3 de janeiro de 2021

Shantae: Risky's Revenge - Director's Cut

Mais uma capa personalizada.
Desenvolvido por: WayForward Technologies
Publicado por: WayForward Technologies
Director: Matt Bozon
Produtor: Matt Bozon
Designer: James Montagna
Artista: Henk Nieborg
Argumentista: Matt Bozon
Compositor: Jake Kaufman
Plataforma(s): Nintendo Switch, XboxOne, PlayStation 4, PC, Nintendo WiiU
Lançamento: 15-10-2020 (Nintendo Switch, XboxOne)
Género(s): Plataformas, Metroidvania
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória da consola, HD 720p (Handheld), 1080p (Docked)
Media: Formato Digital
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez em PC e outra na Switch.

E a respectiva traseira personalizada.
Quando Shantae foi lançado em 2002 para o Game Boy Advance, nada faria prever que se tornasse numa saga de culto pois as sua origens humildes que ainda hoje sem mantêm, eram sinónimo de um pequeno projecto indie sem grandes ambições futuras. Porém a história teve o seu rumo e a saga Shantae hoje em dia é bem conhecida ao longo de cinco jogos que evoluíram consideravelmente com cada iteração, ainda que na minha opinião essa evolução nem tenha sido abonatória. Mas como ainda não joguei o quinto jogo na saga não posso ter uma palavra mais concreta no geral embora o quarto me tenha desiludido em alguns pontos (como podem ler na análise já aqui publicada anteriormente). Mas hoje é dia de apresentar por estas bandas o segundo jogo da saga que foi uma enorme evolução face ao primeiro. Este exemplar chegou à colecção algures em Dezembro de 2020 numa promo da eShop por 4.19€.
 

A nossa lula favorita!
Shantae: Risky's Revenge - Director's Cut marca assim o regresso da pequena "génia" para mais uma série de peripécia que envolvem as gentes do costume. Desta vez e como o título sugere, Risky está de volta para se vingar da derrota sofrida no primeiro jogo onde se apodera de uma lâmpada encontrada pelo Uncle Mimic durante uma apresentação de relíquias. Com Scuttle Town em alvoroço, Shantae é culpada pela situação e o Mayor Scuttlebutt despede-a do seu cargo de guardiã. Contudo Shantae não se fica e decide ir atrás de Risky para uma vez mais trazer a paz de regresso a Sequin Land. Pelo caminho irá encontrar velhos conhecidos e uma hoste de novas caras e desafios.

Não, não é um hadoken...
Na parte visual, Risky's Revenge é um mimo para os apreciadores de boa pixel art. Os cenários são bastante variados e recheados de pormenores e excelentes efeitos visuais com uma boa dose de parallax scrolling um pouco por todo o lado e alguns efeitos de profundidade que iriam ficar maravilhosos numa 3DS. Os sprites são também excelente com imenso detalhe e animações, surgindo em todos os tamanhos e feitios desde os inimigos mais insignificantes até a alguns bosses imponentes. Vamos poder apreciar diferentes locais desde desertos, florestas, grutas e sem esquecer a cidade povoada pelos habituais habitantes desta série, cada um com a sua história. Nesta transição para a Switch podemos optar por jogar na resolução original de GBA bem como numa a 4:3 scaled com ou sem borders ou a encher na integra o ecrã (16:9). Não recomendo esta última pois é aquilo a que chamo "esticóvisão". Alguns elementos foram actualizados para HD como é o caso do texto dos diálogos e a artwork das personagens. Sonoramente Risky's Revenge é excelente, algo que é comum a todos os jogos da saga, contando com uma banda sonora recheada de bons temas saídos da forja do mestre Jake Kaufman, um veterano nesta série e também noutros jogos. Praticamente todas as músicas são bastante memoráveis bem como os efeitos sonoros que posteriormente ainda foram usados noutros jogos da série. Só é pena não existir nenhum tipo de voice acting como é o caso noutros jogos mais recentes, ainda que por vezes sejam só os nomes a serem ditos.

Esta sereia o caos semeia! Grande rima...
No campo jogável, Risky's Revenge é daqueles jogos que dificilmente lhe consigo apontar defeitos. O controlo de Shantae é preciso e bastante intuitivo podendo a mesma atacar com o seu cabelo, saltar e usar habilidades mágicas que lhe permitem transformar-se em três animais diferentes cada um com a sua utilidade em pontos chave. Não somente isto, podemos ainda utilizar diferentes magias que podem ser adquiridas na cidade a troco de pedras preciosas que vamos apanhado pelo caminho. Estas podem depois ser alvo de upgrades mas para tal temos de também ter um item extra que dá pelo nome de Magic Jam e se encontra bastante escondido pelos recantos de Sequin Land. Tendo uma estrutura de metroidvania, Risky's Revenge encerra imensos segredos pelo que temos de explorar bem cada cantinho do mapa, descobrindo pelo caminho upgrades não só para as nossas transformações mas também para aumentar a barra de vida.

Este elefante varre tudo...
No meio desta exploração temos ainda um mapa para nos situar ainda que este nem seja de grande utilidade e possa até parecer um pouco confuso com alguns locais onde nem sequer aparecemos no mesmo. Contudo dá-nos a localização das Warp Squids, que nos permitem fast travel e assim reduzir o tempo que andamos de um lado para o outro. Este Director's Cut basicamente serviu para melhorar este sistema de deslocação bem como fazer alguns ajustes na dificuldade ainda que no geral esta já fosse justa na versão original. Por outro lado introduz o Magic Mode que nos permite usar magia com mais frequência mas a troco de defesa reduzida, aumentando assim o desafio e prolongando o replay value para os mais persistentes.

Shantae: Risky's Revenge - Director's Cut é sem dúvida um excelente jogo e este port de Switch vem comprovar isso mais uma vez. Há quem diga que o grafismo possa parecer antiquado e não se adapte bem às resoluções HD mas isso são tudo balelas. É um jogo divertido, visualmente bastante bonito e acima de tudo melhor do que muito do que se produz actualmente. E só por isto é um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:

2 comentários:

  1. Gostei muito de jogar no GBA. Esse, pelo texto e pelas imagens, deve estar incrível!

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    Respostas
    1. É uma evolução do original em alguns sítios mas noutros tem menos conteúdo (menos níveis e transformações). Mas no geral achei-o mais divertido que o de GBC. Melhor só mesmo o Pirate's Curse que para mim é o topo da série.

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