3 de janeiro de 2013

Kung-Fu Master


Capas à anos 90...
Desenvolvido por: Irem
Publicado por: Nintendo
Plataforma(s): Game Boy , Nintendo Entertainment System e muitos mais
Lançamento: 11-12-1990 (JP), Fevereiro de 1991 (EUA), Algures em 1991 (EU)
Género: Beat 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 0.27-megabit
Funcionalidades: Nenhumas
Outros nomes: Spartan X (JP)
Estado: Completo
Condição: Boa, a caixa tem algumas marcas de utilização
Viciómetro: Joguei-o vezes sem conta e ainda lhe dou uns toques.

(Mais um ano, mais jogos!)

Aquele autocolante feio devia sair!
Bom, antes de mais quero começar por desejar um bom ano a todos os leitores e seguidores do blog, e que este ano de 2013 vos traga tudo de bom, especialmente no que toca a jogatina pois suspeito que vamos ter boas surpresas. Mas por agora vamos ao que interessa. Corria o saudoso ano de 1992, onde o tempo se dividia entre a escola, a brincadeira e claro a jogatana, quando o jogo que trago até aqui hoje me chegou às mãos. Infelizmente não era oferecido, muito menos comprado por mim mas sim emprestado por um amigo. Escusado será dizer que o joguei até à exaustão até o devolver e nunca mais saber dele. Os anos passaram e foi preciso chegar a 2012 para o comprar, em segunda mão mas em muito bom estado, no eBay por cerca de 17 euros. Valeu cada cêntimo, nem que seja pelo seu valor nostálgico.


Cartucho, manual e afins.
Kung-Fu Master é um dos primeiros jogos que saiu para a mais que conhecida portátil da Nintendo, a Game Boy e revela ser um jogo de uma simplicidade extrema onde o objectivo é apenas um: derrotar os mauzões e o pérfido chefe do mesmos que dá pelo nome de Daddy Long Legs (eu não sei onde vão buscar estes nomes mas adiante). O nosso herói, Bruce Leap (ah, I see what you did there) é quem vai ter o trabalho, ou o prazer dependendo do ponto de vista, de limpar o sebo a tudo e todos.

Provavelmente o boss mais difícil do jogo.
Como seria de esperar de um dos primeiros jogos de Game Boy, os visuais são simples mas ainda assim melhores que muitos jogos da NES, do mesmo período, com sprites grandes ainda que pouco elaborados no que toca a inimigos (estes dividem-se em ninjas rápidos, ninjas lentos com shurikens, ninjas com metralhadoras, tipos com chicotes e anões). Os bosses, esses sim, destacam-se dos demais pelo tamanho, design e animações. Os cenários variam de tema, consoante os níveis, ainda que dois deles sejam muito idênticos o que revela algum preguiça por parte dos programadores. A acção é o grande forte pois a fluidez de jogo é constante. Contudo numa ou outra ocasião, quando há mais de 4 sprites em movimento no ecrã, o jogo tende a ficar um bocado lento mas nada que não se resolva com um murro ou pontapé no sprite a mais.

Um gajo das docas a querer confusão.
A música de Kung-Fu Master é daquele tipo que fica no ouvido, um pouco por ter poucos temas e repeti-los. Mas é normal considerando a idade que o jogo tem e seria pior se nem música houvesse. Mas apesar disto a música é agradável e com uma sonoridade bem oriental. Os efeitos sonoros são também aceitáveis para a época e não nos provocam dores de cabeça ou irritação ao ponto de baixarmos o som da consola.





Não, não é can-can, é mesmo um pontapé.
No patamar da jogabilidade, não há defeitos a apontar. Esta é de fácil aprendizagem pois resume-se a murros e pontapés, em pé ou agachado, com os ocasionais saltos para evitar obstáculos. Provavelmente o golpe mais difícil, se é que se pode dizer isso, é o somersault que implica saltar e no ar carregar numa das diagonais do D-pad ao mesmo tempo que se usa o pontapé, resultando no golpe mais devastador do jogo. Obviamente como já devem ter percebido, o jogo resume-se a andar para a frente e limpar tudo o que apareça pelo caminho até chegarmos ao boss. Os inimigos estão sempre a aparecer mesmo que estejamos parados, o que até nem é mau pois eles largam itens que vão desde energy boosts, vidas extra e bombas, sendo que estas últimas são bastante úteis para os confrontos com os bosses. Poderá ser repetitivo para uns mas viciante para outros mas peca por ser curtinho, contando apenas com seis níveis que com o tempo e destreza se terminam em menos de cinco minutos. Mas pelo menos é melhor que a versão da NES e até mesmo melhor que a versão de arcada, pela variedade de cenários e bosses.

Ainda que não seja um jogo de eleição, Kung-Fu Master é um jogo extremamente divertido e que dá para jogar ainda nos tempos que correm. Para mim tem ainda o factor nostálgico o que o torna sem sombra de dúvidas num JOGALHÃO DE FORÇA!

Volto em breve com mais uma aventura de um famoso canalizador. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

7 comentários:

  1. EH INCRIVEL COMO A NOSTALGIA VENCE OS GRAFICOS (PARA OS OLD SCHOOLS), CONCORDA PEDRO?

    óttimo blog o seu, tá de parabéns ;) Abraço o/

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    1. É óbvio que concordo, os jogos de antigamente conseguem ainda hoje ser melhores que os actuais ao ponto de ainda os jogar. Não me vejo a jogar um Call of Duty 4 daqui a 20 anos mas facilmente me vejo a jogar um Contra da SNES ou um Castlevania II do Game Boy.

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  2. tirou as palavras da minha boca! eu imagino os planejamentos de jogos mais ou menos assim, antigamente akeles sonhadores entusiasmados discutindo sobre suas melhores ideias resultando naquele capricho, nakele meio q amor q vc sente igual em um bolo q sua vo fez pra vc.

    os de hoje em dia imagino um monte de engravatados fazendo projeções e graficos e ver o que esta vendendo mais, um exemplo disso eh resident evil, parece ate que pensaram assim; ação ta vendendo mais do que sh, entao vamos mudar drasticamente a serie do nada pra aumentar os lucros.
    o resultado eh um jogo de ação que as vezes eh ate bom, mas nao da nem 2% da emoção de fugir do nemesis com o coração na mão.

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    1. Estou completamente de acordo com o que escreveste. Hoje em dia a indústria dos videojogos é um negócio e como tal vemos muitas das nossas séries favoritas a ir pelo cano, como é o caso de Resident Evil que piorou muito nestes últimos anos, face aos primeiros jogos da saga que são geniais. Já não existe aquela paixão em fazer algo que os fãs queiram, tudo gira em torno do dinheiro e dos prazos a cumprir.

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  3. e olha só que, não sei se tu já ouviu falar mas, o resident evil 3 foi feito as pressas, porque eles estavam com um certo plano pra um jogo, so que nao ia dar certo no ps1, ai fizeram uma reunião rápida em que decidiram que ia ser a Jill fugindo de Racoon City e pronto. Resultado: meu RE preferido! Code Veronica tambem foi bom, assim como o 1 e 2 :)

    Só que nos surpreendemos que o plano deles era criar um re4, no qual insetos infectam pessoas, as quais podem ser controladas em massa e a distancia :O . E mais surpresa ainda é quando me sai o re5, no qual vc briga contra zumbis que atiram em vc enquanto te perseguem de moto, embaixo de sol escaldante! E como se já não fosse bastante, aparece outro (re6), no qual aparecem "zumbis" mascarados que são mais inteligentes do que vc!

    Cara eu tava há um tempão procurando um forum ou um blog de alguém old school que sabe como jogos de videogame devem ser divertidos e recompensantes. Estou muito contente de ter encontrado o seu blog :D

    Abraços o/

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    1. Oh, Resident Evil é a minha praia. :) Estou a ler agora o Archives Vol. II, tendo concluído a leitura do Archives Vol. I há dois dias. Aquilo tem muita informação interessante para além daquela que há na internet e é sempre um bom item para a colecção.

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  4. Este faz-me lembrar o Bruce Lee (não Leap) que jogava na Master System no 5º ano :). Qualquer dia ainda pego no jogo outra vez.

    Ando agora a redescobrir o Game Boy e estas análises dão-me jeito. Keep it up :P

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