29 de novembro de 2011

Crysis


Custom cover, feita por mim para o efeito.
Desenvolvido por: Crytek Frankfurt
Publicado por: Electronic Arts
Director: Cevat Yerli
Produtor: Bernd Diemer
Designer: Jack Mamais
Compositores: Inon Zur
Motor Gráfico: CryEngine 3
Plataforma(s): PlayStation Network, Xbox Live
Lançamento: 04-10-2011 (Lançamento Mundial)
Género: Open World First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Suporte Digital
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (3GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, Compatível com Steroscopic 3D
Estado: Não se aplica.
Condição: Não se aplica.
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, em Normal e em Delta (ou seja Very Hard).

(A wishlist tanto encurta como aumenta...)

Maximum Armor - Algo que dá jeito.
Já é do conhecimento geral de quem joga com frequência que muitos jogos tiveram a sua estreia no PC, fazendo mais tarde, a sua incursão nas consolas. Também se sabe que muitos destes jogos pedem brutas máquinas para que possam ser jogados em todo o seu esplendor visual e técnico, coisa que nem sempre é possível devido aos requisitos por vezes serem demasiado altos. Ainda assim não é motivo para desanimar pois é possível jogar, ainda que a meio gás, como costumo dizer. O curioso no meio disto tudo é por vezes se dizer que alguns jogos são, ou eram, impossíveis de recriar numa consola e depois eles aparecerem mais tarde mostrando a meio mundo que afinal estavam redondamente equivocados. Isto serve apenas para dizer que o jogo que aqui trago hoje é o exemplo que mais se destaca neste âmbito e possivelmente um dos que mais aguardava. Fez-se luz e cá está ele. Este meu exemplar digital foi adquirido no dia de lançamento, pelo preço que pediam, ou seja, €19.90. Na minha opinião, mais do que justo.


Ver o sol a nascer na ilha é fantástico.
Crysis é um título que é conhecido do público geral por diversos motivos. Um deles debruça-se no facto de ser um dos jogos que mais requisitos pedia aos jogadores de PC para que o pudessem desfrutar com tudo ao máximo. Por outro lado é também um FPS que vai buscar muito ao seu antecessor, Far Cry, por nos remeter para um mundo enorme onde temos bastante liberdade para abordar as diversas situações, algo não muito comum em jogos deste género. E claro, até à data era exclusivo de PC, algo que mudou depois de Crysis 2 ter aterrado na consolas e ter provocado diversas reacções entre a comunidade. Surgiu assim a necessidade e a possibilidade de recriar o primeiro título para que todos pudessem presenciar o excelente trabalho desta equipa e acima de tudo os acontecimentos que antecederam os eventos que vimos em Nova York.

A trama em Crysis decorre numa ilha fictícia que faz parte do arquipélago Lingshan, a leste das Filipinas, num futuro próximo, girando em torno de em enorme estrutura alienígena descoberta pelo exército da Coreia do Norte. Como tal, os americanos enviam para o local a nata da Delta Force, onde constam, entre outros, Laurence "Prophet" Barnes, Michael "Psycho"Sykes e nós, que assumimos o papel de Jake "Nomad" Dunn. O que nos safa no meio disto tudo são as nossas armas e o nosso Nano Suit, uma vez que nos esperam bastantes confrontos com coreanos e alienígenas, na procura da verdade.

Anda cá ao pai! :D
Se no PC impressionou pela sua qualidade visual, provando que o CryEngine2 era bastante forte nas suas competências, na PlayStation 3 não se fica nada atrás mostrando aquilo que o CryEngine3 consegue fazer, considerando os limites do hardware. Consegue rivalizar com Crysis 2? Sem dúvida alguma. Faz frente a Killzone 3? Faz, atrevendo-me a dizer que está no mesmo nível de qualidade visual, no seu todo. Não sendo um rival para a versão de PC a correr com tudo no máximo, Crysis na PS3 faz um excelente trabalho neste departamento, com imensos pormenores visuais, desde efeitos de partículas, motion blur, iluminação, sombras, água e claro não esquecendo as texturas ainda que estas não sejam  de topo. Contudo, a mistura resulta muitíssimo bem e nuns 30 frames constantes podemos presenciar um dos open worlds mais bonitos e realistas num videojogo.

Este navio já viu melhores dias...
Em Crysis o som é um dos pontos de destaque e que mais importância tem, devido ao próprio cariz e ambiente do jogo. Numa selva imensa, todos os sons têm o seu quê de relevância e ajudam-nos a determinar o melhor caminho a tomar, para evitar confrontos inesperados. E neste jogo há muitos, ao contrário do que acontecia em Crysis 2, onde os eventos eram demasiado lineares e previsíveis, na minha mais modesta opinião. Toda a componente sonora é bastante realista, desde o "som da guerra" (explosões, veículos, tiros, gritos e afins), até ao som ambiente que passa pelo vento, pelo mato, pela água, enfim, pelo meio ambiente em geral. As vozes são um dos pontos interessantes no jogo, até porque existe bastante diálogo entre as personagens mas acima de tudo também muitas linhas proferidas pelos inimigos. A parte interessante é mesmo quando se joga em Delta, onde os inimigos falam mesmo em coreano tornando tudo mais tenso pois não sabemos o que os mesmos estão a dizer (a menos que sejam versados em tal língua). Digo isto, porque em Normal falam em inglês e por vezes "chibam-se" do que estão a pensar fazer, como por exemplo dizerem que vão flanquear-nos. A banda sonora, a cargo de Inon Zur é bastante agradável, optando pela já habitual utilização da música em partes de grande tensão ou quando nos estamos a aproximar de um evento-chave, deixando o som ambiente prevalecer durante o resto da acção.

Psycho, um dos nossos camaradas de armas.
Com o comando na mão, Crysis comporta-se muito bem, relativamente à versão de PC. Tendo eu crescido com FPS no PC, comprovo que nada bate teclado e rato mas a verdade é que me habituei de tal forma ao comando que não noto diferença e é-me completamente irrelevante o que os outros dizem. Provavelmente nunca jogaram um FPS numa consola mais do que 5/10 minutos. Bom, mas continuando com o que interessa, tal como em Crysis 2, os controlos estão bons, com as funções todas nos sítios certos e sem necessidade de grandes ajustes. É fácil fazer tudo, desde correr, agachar, disparar, atirar objectos e pessoas, até conduzir veículos que passam por jipes, camiões e barcos. O jogo incita a que o jogador tome vários tipos de abordagem, ora mais agressivas ou mais passivas. Pessoalmente opto pela abordagem passiva mas de vez em quando combino as duas pois é sempre divertido variar e ver no que resulta. O Nano Suit tem aqui o seu papel, visto que nos permite utilizar stealth e iludir os inimigos ou então optar pela força bruta aumentando também a nossa resistência. A grande diferença é que em Crysis a nossa liberdade é muito mais abrangente e até podemos passar certas áreas sem tocar em ninguém. Existe também mais interactividade com o cenário do que em Crysis 2, uma vez que podemos pegar em imensos objectos e arremessá-los, bem como destruir barracas e desbastar floresta.

Na selva não é difícil arranjar boleia.
O armamento tem também o seu papel, podendo Nomad carregar três tipos de armas diferentes, que por norma se traduzem numa sidearm (pistola, portanto), uma metralhadora/caçadeira e uma sniper/lança rockets. Como é esperado, granadas e C4 também fazem parte desta equação. É possível trocar os attachments de algumas delas, consoante o nosso progresso no jogo, incluindo até o tipo de munição no caso das metralhadoras. Outra diferença face à sequela é podermos utilizar duas pistolas em simultâneo, algo que sinceramente não recomendo. Algo que estranhei foi a ausência de upgrades ao Nano Suit mas isto até se justifica pois assim o jogo é um desafio bem maior se tentarem a vertente de stealth. Os veículos têm neste jogo um ênfase ligeiramente maior do que em Crysis 2, especialmente os tanques mas isso fica para verem se chegarem a jogar. Os objectivos são bastante simples, com alguns secundários opcionais mas que complementam o todo da história e facilitam-nos a vida por vezes.

Nenhuma tartaruga foi maltratada nesta análise.
Crysis está contudo de ser perfeito. Apesar de ser uma proeza técnica, esta versão tem alguns "senão's". Em primeiro lugar, só existe versão digital, algo que deixa de pé atrás muito boa gente visto nem todos apreciarem este tipo de versões. Pessoalmente detesto mas se não houver melhor tenho de me contentar com o que há. Em segundo, nem todos os "níveis" foram incluídos, mais concretamente aquele onde se controla um VTOL. A desculpa dada pela equipa é que era a parte do jogo que mais jogadores detestaram devido aos controlos incertos e dificuldade em manobrar o veículo em questão. Sinceramente, creio que conseguiriam fazer um bom serviço com o comando da PS3, mas isto sou apenas eu a especular. Em terceiro mas não menos importante é a ausência da componente multiplayer, bem como a sua expansão Crysis Wars. Não que isso me interesse muito mas é um dado mais do que adquirido que o multiplayer aumenta a vida de um jogo durante bastante tempo. O que mais me deixou desapontado foi a ausência da expansão single player denominada Crysis Warhead, onde jogamos com Psycho, durante os eventos do jogo principal, do outro lado da ilha. A minha única hipótese é jogar isto em PC pois não necessita do jogo original e a minha máquina consegue dar conta do recado.

Uma análise longa, a qual justifico pela minha ausência e saudade de escrever todos os dias mas como não tenho muitos mais jogos terminados (embora comecem os novos a amontoar no armário), os períodos mortos são maiores. No que toca a este Crysis, creio que já têm uma ideia mais do que definida do que esperar desta versão. Pelo preço que pedem não se poderá exigir muito mais se o compararmos  a outros jogos disponíveis na PSN. Recomendado e aprovado com o selo, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Daqui a um breve tempo, a mais recente obra da id Software irá passar por aqui. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

2 comentários:

  1. Por acaso nunca cheguei a jogar este jogo, apenas joguei o seu antecessor Far Cry que tinha realmente um mundo aberto impressionante, para o seu tempo. Tirando isso, foi um jogo que pouco me agradou.

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  2. Este segue a mesma fórmula do Far Cry com algumas nuances. Mas quem pouco gostou do anterior também não irá morrer de amores por este.

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