10 de janeiro de 2021

DooM³: Resurrection of Evil

Bichinho lindo na capa.
Desenvolvido por: Nerve Software
Publicado por: Activision
Produtor(es): Matt Hooper, Jason Kim (id Software)
Designer(s): Adam Bellefeuil, Patrick Hook, Brandon James, David Kelvin
Artista(s): Ted Anderson, Jake Hernandez, Pat Jones
Motor gráfico: id Tech 4
Plataforma(s): Xbox360, PC
Lançamento: 05-10-2005 (EUA), 21-10-2005 (EU) (Xbox)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer Online, System Link 2-4 jogadores
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido, Leaderboards Online, DLC adicional, Compatível com Headset
Media: DVD-ROM
Estado: Completo
Condição: Muito boa, muito poucas marcas de uso
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Marine (Normal).

Sem autocolantes feiosos.
Seguindo as pisadas de DooM³, eis que nos surge a primeira e única expansão (até terem lançado a BFG Edition com uma inédita até essa data), Resurrection of Evil, numa época onde era comum os jogos de grande sucesso terem expansões com níveis adicionais e mais história com o mesmo tratamento do jogo original. Recordo-me de esta ser uma das primeiras expansões a saírem numa consola sem ser necessário o jogo original para que pudéssemos desfrutar da mesma. Até à data, ports de jogos de PC por norma não tinham direito às expansões em consola pelo que me lembro do exemplo de Half-Life na PS2 que a dada altura iria ter as expansões disponíveis mas por algum motivo que desconheço cancelaram as mesmas. Uma delas era Blue Shift, que até teve direito a uma espécie de demo na revista oficial da PlayStation, ainda que só conheça a versão americana da mesma. Este meu exemplar foi adquirido durante o mês de Dezembro de 2020 por €5.95 na Play N' Play.
 

Manual, papelito e disco.
DooM³: Resurrection of Evil coloca-nos novamente na pele de um Marine que tem uma demanda pela frente tal como o seu antecessor, onde vai até às profundezas do inferno para acabar de uma vez por todas com a ameaça que surgiu no jogo anterior. Os eventos decorrem dois anos depois de DooM³ em 2147, onde a UAC detecta um estranho sinal oriundo de um dos seus satélites em Marte. Nisto envia uma equipa para investigar que a dada altura encontra um estranho artefacto e uma vez mais as hordas de demónios começam a surgir, pelo que nos cabe a tarefa de travar tudo isto mais uma vez.

Esta zona tem algumas surpresas.
Graficamente não existe praticamente diferença nenhuma desta expansão para o jogo original, mantendo-se o mesmo estilo artístico e design de níveis, onde vamos poder explorar novas partes do complexo da UAC em Marte, bem como revisitar algumas das antigas, uma nova zona de exploração arqueológica e claro, o Inferno tal como já o conhecemos anteriormente. Porém, achei que nesta expansão os visuais não são tão escuros como no jogo original levando-me menos vezes a recorrer à lanterna para iluminar o caminho ainda que em algumas zonas seja mesmo necessário. Uma vez mais o jogo suporta widescreen 16:9 (embora os screenshots estejam a 4:3) e mantém os mesmos 30fps durante a maioria do tempo sem grandes entraves na acção.

O artefacto tem um aspecto grotesco.
Em termos audíveis, DooM³: Resurrection of Evil mantém-se idêntico ao seu antecessor, optando por uma banda sonora que se faz sentir em alguns momentos de mais acção e utilizando extensivamente o som ambiente para proporcionar uma excelente atmosfera de tensão e medo. Existem alguns efeitos sonoros novos, nomeadamente de alguns inimigos e armas mas a grande maioria é aproveitada do jogo anterior. O voice acting foi reduzido significativamente, existindo alguma interacção entre as personagens nas cutscenes e diálogos com o nosso Marine. Os Audio Logs foram também reduzidos ao máximo havendo muito poucos que possamos ouvir no decorrer desta aventura.

Vamos encontrar imensos tipos destes.
Na jogabilidade não existem grandes diferenças face ao que pudemos experimentar no jogo original, com praticamente todo o gunplay a decorrer da mesma forma ainda que existam algumas novidades no nosso arsenal para apimentar um pouco as coisas no geral. Uma das grandes novidades e exclusiva desta versão de Xbox é o facto da lanterna estar afixada à pistola, pelo que podemos disparar e ter luz em simultâneo, algo que é de facto muito bem vindo para alguns depois da experiência com o primeiro jogo. Obviamente isto tornou-se redundante com a BFG Edition mas em 2005 fazia diferença. Outra novidade muito bem vinda é termos no arsenal a Super Shotgun que neste jogo é um verdadeiro colosso e torna a Shotgun comum completamente obsoleta. Temos ainda à nossa disposição uma nova arma que dá pelo nome de Grabber e que muitas vezes é comparada à Gravity Gun de Half-Life 2 mas destaca-se dessa por vários motivos. Um deles é o facto de ter carga limitada e só pode agarrar algo durante um tempo muito limitado. Por outro lado permite não só agarra objectos como itens, caixas e barris, bem como os projécteis dos inimigos, tornando-se assim numa excelente alternativa a qualquer arma e poupa-nos imensa munição. Melhor ainda é podermos usá-la para agarrar inimigos pequenos como as Lost Souls e os Trites, sendo a arma de eleição para os enfrentar. 

Um dos novos bosses pronto para a tourada...
Mas a grande novidade desta expansão é o artefacto que encontramos logo ao início, sendo que este tem várias utilizações onde uma delas é o Hell Time, onde abrandamos o tempo à laMax Payne e podemos evitar certas armadilhas ou até ganhar vantagem sobre inimigos de grande porte. Por outro lado, existem agora novos bosses que ao serem derrotados nos presenteiam com uma nova habilidade para o artefacto. Este utiliza as almas dos humanos para ser recarregado podendo ser utilizado até três vezes. Para além dos novos bosses, foram incluídos também novos inimigos como é o caso do Forgotten One, uma variante das Lost Souls; os Vulgar, uma variante mais rápida e agressiva dos Imp, e finalmente os Bruiser, uma variante dos Hell Knight ainda mais deformada. Existem ainda variantes dos zombies normais como é o caso dos Bio-suit Zombie que aparecem numa determinada área do jogo. Este port inclui ainda alguns extras como é o caso de ports de DooM, DooM II e dos Master Levels, que estão disponíveis logo de início. Contudo, após experimentar o DooM, notei que os efeitos sonoros não têm a mesma frequência/pitch e parecem bastante estranhos face ao jogo original, ainda que em 2005 esta fosse uma boa maneira de jogar estes clássicos, actualmente existem melhores alternativas em consola.

DooM³: Resurrection of Evil é sem dúvida um óptimo port desta expansão e para quem gosta de comparar versões de jogos (tal como eu) não vai ficar desiludido. Assim, só me resta dizer que este é mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:

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