16 de setembro de 2019

Spartan: Total Warrior

Badass spartan!
Desenvolvido por: Creative Assembly
Publicado por: Sega
Produtor(es): Luci Black, Jonathan Court, Moran Paldi
Designer: Clive Gratton
Artista: Jude Bond
Argumentista(s): Michael de Plater, Sophie Blakemore
Compositor: Jeff van Dyck
Plataforma(s): PlayStation 2, Xbox, GameCube
Lançamento: 07-10-2005 (EU), 25-10-2005 (EUA) 
Género(s): Acção, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Arena para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (175KB mínimo), Compatível com controlo analógico: todos os botões, Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Muito boa, poucas marcas de utilização
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal.

Sem autocolantes.
Creative Assembly, um nome associado à saga Total War que em termos de jogos de estratégia é uma das mais conhecidas e aclamadas. Provavelmente já ouviram falar deles. Quanto muito não seja, por terem sido também os responsáveis ao tirarem o bom nome da saga Alien da lama, com o soberbo Alien Isolation. Mas algures em 2005, eis que decidiram fazer algo diferente dentro da saga Total War numa tentativa de trazer esta saga as consolas. Obviamente era impossível ter um jogo da magnitude de um Total War e desde logo se optou pelo género mais comum nas consolas: acção. Surgiu assim um spin-off que mantém o espírito da saga mas numa perspectiva bem menor e mais contida, aproveitando aquilo que as consolas da época eram capazes de fazer, sem nunca comprometer a performance. Este meu exemplar chegou à colecção algures entre Julho e Agosto de 2019, por cerca de 4 ou 5 euros, oriundo da Play n' Play.


Manual e disco.
Spartan: Total Warrior, tal como o nome sugere, coloca-nos na pele de um espartano de nome desconhecido que conta com a ajuda dos seus aliados gregos para expulsar a ameaça romana que ousa invadir as suas terras. Sendo secretamente ajudado por Ares, deus da guerra, o nosso herói conta ainda com a ajuda de outras figuras carismáticas como o rei Leonidas e os irmãos Castor e Pollux ao longo da sua demanda contra os romanos, onde também almeja revelar a sua verdadeira identidade. Parece um bocado piroso, e no fundo até é, mas o certo é que funciona.

É preciso tratar da saúde a esta gente.
Uma das coisas que desde logo salta à vista são os visuais fabulosos que este jogo nos apresenta. Os cenários são bastante vastos e variados, de modo a albergar as grandes escaramuças que por vezes ocorrem nos mesmos, com diferentes locais a visitar desde cidades, fortalezas, grutas e até partes mais áridas de montanha onde a atenção ao pormenor é bastante cuidada. As próprias personagens são também detalhadas q.b., com boas animações, desde as principais aos inimigos e NPCs que povoam este mundo. Algo que é sem dúvida impressionante é a performance do jogo, que corre a 60 frames durante a maioria da acção sem problemas que tivesse dado conta, mesmo durante as batalhas onde há mais acção com imensas personagens em simultâneo no ecrã, algumas com dimensões acima da média.

És grande mas não és grande coisa.
Em termos de sonoridade confesso que não gostei nada da banda sonora, que a meu ver, pouco se adequa à acção do jogo com temas que nada me fazem lembrar a época onde o jogo decorre, sendo que estes se ouvem mais durante as partes de batalha. Noutras ocasiões, a música é bastante discreta ainda que resulte bem mas nada que nos fique na memória. Os efeitos sonoros são bastante bons, com imensa variedade desde os sons da armas, gritos dos inimigos e afins. Já o voice-acting é o chamado mixed bag pois a performance dos actores pode até ser boa mas os diálogos não são aquilo que podemos chamar de brilhantes. Contudo, algumas das vozes podem ser facilmente reconhecidas como é o caso de Sejanus (Jason Isaacs) ou Castor (Tom Clarke Hill), sendo que este último me fez logo lembrar do Sgt. Cortez de Timesplitters e do Sgt. Rico Velasquez de Killzone.

Há que domesticar este bichinho.
Na parte da jogabilidade, Spartan: Total Warrior destaca-se pela fluidez no controlo onde temos dois ataques: um para atacar individualmente e outro, mais forte para atacar vários inimigos em simultâneo. Podemos ainda defender os ataques inimigos com auxílio do nosso escudo/arma bem como esquivar dos mesmos ao rolar para os lados. Ao defender podemos também optar por atacar enquanto estamos nesta posição, de forma a quebrar a defesa dos inimigos e assim poder encadear combos. Ao executarmos combos, enchemos uma pequena barra (Rage Meter) que nos permite usar um ataque especial contra os inimigos, tanto individualmente como em grupo. Temos ainda um arco e flecha que pode ser usado em diferentes ocasiões, exactamente do mesmo modo que as armas normais. A juntar a isto vamos recebendo diferentes armas ao longo da nossa aventura, onde também cada uma tem um ataque especial associado que requer magia aqui chamada Power of the Gods. Estes vão desde transformar os inimigos em pedra ou ficarmos invencíveis e queimarmos os inimigos durante um curto espaço de tempo, entre outros.

Está um bom dia para despovoar este local.
A acção decorre ao longo de diversos níveis onde para além de combatermos hordas enormes de inimigos, temos outros objectivos a cumprir que vão desde completar puzzles, defender zonas ou certos NPCs, proteger aldeias e afins. O combate, esse, é quase sempre caótico, com imensos inimigos em simultâneo o que por vezes até pode tornar as coisas confusas pois chegam a ser demasiados só de uma assentada e têm o péssimo hábito de nos atacar quando menos esperamos. Isto leva-nos ao próximo ponto, a dificuldade. Logo desde o início, Spartan - Total Warrior mostra-nos que não é um jogo fácil e temos de  rapidamente aprender as pequenas nuances do combate. Carregar nos botões à toa só nos leva à derrota pelo que temos de planear bem as batalhas a travar, especialmente quando logo no primeiro nível temos de defender duas coisas diferentes em simultâneo, sendo que uma delas é estática (uma porta) e a outra é o próprio rei Leonidas (que não pára quieto). Já as batalhas contra os bosses, as poucas que existem, não são assim tão complicadas quando se percebe o que se tem de fazer.

Discursos emotivos...
O progresso do jogo faz-se ao longo de níveis individuais, que no final nos recompensam com pontos para distribuirmos pelos atributos do nosso espartano, de forma a evolui-lo até ao próximo patamar. Sendo um jogo particularmente difícil em certas partes (mesmo em Normal), é bastante generoso com os checkpoints, podendo também ser utilizada a opção para gravar o progresso até aí, ainda que o jogo só grave normalmente no final de cada nível. E há níveis bastante grandes. Estes contém alguns collectibles a apanhar que desbloqueiam tanto arte do jogo como itens para usar no modo arena mas nem sempre são fáceis de obter devido a acção caótica que nos impede um pouco a exploração nas calmas em certas zonas. E por falar em modo arena, é exactamente o que pensam quando lêem isto, ondas de inimigos diversos e aguentar o máximo que conseguirmos.

Se gostam de jogos como God of War ou Shadow of Rome, com uma pitada de Dynasty Warriors, então Spartan: Total Warrior é um jogo que vos recomendo vivamente pois não se vão arrepender da experiência. Pode ser bem mais difícil do que qualquer um dos citados acima mas é sem dúvida um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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