1 de janeiro de 2015

Muramasa: The Demon Blade

Excelente artwork!
Desenvolvido por: Vanillaware
Publicado por: Marvelous Entertainment (JP), Ignition Entertainment (EUA), Rising Star Games (EU)
Director: George Kamitani
Produtor: Yoshifumi Hashimoto
Compositor(es): Hitoshi Sakimoto, Masaharu Iwata, Mitsuhiro Kaneda, Kimihiro Abe, Noriyuki Kamikura, Azusa Chiba, Yoshimi Kudo
Plataforma: Nintendo Wii, PlayStation Vita
Lançamento: 09-04-2009 (JP), 08-09-2009 (EUA), 27-11-2009 (EU)
Género(s): Acção, Hack 'n Slash, Action RPG
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Vários slots para gravação de progresso na memória interna da Wii, Compatível com Wii Remote e Nunchuk, Gamecube Controller e Classic Controller
Estado: Completo 
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes, duas com cada personagem para ver os diversos finais.

(Um excelente 2015 para todos os leitores, seguidores e simpatizantes do JDF!)

Aquilo é um GRANDE polvo!
Para começar o ano de 2015 em grande, nada como um grande jogo! Ou melhor, nada como uma enorme hidden gem na Wii, que dá pelo nome Muramasa: The Demon Blade e que pode muito bem ser vista com um sucessor espiritual do não menos excelente Odin's Sphere na PS2 (jogo que considero arranjar este ano nem que a vaca tussa). E bem sabemos que a Wii está repleta de hidden gems mas concentremo-nos nesta em particular. Este exemplar chegou-me à colecção em Novembro de 2013, oriundo de uma loja online por cerca de 15 euros.


Manual e disco.
Muramasa: The Demon Blade começa a sua história de duas perspectivas diferentes. De um lado temos Kisuke, um jovem ninja que sofre de amnésia e que é ajudado por Yuzuhura, uma raposa/mulher e Torahime, uma guerreira, na busca de uma katana lendária que se encontra algures a Este da sua posição. Do outro lado, Momohime, irmã de Torahime, é uma princesa que foi possuída pelo espírito vingador de Izuna Jinkuro, cujo objectivo é revelar a verdade acerca do seu assassinato. Tudo isto decorre durante o período Genroku no Japão, onde existe uma imensa procura pelas espadas demoníacas de Muramasa Sengo, o que faz com demónios venham do submundo, juntamente com os deuses demoníacos e dragões.

Um inferno japonês.
Mal o jogo começa a correr, a primeira impressão que temos é fantástica. Os visuais são lindíssimos, saídos de um livro de histórias, com cores fabulosas, um scroll preciso e fluído, animações 2D impressionantes e uma variedade cénica única, que nos faz regressar à experiência sem pensar muito no assunto, só porque dá gosto ver gráficos 2D tão bem conseguidos. Neste campo, o jogo é sem dúvida impressionante e prova que o 2D não morre, somente se reinventa e melhora. Não existem cutscenes flashy em CG nem outras nuances visuais avançadas, tudo é visto e contado com este grafismo, desde o início até ao final, onde vemos desde pequenos sprites de animais até aos colossais bosses que ocupam quase o ecrã inteiro.

Kisuke gosta de dar nas vistas.
A sonoridade também não se fica atrás, com faixas a acompanhar o decorrer da acção que se encaixam perfeitamente no tema oriental sendo também bastante variadas em termos de composição, desde as mais calminhas até a outras com mais rockalhada. E sobretudo ficam no ouvido, o que já por si é bom sinal. O voice-acting em Japonês está bastante bom, com vários diálogos entre personagens, bosses e afins, tornando o texto mais agradável de ler, na minha opinião. Não fazia sentido levar com uma dobragem em Inglês que só iria tornar o jogo menos agradável.

O mapa é bem grandinho.
Há que veja Muramasa com um RPG sidescroller mas sinceramente não o considero como tal. Tem alguns elementos notórios de RPG tais como levelling up, equipar novas armas, comprar itens e afins mas no seu cerne não deixa de ser um jogo de acção com muito hack 'n slash. A escolha das duas personagens é meramente cosmética pois fazem ambos o mesmo, seguindo histórias diferentes que a dada altura se cruzam. A única diferença é somente no uso das espadas pois algumas são exclusivas de Kisuke e outras de Momohime, coisa que na segunda ronda deixa de existir e podemos equipar qualquer espada nas duas personagens. O jogo decorre num plano bidimensional, onde o objectivo para além de seguir a trama é derrotar todos os inimigos no ecrã, algo que é simples mas ainda assim obedece a diversas regras. Usamos uma de três espadas que podemos levar connosco, sendo que a utilização excessiva da mesma (atacar e deflectir ataques) leva a que a lâmina se parta tornando-a inútil. Quando isto acontece, é trocar para outra para que possa fazer cooldown e voltar ao normal. Cada espada tem habilidades diferentes denominadas Secret Arts, algumas bastante úteis, outras nem por isso estando também divididas em duas categorias: Blade (katana) e Long Blade (nodachi), sendo as primeiras boas para ataques rápidos com combos e as segundas indicadas para ataques de força bruta ideais para bosses ou limpar áreas com bastantes inimigos fracotes.

Este deve estar com fominha...
Ainda que divertido e bastante satisfatório, Muramasa: The Demon Blade pode tornar-se repetitivo devido à sua natureza de funcionar com barreiras a separar as diferentes áreas recheadas de inimigos. Estas barreiras só podem ser quebradas com determinadas espadas, obtidas apenas por derrotarmos bosses. As outras espadas que podemos fazer servem apenas para combate e há 108 para descobrir, sendo que duas delas dão acesso ao verdadeiro final e a última só a obtemos depois de termos as restantes. De resto, é derrotar inimigos, ocasionalmente encontrar uma vilazita para comprar itens, chegar ao boss e repetir. A meu ver, funciona na perfeição.

Kisuke é um depravado.
Se têm uma Wii e não têm este jogo, façam o favor de o comprarem pois vale cada cêntimo. Em alternativa podem ser comprar a versão da Vita, caso tenham uma, ainda que esta seja relativamente mais cara (e não saiu na Europa, tanto quanto sei). O positivo é que tem mais níveis, mais quatro personagens e isso é sempre bom. Sem dúvida alguma este é um verdadeiro JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: uma obra prima da PS2, que também saiu na Wii, analisada na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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