21 de junho de 2021

Nioh 2 [Special Edition]

Artwork simples mas eficaz.
Desenvolvido por: Team Ninja, Kou Shibusawa
Publicado por: Koei Tecmo (JP), Sony Interactive Entertainment (Resto do mundo)
Director: Fumihiko Yasuda
Produtor: Fumihiko Yasuda
Designer: Takahiro Shiojima
Argumentista: Ryohei Hayashi
Compositor(es): Yugo Kanno, Akihiro Manabe
Plataforma(s): PlayStation4, PlayStation5, PC
Lançamento: 12-03-2020 (JP), 13-03-2020 (Lançamento Mundial)
Género(s): Action Role Playing, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo co-op online para até 3 jogadores
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (~55GB), Gravação de progresso no disco rígido, HD 720p, 1080i, 1080p, PS4 Pro Enhanced
Media: Blu-ray
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, incluindo o DLC com mais de 200 horas de jogo e platina alcançada.

Em bom Português.
Quem é seguidor do meu trabalho aqui no blog já sabe que nutro uma paixão especial por tudo quanto é japonês, desde os jogos mais conhecidos aos mais esquisitos. Mas também por algo que é muito comum aquele país e que se traduz em samurai e ninjas, sem esquecer os demónios todos que compõem o seu folclore tradicional. Assim é difícil deixar passar ao lado certos jogos que tão bem mesclam todos estes elementos de forma harmoniosa e interessante, proporcionando-nos uma experiência fantástica quando se trata de pegar no comando. Embora não fosse fã do género agora conhecido por soulslike, o certo é que Bloodborne me fez mudar de opinião e o Nioh original cimentou ainda mais a mesma. Com a sequela, Nioh 2, as coisas foram ainda mais além. Este meu exemplar chegou à colecção durante o período natalício de 2020, e sendo a Special Edition, faz-se acompanhar de um belíssimo steelbook, um artbook e ainda o Season Pass que inclui todo o DLC.
 

O bonito steelbook.
Nioh 2 é daqueles jogos que confesso que não estava à espera pois a trama do primeiro jogo é conclusiva q.b. mas ainda assim há sempre mais coisas por contar. Deste modo, Nioh 2 serve como uma espécie de prequela e sequela aos eventos do jogo original onde encarnamos uma personagem original de nome Hide, cuja aparência é totalmente deixada ao nosso critério abrindo uma miríade de possibilidades. A trama dá-se no final dos anos 1500 onde Hide faz amizade com Tokichiro, um mercador à procura de amrita e Mumyo, uma caçadora de demónios do clã Sohaya que vai ter um papel preponderante na queda de Hideyoshi Toyotomi. Juntos vão ter de enfrentar Kashin Koji, o vilão deste jogo que está intrinsecamente ligado ao yokai Otakemaru, que de certo modo se relaciona com todos os eventos do primeiro jogo bem como tudo o que surge posteriormente.

Artbook e disco.
À semelhança do que se viu no primeiro titulo, Nioh 2 apresenta-se com um grafismo fantástico e cheio de detalhes, onde os cenários são bastante variados e alusivos ao período onde decorre a acção. Desde florestas, grutas e claro sem esquecer os castelos, os visuais são imensamente apelativos e pormenorizados para perdermos tempo a apreciar tudo aquilo que nos rodeia. As personagens são igualmente detalhadas e com um trabalho de animação surpreendente, algo que se estende também aos inimigos e claro os bosses que aparecem em todos os tamanhos e feitios, algo a que a série já nos habituou. A fluidez de movimento e combate é também um ponto alto pois aponta-se quase sempre para os 60fps ainda que estes não sejam constantes durante todo o tempo, existindo várias opções tal como no primeiro jogo, para escolhermos qual o melhor modo de jogar. Se apreciam os gráficos mais nítidos e sem compromissos existe o modo cinemático que baixa para 30fps mas se preferem priorizar a fluidez da acção, o modo performance é o vosso aliado onde sacrifica alguma qualidade visual para manter os 60fps. Na minha opinião esta última é a eleita pois e diferença aos meus olhos é mínima e prefiro ter o jogo a oscilar entre os 900/1080p e manter a framerate. Claro que para quem tem a PS4 Pro as coisas ficam melhores ainda (ou se tiverem a PS5, os 33 felizardos que as conseguiram adquirir).

A minha menina e o seu BFF, ou não.
Em termos sonoros, Nioh 2 não desaponta proporcionando-nos uma banda sonora dinâmica com temas alusivos ao período em que se insere e que podem ser ouvidos em determinadas partes do jogo, como por exemplo na batalhas contra os bosses ou em momentos cruciais na trama. Mas durante grande parte do tempo vamos contar apenas com o som ambiente que a meu ver é a maneira mais imersiva que existe de nos manter dentro do jogo e que hoje em dia faz todo o sentido em praticamente todos estes títulos modernos. Quanto ao som em sim é impecável como seria de esperar, com imensos e variados efeitos sonoros para tudo e mais alguma coisa, desde armas a grunhidos de yokai, sem esquecer claro o soberbo voice-acting que pode ser ouvido em Japonês e não o queria ouvir de outra maneira. Obviamente a nossa personagem não fala embora tenha voz pois grita e barafusta sempre que ataca ou é atacada de alguma forma. Contudo a sua interacção com as outras personagens é feita de forma visual e resulta perfeitamente.

Este tipo é grande e chatinho.
Passando à jogabilidade, Nioh 2 não se afasta muito do jogo original mantendo as mesma mecânicas de combate e movimento, com algumas a serem mais refinadas mas sem esquecer a sua essência. Temos uma vasta panóplia de armas que podemos usar, desde as já conhecidas a algumas novas que são bastante interessantes e tornam os confrontos mais acessos e até técnicos em certos aspectos. O sistema de leveling continua igual, com muito ponto a ser distribuído pelos diversos atributos, bem como o sistema de magia e ninjutsu, ambos úteis nas mais variadas situações. Contudo foi introduzido um novo sistema que se traduz no Yokai Shift, onde os inimigos criam uma aura demoníaca que os fortalece e reduz-nos a capacidade de recuperar Ki. Mas sendo a nossa personagem um Shiftling, podemos evoluir atributos que nos permitem tirar partido disto bem como usarmos a nossa Yokai Form que nos confere poder extra, a troco de gastarmos a nova barra de Anima. Por outro lado ganhamos ainda uma nova habilidade, Burst Counter, que nos permite fazer contra-atacar inimigos quando fazem certos ataques, embora consuma energia da barra de Anima. Este counter varia de acordo com a Guardian Spirit que tenhamos equipada que agora obedecem a três formas: Brute, Feral e Phantom, cada qual com os seus prós e contras.

Um dos bosses mais difíceis.
Os inimigos (normais e bosses) agora também largam Soul Cores quando derrotados sendo que estas nos conferem novas habilidades que podem ser usadas em combate ou no caso de algumas passivamente. As Soul Cores estão também ligadas ao tipo de Guardian Spirit que estivermos a usar, conferindo ainda stats adicionais se os tipos coincidirem. Tal como no jogo anterior, podemos encontrar loot em tudo quanto é lado, desde cofres, derrotando inimigos e claro, enfrentando Revenants, os cadáveres de outros jogadores que encontramos ao longo do jogo e que continuam a deixar o melhor equipamento e armas depois de derrotados. Porém, agora podemos também invocar alguns Revenants para nos ajudarem em combate sobretudo se estivermos com dificuldade em certas partes o que torna as coisas mais interessantes ainda.

O meu equipamento favorito, Dragon Ninja!
Embora este jogo me pareça ligeiramente mais pequeno que o original, se contar só com o jogo base, Nioh 2 ainda leva o seu tempo a acabar pois existem imensas side quests para fazer e se contarmos com os 3 DLCs mais ainda temos para fazer. Em termos de dificuldade é aquilo que podem esperar de um jogo deste género embora deva dizer que o achei bem mais fácil do que o primeiro, talvez derivado destas novas mecânicas ou por já estar habituado ao original e surpresas que me proporcionou. Mas a dificuldade dos DLCs escala um bom bocado, tanto com os inimigos normais mas sobretudo nos bosses que não são pêra doce e primam pela velocidade com que nos atacam. Daí que convém alternar entre armas e sets de equipamento pois usar sempre a mesma coisa não vai correr bem e há combinações que surtem efeitos surpreendentes quando usadas correctamente.

Bom, já deu para perceber que Nioh 2 é um excelente jogo, sobretudo se gostarem da temática e deste género de jogo. Não é para todos mas o que aqui podem encontrar vai manter-vos durante bastante tempo agarrados ao comando e no final isso é altamente recompensador. E com isto temos aqui mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:

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