui (basta ver que usa o selo oficial oval em vez do selo original redondo usado na Europa). Por vezes podiam ser versões japonesas mas era muito raro isso acontecer. A qualidade do cartucho em si é bastante sólida ainda que algumas coisa saltem à vista, especialmente se já tiverem alguma estaleca nisto. A cor do plástico é ligeiramente diferente, o lettering gravado no mesmo também tem algumas diferenças (vê-se pelo "O" em Nintendo) e o autocolante por norma tem as cores com demasiado contraste e até algum desfoque em certos casos. Outras diferenças podem ser vistas no interior do cartucho, nomeadamente a PCB e algumas inscrições no plástico. Provavelmente ainda faça um artigo acerca disto num futuro próximo para esclarecer melhor as coisas.

Em suma, Battletoads in Ragnarok's World é um jogo mediano pautado pela dificuldade extrema que hoje em dia já ninguém consegue tolerar, mesmo nós que crescemos com este tipo de jogos. Ainda assim, não deixa de ser um clássico e um JOGALHÃO DE FORÇA.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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