4 de maio de 2012

Final Fantasy


Sempre é melhor que os "Essentials".
Desenvolvido por: Square, Tose
Publicado por: Square Enix
Designer(s): Hironobu Sakaguchi, Hiromichi Tanaka, Akitoshi Kawazu, Koichi Ishii
Artista(s): Yoshitaka Amano
Argumentista(s): Kenji Terada, Hironobu Sakaguchi
Compositor(es): Nobuo Uematsu
Plataforma(s): PlayStation Portable e muitas outras
Lançamento: 19-04-2007 (JP), 26-06-2007 (EUA), 08-02-2008 (EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Universal Media Disc (1.5GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Stick
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez, tendo feito quase tudo.

(Quero uma PS3 nova!)

Nada de grandes detalhes.
Existem jogos que envelhecem mal, devido a diversos factores. Um dos mais recorrentes é sem dúvida a jogabilidade e a própria mecânica de jogo, que se tornou obsoleta devido às constantes actualizações da mesma. O jogo que aqui trago hoje é para muito um exemplo disso pois trata-se do primeiro de uma extensa saga com mais de vinte anos. Mas na minha opinião, creio que até envelheceu bem e consegue ser melhor do que muita coisa que se faz hoje em dia. Este exemplar foi adquirido algures em 2011, numa loja online tendo custado cerca de 8 euros. Trata-se contudo da versão americana mas não há diferenças a assinalar, excepto o packaging ser diferente.




Manual e UMD.
Final Fantasy é um nome que certamente já ouviram falar, fosse porque motivo fosse mas a verdade é que é comum usar-se o dito para se fazer referência ao VII, um dos primeiros que grande maioria das pessoas começaram por jogar. Mas o que interessa aqui e agora é o primeiro. Originalmente lançado em 1987 para a Nintendo Entertainment System, Final Fantasy coloca-nos no papel de quatro heróis, denominados Light Warriors, cada um deles incumbido de restaurar a luz às esferas de quatro elementos. Para tal têm  de derrotar os quatro mauzões que as corromperam para assim o equilíbrio do mundo voltar ao normal. Como é de calcular, o grande vilão de serviço, Garland, está lá para lhes trocar as voltas. A premissa é simples e funciona, algo que Hironobu Sakaguchi viu na altura como uma oportunidade para brilhar e tirar a Square da lama, pois segundo consta, as coisas estavam mal na época. E já sabemos que resultou...

Um bicho feio e chato.
Uma vez que este título se trata de um remake alusivo ao vigésimo aniversário da saga, esta versão de PSP teve direito a vários mimos, nos diversos campos técnicos. A começar pelos visuais, completamente renovados, quando comparados a outras versões como a de PlayStation e a de Game Boy Advance, onde o grafismo continua a ser 2D mas com sprites de maior resolução, a 16:9, efeitos visuais diversos e cutscenes em CG, mostrando os dotes dos artistas da Square neste departamento. Ainda assim, continua a ser um jogo visualmente simples mas altamente funcional e com boas animações. Na minha opinião, prefiro este tipo de remakes a coisas em 3D.

Na parte audível, a banda sonora teve direito a ser remixada, sem deixar de perder o que a tornou tão boa e acima de tudo sem desvirtuar o próprio jogo pois a música continua a ser a mesma mas melhor, deixando-nos no ouvido alguns temas por um longo tempo. Os efeitos sonoros são competentes, sem serem nada de extraordinário ou de destaque, conferindo o seu encanto a toda a acção. Não existe nenhuma espécie de voice-acting, nem mesmo nas cutscenes.

Isso é o que vamos ver vampiro dum raio!
Se há vinte e tal anos Final Fantasy era um jogo difícil, hoje em dia diria que o caso é ligeiramente diferente. Naquela época a dificuldade de alguns jogos prendia-se com o facto de não se ter um sistema de gravação, fosse este de passwords ou pilha, algo que não acontece actualmente. E esta é uma das diferenças e novidades nesta versão: podemos gravar onde quer que queiramos, sem entraves, estejamos nós no mapa mundo ou dentro de uma masmorra (com a excepção das masmorras secretas). Isto retira a certos itens (e às INN's), o "poder" de gravar mas os outros efeitos continuam a ser os mesmos. Por outro lado, a fluidez da acção e simplicidade do sistema de combate, também ajudam bastante na jogabilidade, especialmente porque podemos, por exemplo, ficar a pressionar no botão X e assim mandar todas as personagens atacar o mesmo inimigo, se tivermos intenção disso. Outra melhoria notável deve-se ao facto de não perdemos turnos caso o inimigo que estivéssemos a atacar tivesse morrido entretanto. Na NES isto era uma das coisas que mais irritava e obrigava o jogador a planear cada ataque ao pormenor. No que respeita às classes, temos várias que podemos escolher quando começamos o jogo, podendo tanto fazermos uma equipa diversificada (o mais indicado) como uma equipa homogénea (White Mage party anyone?). Estas classes não podem ser trocadas após isto mas sensivelmente a meio da história, somos promovidos a algo melhor.

O nosso barquinho voador.
Mas mesmo com estas melhorias, o "cerne da questão" continua igual e com uma dificuldade progressiva que nos leva a fazer um pouco de grinding e exploração do mapa mundo (a pé ou de transporte), para nos sentirmos mais à vontadinha quando avançarmos na história. À semelhança do original, não existem muitos sítios onde possamos fazer isto a não ser lá mais para o final do jogo. Tal como a versão GBA, o jogo conta ainda com masmorras secretas, onde só temos acesso depois de derrotarmos os bosses na história que correspondem às estátuas que nos impedem de prosseguir. O único senão, a meu ver, é que o layout das masmorras é completamente aleatório e os bosses que por lá habitam são um verdadeiro desafio. Acrescenta-se ainda uma nova masmorra exclusiva a esta versão, igualmente difícil e só para os mais persistentes.

Pode ser grande mas não é grande coisa.
Se gostam de RPG's, Final Fantasy é algo a ter em conta, não só pela nostalgia mas também pelo valor histórico. Foi aqui que tudo começou para esta saga e é preciso experimentar um pouco dos antigos para se ver o quanto se perdeu nos títulos mais recentes como, por exemplo, em FFXIII. E tanto se arranja facilmente esta versão como a de iOS que é praticamente idêntica. É mesmo uma questão de escolherem. Com tudo isto já se sabe que é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Em breve, o segundo título da saga vai aparecer por aqui. Stick around! :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Fico contente por ver que retiraram aquela coisa chata de perder turnos por o inimigo que mandamos a personagem x atacar já ter morrido.

    De qualquer das maneiras estes primeiros 3 Final Fantasy para mim pouco me dizem, a não ser o seu valor histórico. Já tive por várias vezes por comprar este ou o FFII para a PSP mas até agora tem ficado sempre para segundo plano...

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