18 de maio de 2017

Way of the Samurai 2

Artwork simples mas eficaz.
Desenvolvido por: Acquire, Spike
Publicado por: Spike Co., Ltd. (JP), Capcom (EU/EUA)
Director: Tomohiro Tsuchida
Designer: Kōjirō Endō
Compositor: Noriyuki Asakura
Plataforma(s): PlayStation 2, PlayStation Portable
Lançamento: 09-10-2003 (JP), 21-05-2004 (EUA), 07-07-2004 (EU)
Género(s): Acção, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador, modo batalha para dois jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (134KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com função de vibração
Outros nomes: Samurai Dou 2 - Kettouban (JP)
Estado: Completo
Condição: Boa, com algumas marcas de utilização
Viciómetro: Acabei-o uma vez e não consigo voltar a jogá-lo.

(Verão, chega depressa!)

Os autocolantes voaram!
Japão. Aquele país que já tantos jogos nos proporcionou ao longos destes anos todos, tendo marcado várias gerações. Mas nem sempre é sinónimo de bons jogos, de qualidade ou boas memórias neste campo. Por cada cinco jogos excelentes, há pelo menos um medíocre a acompanhar (este estudo não foi levado a cabo por ninguém). Infelizmente, ou para variar um bocadinho e não serem sempre bons jogos, o título que trago até aqui hoje é um desses casos. Podia ser um bom jogo (e acredito que haja quem goste deste jogo) mas na minha mais modesta e sincera opinião não o é por vários motivos. Este exemplar aterrou no JDF algures em 2013, por cinco euros. Hoje nem isso era capaz de pagar.


Manual, papelito e disco.
Way of the Samurai 2 podia ser a sequela directa do primeiro jogo mas o 2 no nome serve apenas para o numerar visto não haver ligação entre ambas as aventuras (embora existam pormenores que assim possam sugerir). Nesta segunda demanda, assumimos o papel de outro ronin sem nome (a quem podemos convenientemente dar um nome) que se encontra faminto na cidade de Amahara e é então auxiliado por uma pequena menina que lhe dá uma bola de arroz. É a partir daqui que a trama se inicia e vai ser toda ditada através das decisões que tomarmos. Obviamente, à semelhança do primeiro jogo, existem várias facções que se opõem umas às outras e a coisa gira toda em torno dos seus interesses. Até aqui, mais do mesmo.

A culpa disto tudo é desta miúda!
Confesso que pouco ou nada notei diferença no grafismo deste jogo face ao primeiro. Se algumas coisas parecem mais variadas, no geral os visuais são bastante desinteressantes sendo que os locais não primam pelo pormenor mas pelo menos são substancialmente mais completos. Por outro lado, existe uma maior variedade de NPC's face ao primeiro jogo onde parecia que existia uma família de clones. As animações das personagens não são de todo más, especialmente em combate mas de resto podia ser melhor. Onde achei que o jogo fica a perder em relação ao primeiro é na frame rate visto esta agora se manter nos 30 frames, ao passo que no anterior corria a 60. E isto é sobretudo importante nos combates, onde a fluidez sofre com isso.

Os três estarolas.
A banda sonora é sem dúvida a melhor parte deste jogo, composta por Noriyuki Asakura e remetendo-nos para a típica sonoridade japonesa misturada com outras nuances mais ocidentais, resultando assim numa excelente mistura que nos mantém dentro do ambiente do jogo. Só é pena que isso seja mesmo a melhor parte do campo sonoro pois o voice-acting é horrendo. É que em vez de manterem as vozes originais japonesas decidiram impingir-nos uma dobragem em inglês que consegue ser pior que qualquer outra coisa que tivesse ouvido até hoje. E começa logo nos primeiros minutos de jogo com um dos diálogos mais ridículos que me lembro de ter presenciado. Seria preferível terem mantido as coisas como no primeiro título, apenas com texto. Já os efeitos sonoros são todos eles bastante comuns e funcionam bem sem nada de mal a apontar.

Não! Baza daqui!
Em termos de jogabilidade não existem grandes diferenças sendo que o sistema de combate é semelhante ao do jogo anterior mas com algumas novidades. Uma delas são os instant kills, que não são fáceis de realizar mas produzem o efeito desejado. Outra são os stance breakers que estão presentes praticamente em todas as armas e que nos ajudam a dar conta daqueles inimigos que teimam em manter quase sempre a mesma posição de ataque. Por fim, o sistema de defesa e parry é mais fácil de utilizar resultando assim em combates mais divertidos. Bom, divertidos se forem contra um ou dois adversários em simultâneo pois se se meterem numa escaramuça com mais de cinco inimigos, o jogo torna-se numa confusão sem precedentes. Uma coisa que notei é que as armas quebram com muito mais facilidade do que no jogo anterior e é aqui que entra o nosso amigo Dojima (que regressa do jogo anterior mas não tem relação em termos de história), o ferreiro. Ele permite-nos melhorar as espadas em ataque, defesa, durabilidade e qualidade bem como fazer um appraise das mesmas para as tornar ainda mais fortes. Isto pode ser feito com base apenas no nome da espada ou então utilizando a mesma até chegar a um número específico de inimigos derrotados.

O nosso melhor amigo neste jogo.
Mas para que possamos tirar partido disto, precisamos de dinheiro. Exacto, aquilo que no primeiro jogo não era fácil de arranjar. Para colmatar esse problema, agora podemos aceitar trabalhos e serviços de NPC's, numa espécie de side quests. O mal disto, é que temos de falar com um NPC que nos dá o trabalho mas depois temos ainda de falar com quem quer o trabalho feito. Como se não bastasse, depois de concluída a tarefa, temos de voltar a falar com quem a pediu para recebermos o pagamento. Se não o fizermos, o dia avança e não somos pagos! Pior ainda é que podemos ser pagos logo ou então só no final de tudo estar feito. Isto para mim não correu nada, mas mesmo nada bem um pouco também devido ao péssimo sistema de save que regressa do primeiro jogo. Resumindo, o jogo só grava em pontos específicos da história mas neste parece só gravar quando bem entende. Num jogo que se baseia em múltiplas decisões, devia ter um sistema de save anywhere para podermos voltar atrás e não termos de repetir tudo desde o início de cada vez que queremos tomar uma decisão diferente. Só para rematar, a nossa personagem tem agora uma barra de stamina (tem outro nome no jogo, não me recordo qual) que se vai gastando à medida que lutamos ou simplesmente andamos pela cidade a deixar os dias passarem (sim, agora as horas passam mais rápido, bastando mudar de local dentro da cidade). Para a recuperar temos de... dormir! E dormir implica horas, o que implica tempo gasto a fazer... nada! É tudo engraçado e tal, bastando gerir bem o tempo mas já perceberam a ideia. É um jogo de samurais... quero é lutar e não dormir!

Com todas estas ideias, Way of the Samurai 2 tinha tudo para ser uma boa sequela mas a má concretização das mesmas ditou o seu rumo. Embora tenha vários caminhos (e finais) a seguir e seja esse o seu chamariz para múltiplas playthroughs, a mistura de tudo o resto não abona nada a seu favor, especialmente o sistema de save estúpido que decidiram manter. Mas mesmo assim, vou mantê-lo na colecção como um JOGALHÃO DE FORÇA só porque me chamou à atenção.

Próximo jogo: uma colectânea com dois grandes clássicos da Sega, na PS2!
 
MURRALHÕES DE FORÇA:
 
  

Sem comentários:

Enviar um comentário