22 de maio de 2014

Zone of the Enders

Melhor que a capa americana.
Desenvolvido por: KCEJ
Publicado por: Konami Computer Entertainment
Director: Noriaki Okamura
Produtor: Hideo Kojima
Artista(s): Nobuyoshi Nishimura, Yoji Shinkawa
Argumentista(s): Noriaki Okamura, Shuyo Murata
Compositor(es): Maki Kirioka, Akihiro Honda, Norihiko Hibino, Toshiyuki Kakuta, Shuichi Kobori
Plataforma(s): PlayStation 2, PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 01-03-2001 (JP), 23-03-2001 (EU), 26-03-2001 (EUA)
Género: Acção, Shoot 'em Up, Hack 'n slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo multiplayer local para dois jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (280KB mínimo), Compatível com controlo analógico: todos os botões
Estado: Completo
Condição: Muito boa com poucas marcas de utilização
Viciómetro: Acabei-o duas vezes.

(Inverno, parte II)

Informação pertinente.
Muitos dos denominados "gamers" de hoje começaram a sua jornada na PlayStation 2 o que os torna, não querendo desfazer, nuns privilegiados. Digo isto porque tudo a partir daqui mudou em todos os aspectos, sobretudo em termos de valores de produção, coisa que actualmente é algo comum na maioria dos jogos com nomes sonantes. Mas de volta a 2001, muitos jogaram o título que trago até aqui hoje. Este Zone of the Enders não deixou ninguém indiferente e penso que foram poucos os que o deixaram passar ao lado. No meu caso, deixei-o passar mas sem antes ter jogado até à exaustão. Só em 2013 é que este exemplar aterrou na colecção, oriundo do eBay por cerca de 12 euros e em muito bom estado. Ah, e acima de tudo completo com a devida demo de Metal Gear Solid 2 - Sons of Liberty.


Manuais e discos.
Zone of the Enders é aquele género de jogo para servir de chamariz a tudo quanto é fã de anime e mecha. Eu certamente fui atraído por isso e não me arrependi da experiência, ainda que muito breve. A trama é bem elaborada e leva-nos até um distante futuro onde a humanidade colonizou as luas da Terra, Marte e Júpiter. No meio disto tudo, uma força militar de nome BAHRAM ataca Antilia, a colónia de Júpiter de forma a capturar duas Orbital Frames: Jehuty e Anubis. Um dos poucos sobreviventes, um miúdo chamado Leo Stenbuck consegue acidentalmente sentar-se ao cockpit de Jehuty e fica assim encarregue de a levar até Marte e resolver esta salganhada toda.

Vamos ler isto várias vezes.
Como um dos primeiros títulos de PS2, ZOE mostra uns visuais com bastante estilo correndo as uns agradáveis 60 frames mas que em termos cénicos parecem meio vazios e estéreis. Digo isto pois é tudo muito sci-fi e sem grandes pormenores, vivendo mais do frenesim de luzes e cores do que propriamente da atenção ao detalhe. Ainda assim é um jogo agradável de se ver, com boas animações no que concerne à nossa personagem e demais inimigos. As cutscenes em CG, muitíssimo boas para a época, não conseguem impressionar pela qualidade aos dias de hoje mas cumprem o seu papel na perfeição.

Hey, sexy... frame?
Como seria de esperar num jogo deste género, a banda sonora de ZOE é bastante techno com diversos temas perfeitamente audíveis fora do contexto do jogo para os apreciadores do estilo, temas estes que como é evidente funcionam muito bem em conjunção com a acção frenética do jogo. Os efeitos sonoros também não apresentam qualquer tipo de defeito que possa apontar, transmitindo exactamente aquilo que se pretende. Já o voice-acting deixa um pouco a desejar, onde se nota que a localização não foi das melhores e mais valia terem dado a opção de ouvir o áudio original japonês.

Um dia normal para Jehuty.
A acção de ZOE só é possível devido à excelente jogabilidade. O controlo de Jehuty é de uma simplicidade extrema, podendo este movimentar-se num ambiente tridimensional. Jehuty para além de voar e pairar pode fazer uso do seu arsenal que vai desde uma espada de energia para combate ao perto, projécteis de energia para longa distância e ainda várias sub-armas, coisas que vamos evoluindo à medida que progredimos no jogo. Para além disto podemos ainda fazer lock-on aos inimigos, usar escudos de energia e usar boosters para navegarmos mais rápido pelo cenário ou simplesmente fazer evade a ataques inimigos.

Explosões são o forte deste jogo.
Isto tudo pode parecer divertido mas ZoE padece de um mal, algo que foi corrigido na sequela. Durante grande parte do tempo lutamos contra os mesmos inimigos, cuja variedade não abona a seu favor, quase sempre com o mesmo objectivo: destruir algo e recuperar um programa. Estes programas são na maioria das vezes opcionais mas convém apanhá-los todos (inserir piada de Pokémon aqui) para tornar a tarefa mais fácil, até porque alguns bosses são chatos. O pior é o jogo ser curto, apesar das suas mais de vinte missões. Depois há pormenores que podiam ter sido aproveitados de maneira inteligente como o facto de termos de minimizar os danos que provocamos ao cenário devido aos edifícios e demais população. Não é forçoso que respeitemos isto mas também não é um objectivo imperativo. O jogo conta ainda com um modo multiplayer assim para o secreto, pois nem sequer vem mencionado na caixa/manual mas este é enfadonho e desleal, seja contra o CPU ou contra outro ser humano.

Este golpe aprendeu com o Son Goku.
Mesmo com os seus pequenos defeitos, Zone of the Enders podia ter sido um grande jogo, algo que o seu sucessor conseguiu. O certo é que deu origem a uma série anime e um OVA (Original Video Animation), sendo a primeira antes e depois dos eventos do primeiro jogo e o OVA é a prequela do mesmo. Originou ainda uma side story no GBA mas nunca consegui arranjar este jogo pelo que desconheço o conteúdo/qualidade. Actualmente existe a HD Edition que traz os dois jogos mas quando um jogo precisa de um patch para melhorar a performance visual é mau sinal, portanto, joguem os originais de PS2. E com isto tudo parece que só resta dizer uma coisa: é um JOGALHÃO DE FORÇA!

A demo do MGS2 fica para outra altura. Em breve voltamos a desafiar os deuses na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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