9 de setembro de 2011

The 3rd Birthday [Twisted Edition]

Duas capas, ambas boas.
Desenvolvido por: Square Enix, Hexadrive
Publicado por: Square Enix
Director: Hajime Tabata
Produtor: Yoshinori Kitase
Artista(s): Tetsuya Nomura, Isamu Kamikokuryo
Argumentista: Motomu Toriyama
Compositor(es): Yoko Shimomura, Tsuyoshi Sekito, Mitsuto Suzuki
Plataforma: PlayStation Portable
Lançamento: 22-12-2010 (JP), 29-03-2011 (EUA), 01-04-2011 (EU)
Género(s): Tactical Third Person Shooter, Tactical Action RPG
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Universal Media Disc (1.5GB)
Funcionalidades: Instalação opcional no Memory Stick para reduzir tempos de loading, Gravação de progresso no Memory Stick (384KB mínimo).
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes em várias dificuldades.

(Quero Duke Nukem Forever 2!)

Atrás também são diferentes.
Há uns bons anos atrás, surgiu na PlayStation um dos melhores jogos de sempre que dava pelo nome de Parasite Eve e era vagamente baseado numa novel com o mesmo nome ainda que pouco partilhasse com a mesma. Este jogo foi nos dado a conhecer como "The Cinematic RPG", tendo sido concebido pela equipa que nos trouxe Final Fantasy VII. O jogo, infelizmente, só viu o seu lançamento no Japão e nos Estados Unidos, nunca tendo chegado à Europa. Anos mais tarde, eis a sequela, cuidadosamente chamada Parasite Eve II, mudando um pouco aquilo que vimos no primeiro jogo e passando para um estilo mais Survival Horror para competir com Resident Evil. Tendo este saído na Europa, deixou muito boa gente curiosa ou simplesmente a apanhar do ar, relativamente à primeira parte. Após este segundo jogo, a série estagnou durante dez longos e agonizantes anos, sem nada na PS2 onde a promessa de um terceiro capítulo se dissipou. Findos estes dez anos, eis que surge na PSP a continuação de tudo o que se passou. Este meu exemplar foi adquirido, para não variar, numa loja online, por cerca de 20 e poucos euros. Uma vez que é uma edição especial que dá pelo nome de Twisted Edition, para além do jogo, traz ainda um artbook, dois postais ilustrados, um voucher de 50% de desconto na cópia digital de Final Fantasy II na PSN (algo que não usei) e uma skin da Aya Brea para usar na Lightning, em Dissidia 012 Duodecim.


Manual, vouchers e UMD.
The 3rd Birthday, deixou de lado o título Parasite Eve e assume-se assim como o terceiro episódio nesta saga. Para todos os efeitos é o terceiro mas analisando bem a questão a fundo, para a maioria dos fãs, eu incluído, é apenas um spin-off pois a história é demasiado rebuscada e a ausência do nome assim o sugere. E passando a factos concretos, a acção começa em 2012, onde Manhattan é mais uma vez, o palco de um cenário dantesco, algo que tem tendência em acontecer durante a época festiva. Desta vez os culpados são uma criaturas com forma de plantas gigantescas e que foram apelidadas de Babels. Obviamente com estes Babels surgem os Twisted, uma raça de criaturas extremamente agressivas que atacam e consomem os humanos. Passou um ano desde este ataque e foi criada a Counter Twisted Investigation (CTI), uma equipa destinada a lidar com esta praga. E onde é que Aya entra? Bom, foi encontrada desmaiada, envergando um vestido de noiva ensanguentado em 2010, pouco antes disto tudo acontecer. Como é de calcular não se lembra de nada e um dos chefes da CTI, Hyde Bohr, decide usá-la devido à descoberta que fez: Aya consegue "transferir-se" de um corpo para outro, uma habilidade à qual chamaram Overdive. Assim e com a ajuda de uma máquina que permite viajar no tempo, Aya vai ser a chave para conseguirem acabar com esta ameaça antes que a mesma consuma toda a humanidade. O que tem isto a ver com os jogos anteriores? Nada...

Artbook e ilustrações.
Mas apesar da história manhosa, The 3rd Birthday tem coisas boas. A começar, o grafismo é do melhor que tenho visto na PSP. Está ao nível de Peace Walker e Crisis Core, sem dúvida alguma. Embora tenhamos de ver uma cidade de Nova York destruída, esta tem bom aspecto no pequeno ecrã, com diversas localizações, tanto a nível de exteriores como interiores, com bons pormenores visuais e acima de tudo modelos bonitos e bem concebidos. A acção também não padece de nenhuma espécie de mal em termos de velocidade e desempenho mas queixo-me um bocado da câmara que por vezes não nos facilita a vida. Mas isso é o preço a pagar por ter apenas um joystick. As personagens em si estão bastante boas em termos de detalhe, particularmente as principais como é de calcular. Aya nunca teve tão bom aspecto até à data. E como é tradição, cutscenes em CG fazem as delícias dos fãs, mostrando o já conhecido trabalho da Square nesta área. Algumas das cutscenes fazem também uso do motor do jogo, não sendo más de todo e mantendo alguma consistência no fluir da acção.

Aya não perde tempo com conversas.
Mas deixando os "altes gráfiques" de parte, a sonoridade em The 3rd Birthday é também um ponto forte, com uma excelente banda sonora composta por novos temas mas também alguns bem conhecidos para quem jogou os anteriores episódios da saga, deixando um certo sentimento de nostalgia no ar. É sempre bom ouvir aquele tema principal, nem que seja remixado. Os efeitos sonoros são bastante decentes, considerando o tipo de jogo e a plataforma onde corre mas algo que me ficou no goto, por assim dizer, foi o voice-acting. A escolha de actores foi péssima, especialmente para Aya que neste jogo parece ser uma pessoa sem personalidade e debilitada, ao contrário dos anteriores onde é uma mulher de armas. Mas o pior é o seu sidekick, Kunihiko Maeda, do primeiro jogo, que neste parece um verdadeiro hentai~kun, ou se preferirem, um pervertido de primeira. A voz dele é que o faz parecer assim, devido ao actor que fez questão de tornar os diálogos no mínimo estranhos. Enfim, é terrível mesmo.

Um dos bosses a ser massacrado.
E sendo diferente em quase tudo, quando comparado aos jogos passados, na jogabilidade também tudo mudou. Agora estamos perante um TPS, com alguns elementos de estratégia e RPG, à mistura. O jogo desenrola-se ao longo de vários níveis que compõem os vários capítulos. Neste níveis vamos invariavelmente combater hordas de Twisted, utilizando para tal os soldados que nos ajudam. É aqui que entra o Overdive de Aya que, tal como o nome sugere, nos permite "mergulhar" no corpo de qualquer soldado assumindo assim o controlo e podendo utilizar as armas que ele tenha. Obviamente também levamos as nossas, armas estas que vamos encontrado com este método e podemos ir evoluindo com os Battle Points (BP) que vamos acumulando com os confrontos. A parte reside também neste aspecto pois podemos entrar no corpo dos soldados somente para os tirar da linha de fogo dos inimigos, uma vez que a IA é estúpida. Assim somos nós que estrategicamente os salvamos, por vezes.

Este tipo é um pervertido de primeira.
Aya pode também usufruir dos Parasite Powers mas de maneira diferente, face aos jogos anteriores. Aqui funciona tudo através de linhas de DNA que podemos modificar ao combinar diferentes genes. Estes são adquiridos através de sucessivos Overdives, podendo Aya conseguir DNA normal, mutado ou raro. Combinações diferentes podem tanto dar coisas boas como más, mas sendo o sistema completamente aleatório, através de trial and error conseguimos melhores resultados. Tal como anteriormente, Aya vai subindo de nível e o DNA acompanha também esta subida, tornando-se mais eficaz. Estes poderes tanto podem ser activos como passivos, servido tanto para defesa como ataque. Curiosamente ao receber dano, Aya vai ficando com a roupa rasgada, um sinal evidente de fanservice e machismo, aos olhos de muitos fãs. Existe ainda uma barra de Liberation, que quando cheia, nos permite mover com muito maior rapidez e executar ataques brutais. Apesar de ser um jogo divertido é repetitivo pois a acção resume-se a derrotar inimigos, que não param de aparecer se não lhes "fecharmos as vias" ou seja, rebentar com certos pontos chave no cenário. Por outro lado, as batalhas contra os bosses são excelentes pois exigem bastante táctica e algumas são bastante desafiantes, pois não nos limitamos a usar apenas soldados para o efeito. Um facto curioso acerca deste jogo é que inicialmente era para ter sido lançado para telemóveis no Japão mas o projecto foi passado para a PSP.

Ainda que não seja o jogo que estava à espera enquanto fã de Parasite Eve, o facto é que The 3rd Birthday me manteve entretido e até não desgostei do jogo se ignorar a história que é péssima. Não o recomendo vivamente mas sempre podem dar uma espreita se tiverem uma PSP, pois não dói nada. E sem mais palavras, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã, mais acção e pozinhos RPG na PSP. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

2 comentários:

  1. Realmente sinto-me compelido a comprar uma PSP. Gostaria de ter este, mas em primeiro lugar preferia começar pelos da PSX.

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