12 de agosto de 2013

Aliens: Colonial Marines [Collector's Edition]


O caixotinho de frente.
Desenvolvido por: Gearbox Software, Nerve Software, TimeGate Studios
Publicado por: Sega
Compositor: Kevin Riepl
Motor Gráfico: Red Ring (Unreal Engine 3 modificado)
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 12-02-2013 (Lançamento mundial)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para entre 1 a 4 jogadores (online e splitscreen nas consolas), Multiplayer offline co-op para dois jogadores, Multiplayer online co-op  e versus para até 12 jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (2571 MB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, DLC adicional (single player e multiplayer)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez, talvez lhe pegue futuramente se o DLC do single player ficar à borla.

(Está calor e a praia recomenda-se.)

E visto de trás.
Desde sempre que os videojogos e os filmes andaram de mãos dadas, se me permitem esta força de expressão, ainda que essa união nem sempre fosse feliz. Digo isto porque se forem da minha faixa etária têm certamente na memória exemplos de jogos baseados em filmes que são autênticas nódoas no catálogo de diversas consolas conhecidas. Obviamente isto não é algo recorrente e existem alguns que se safam e outros tantos que até chegam a ser bons ao ponto de se tornarem referência. Esta lengalenga serve apenas como ponto de partida para o jogo que trago até aqui hoje e que dá pelo nome de Aliens: Colonial Marines, o qual se tornou famoso pelos piores motivos. Mas já lá vamos.


A capa até é bonita.
Antes de mais nada, este exemplar traduz-se na Collector's Edition, porque como fã da saga não podia deixar escapar a oportunidade de adquirir esta edição. A mesma é composta pela Limited Edition do jogo normal, com direito a uns DLC's para o multiplayer, essencialmente armas e skins para as personagens. Mas o melhor é mesmo a estatueta de um Powerloader com um Alien em pose de combate e o dossier da USCM recheado de goodies para os fãs. O preço desta coisa? Cerca de 32 euros, na Amazon UK, para não variar.

É mesmo o que ali diz...
Mas comecemos pelo principio pois a história é algo longa e triste. A história por detrás da produção de Aliens - Colonial Marines data de 2001, altura em que tinha sido anunciado para PlayStation 2 e seria produzido pela Check Six Games. A premissa seria muito parecida à da Gearbox em termos de argumento, ainda que este última alegue que ambos os jogos não têm nada a ver um com o outro. E até lhes dou razão, o primeiro nunca chegou a ser lançado sequer. Em 2006, bem no final do ano, segue-se a trama pela mão da Sega que tinha comprado os direitos da saga para publicar jogos baseados na mesma. Alguns foram lançados, com mais ou menos reacções positivas por parte da comunidade e imprensa e este ACM andou literalmente a servir de bola de ping-pong. Isto porque começou por ser produzido pela Gearbox mas muito pela histeria e sucesso obtido em torno da saga Borderlands, foi relegado para segundo plano. Ok, terceiro plano mesmo. O facto é que após atrasos, rumores de despedimentos, cancelamentos, promoção falaciosa por parte do senhor Randy Pitchford (sim o mesmo que disse que o Duke Nukem Forever ia ser alto jogão) e andar de estúdio em estúdio, o jogo saiu. Mas se calhar mais valia ter ficado nos confins dos discos rígidos dos computadores deles, a criar teias virtuais.

Manual, papelada de DLC e disco.
Centremo-nos então no jogo em questão. A história de ACM decorre após os eventos do excelente Aliens de James Cameron, aquele filme que a maioria dos fãs da saga elege como sendo o melhor por motivos óbvios. Irrelevante para o caso, o meu favorito é mesmo o do Ridley Scott mas adiante. Tudo começa 17 semanas depois com um S.O.S. enviado a partir da USS Sulaco, que parece estar em órbita em torno de LV-426 (ignorando assim o 3º filme por completo) ao qual a nossa equipa de Marines responde a partir da USS Sephora, uma nave semelhante em tudo à anterior. À chegada, os rapazes e raparigas da companhia deparam-se com uma infestação e o resto já se sabe. Sim, depois segue-se a descida até ao planeta e ficam por vossa conta para descobrir o resto.

O inlay também está catita.
Uma das primeiras coisas que irão logo reparar mal comecem a jogar é no grafismo. E não, não é por ser brutalmente incrível ao nível de um Crysis mas pelo oposto, ser de muito má qualidade, em especial nas consolas onde não há volta a dar senão aguentar os visuais datados com um look muito 2005/2006, texturas de baixa resolução, ausência de luz dinâmica, glitches gráficos diversos e no geral fraca animação seja do que for (algumas animações desconfio que são as mesmas de DNF), desde as personagens aos objectos e respectiva reacção com o mundo no geral. Aqui se vê a falta de cuidado que a Gearbox teve, isto para não referir a falta de respeito e profissionalismo para com as outras partes envolvidas. Para quem se recorda daquele vídeo que circulou na internet, ainda quando o jogo estava em suposta fase beta, é tudo menos igual. Aliás, há comparações desse mesmo com a versão final e é de ir às lágrimas. Pelo menos em PC sempre podem colmatar isso com patches e mods feitos pelos fãs mais dedicados.

O conteúdo do dossier.
Onde o jogo consegue ter alguma decência é na parte sonora. Apesar de ter achado o voice-acting muito abaixo daquilo que hoje se consegue em certos títulos AAA, a música por pouca que seja consegue ajudar a criar alguma atmosfera, coisa que o grafismo não faz, e os efeitos sonoros no geral conseguem ser fiéis ao filme na grande maioria dos casos. Digo isto pois alguns não estão assim tão bem recriados embora isso não tenha grande impacto no resultado final pois já é mau que chegue.

E eis o melhor desta edição.
A jogabilidade é do mais genérico que há, embora não seja tão má como a pintam em certas publicações online. Corre-se, aponta-se, dispara-se, ou seja, o dia a dia num FPS. As armas são as mesmas do filme, com uma metralhadora nova ligeiramente diferente da Pulse Rifle mais estilo sniper. Temos também acesso às armas clássicas das personagens da obra de James Cameron, escondidas pelos níveis do jogo, bem como usar as Sentry Turrets em certas áreas para crowd control e ainda soldar portas e afins. Um pormenor que gostei é o facto do Motion Tracker não estar sempre on-screen, ou seja, só o podemos usar se não estivermos a disparar. Grande parte dos jogos baseados nesta saga descurava este aspecto. Consta-se que devido ao facto de podermos jogar em co-op local e online, inicialmente o jogo seria squad based, ou seja, poderíamos dar ordens aos membros da nossa equipa. A ideia foi descartada em prol da mecânica ser mais acessível aos jogadores mas a meu ver a IA é tão má em certas alturas que penso que este tenha sido o principal motivo.

Assim até parece ter bom aspecto.
O design dos níveis não é famoso mas alguns dos locais são imediatamente reconhecidos e facilmente identificáveis, existindo porém uma linearidade corrente ao longo do jogo. Por outro lado esperava-se batalhas intensas contra os nossos xenomorphs favoritos mas essas são poucas e na grande maioria os bichinhos ou nos matam sem darmos conta ou ignoram-nos por completo, outra prova da fraca IA. Alguns dos patches lançados corrigem isso mas não na totalidade. Mais batalhas temos contra humanos e humanóides, estes sim, mortíferos até à enésima potência se lhes dermos hipótese para tal a ponto de algumas zonas serem demasiado frustrantes nas dificuldades acima de Normal. O modo multiplayer apesar de não lhe ter pegado conta com o co-op que já referi bem como o tradicional Deatmatch. Um dos modos mais interessantes é o Escape onde uma equipa de Marines tenta escapar de uma equipa de Aliens, tendo para isso que chegar a um Evac Point. Segundo consta, o multiplayer consegue "ajudar" a atenuar o desastre do single player, até porque a Gearbox teve mais ênfase nesta parte.

A Smart Gun em acção.
Embora esta catástrofe toda o jogo até vendeu mais do que se esperava tanto na Europa como nos Estados Unidos, o que me leva a crer que a curiosidade é um indicador preponderante nestas coisas. Eu falo por mim pois comprei o jogo! Mais curioso ainda é que a Gearbox e a Sega não se deixaram ir abaixo e continuaram a facturar com isto tendo lançado mais quatro DLC's até Julho deste ano, três deles para o multiplayer com mapas novos, alguns deles tributos ao filme e ainda uma expansão para o single player que dá pelo nome de Stasis Interrupted, onde se explora ainda mais a história de Hicks entre Aliens e Alien³. Fiquei novamente curioso em relação a isto, mesmo sabendo o quão mau o jogo foi. Enfim, não tenho remédio.

Eles andam pelas paredes... ou tentam.
Penso que depois de lerem este texto não vão querer sequer tocar neste jogo. Bem, não vos censuro mas certamente tiveram a mesma reacção com o Duke Nukem Forever e acabaram por cair na tentação de o jogar. Nesse caso, tenham vergonha na cara! Ou melhor, não tenham e joguem este Aliens: Colonial Marines pois não perdem nada a não ser umas 6 horas de vida. Mas se o fizerem optem pela versão de PC pois podem melhorar a experiência visual e assim custa menos. E mais não digo, está na colecção e é um JOGALHÃO DE FORÇA! Mas só mesmo por isso.

A seguir, na PS3, uma pouca amada personagem numa nova aventura que começou numa saga para lá de antiga vai fazer-nos uma visita. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
  

2 comentários:

  1. Sou como tu, tenho essa curiosidade mórbida de tudo o que mexa com aliens e também irei comprar esse jogo. Por razões óbvias será a versão PC, e se possível a collector's Edition também. Tal como te disse no outro dia, esse DLC para o single player também me deixou bastante curioso, damn you Gearbox!
    Por outro lado, até agora ainda consegui ignorar o "The Doctor Who Cloned Me" do DNF, e já ouvi boas coisas desse DLC.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Esse DLC também me passou ao lado. Se eles metessem isso à borla ainda tirava mas a pagantes, nem pó. :)

      Eliminar