23 de setembro de 2011

Killer Instinct

Robot na capa vende sempre.
Desenvolvido por: Rare
Publicado por: Nintendo
Designer(s): Chris Tilston, Kevin Bayliss, Mark Betteridge
Compositor(es): Robin Beanland, Graeme Norgate
Plataforma(s): Super Nintendo, Game Boy, Arcade
Lançamento: 30-08-1995 (Provavelmente em todo o mundo)
Genéro: 2D Fighting
Modos de jogo: Modo torneio para um jogador, Modo Vs. para dois jogadores, Outros modos para um ou dois jogadores.
Media: Cartucho de 32-megabit
Funcionalidades: Nenhumas
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o várias vezes, pelo menos uma com cada personagem.

(Este blogger está cada vez pior com as alterações que fazem sem dar cavaco a ninguém...)

Autocolante medonho!
Em 1994 já andávamos nós fartos de jogar coisas como Mortal Kombat e Street Fighter II, com as suas inúmeras versões e actualizações quando de repente se fez luz e apareceu um jogo que conseguiu cruzar estes dois anteriores. Embora parecesse estranho e duvidoso, o facto é que após ver o resultado na versão de arcada, fiquei boquiaberto com a qualidade geral do produto. Queria jogá-lo, era mais forte do que eu. Pouco tempo depois, a notícia bombástica: uma versão de Super Nintendo estava na forja. Não tardou muito até ser lançada, mais concretamente em 1995, para grande deleite meu e de muito. E embora não fosse igual à original, a diversão era a mesma. Este meu exemplar chegou-me às mãos mais tarde, creio que em 1996, não sei bem como. Traz um CD de música intitulado Killer Cuts. Infelizmente, tive a ideia de estragar a caixa de cartão deste CD para o colocar numa caixa de plástico. E fiz isto duas vezes pois tinha duas caixas de cartão. Resultado: acabou numa sleeve de papel...


Manual, papelada e cartucho.
Killer Instinct apresenta-se como um jogo de porrada à antiga, que combina a jogabilidade de Street Fighter II com a violência de Mortal Kombat, até certo ponto. Já aqui trouxe a excelente versão de Game Boy mas não falei na história propriamente dita do jogo. Esta gira em torno de uma mega corporação chamada Ultratech, que num futuro longínquo, substitui o governo e se dedica a criar criaturas através de experiência genéticas bem como a desenvolver tecnologia que permite abrir portais para outras dimensões. No meio disto tudo também patrocinam um torneio chamado Killer Instinct onde metem estas criaturas à prova em combates contra outros lutadores que entraram no torneio a convite ou por motivação pessoal.

O CD de música, Killer Cuts.
Visualmente, Killer Instinct assemelha-se imenso a Donkey Kong Country, fruto da utilização do mesmo tipo de grafismo, conhecido por ACM e que permite esta qualidade visual numa consola de 16-bit. Ainda assim, face à versão de arcada, existem muitas limitações técnicas. Os cenários apesar de variados, tiveram de ser redesenhados em alguns casos, perdendo no geral muitos pormenores e detalhes, especialmente a câmara 3D que deixou de existir passando agora a ser 2D. Deste modo foram utilizados efeitos parallax para os fundos e o Mode 7 para tudo o resto, de modo a simular um falso efeito tridimensional. Outros efeitos visuais como o zoom e o scaling, perderam-se também na conversão. Os FMV's da versão de arcada foram substituídos por imagens estáticas, por motivos óbvios. Mesmo com estes entraves todos, na minha opinião, não deixa de ser um jogo visualmente bonito, fluido, rápido e possivelmente um dos melhores do género na SNES.

Ready? Sempre!
No campo da sonoridade, é óbvio que esta versão 16-bit também perdeu um pouco mas conseguindo manter uma excelente qualidade. A música é catchy e muitíssimo boa, rivalizando com outros jogos do género e a vozes também conseguem ser bastante decentes, ainda que tenham sofrido cortes, entre outras limitações, tal como o som no geral. Em alguns casos omitiram-se mesmo na totalidade por falta de espaço. Mas isto é daquelas coisas que não afecta em nada o jogo pois duvido que muitos tenham jogado a versão original para poderem fazer este tipo de comparações.

Cinder prova o chumbo de Fulgore.
Killer Instinct, tal como referi inicialmente combina a jogabilidade de Street Fighter II com Mortal Kombat, resultando numa mistura muito boa e curiosa. A realização dos golpes é muito parecida à de Street Fighter II, bem como algumas personagens que foram nitidamente inspiradas neste jogo. A vertente violenta foi buscar a Mortal Kombat, com Fatalities que aqui se chamam No Mercy ou Danger Move entre outros movimentos tais como os Humiliation. Inicialmente o jogo era apelidado de King of Combos, pela sua vertente de encadeamentos, que é nitidamente automática, isto é, os próprios golpes especiais já são combos pré-concebidos, que quando combinados com outros golpes especiais, com murros e pontapés à mistura, resultam em combos grandes e devastadores. Ora isto é uma das bases do jogo, tornando-o mais frenético e interessante. Para colmatar isto, existem os Combo Breakers, que tal como o nome sugere, partem combos. Existem ainda os Ultra Combos, que vão até aos 80 hits, em alguns casos mais ainda, e que são uma espécie de movimento final, devendo ser iniciados um pouco antes de derrotar o adversário.

Jago, o Ryu cá do sítio.
Um facto curioso é que em Killer Instinct os combates têm apenas uma ronda, existindo uma dupla barra de energia que faz o mesmo que as rondas. Outras curiosidades incluem códigos in-game que permitem aumentar o reduzir a velocidade do jogo, tornando-o absurdamente rápido ou lento, bem como mudar a cor dos fatos e até seleccionar Eyedol, o último boss. A versão de SNES tem ainda modos de jogo extra tais como Training e Tournament, sendo este último bom para jogar com vários amigos. É também dos poucos jogos cujo o cartucho é preto, diferenciando-se assim dos restantes, contando também com um CD de música, Killer Cuts, como extra onde temos a banda sonora do jogo mas numa versão remasterizada e remixada.

Não tenho dúvidas de que Killer Instinct é um clássico da SNES e que passou o lado de muita gente mas espero que de futuro, se lembrem de lançar a versão original em suporte digital, nem que seja na XBLA, visto a Rare ter-se mudado de armas e bagagens para o lado da Microsoft. Quanto a este de SNES, é um inquestionavelmente JOGALHÃO DE FORÇA!

Para amanhã só digo isto: Come, get some! :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. O post de amanhã interessa-me! eheh
    Este jogo era realmente abismal na versão arcade. Já a versão SNES achei um pouco mais "quebrada" na jogabilidade, mas não deixou de ser um port bastante competente, tendo em conta o hardware de destino.

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