13 de fevereiro de 2013

Lollipop Chainsaw


Capa sugestiva.
Desenvolvido por: Grasshopper Manufacture
Publicado por: Kadokawa Games, Warner Bros. Interactive Entertainment
Director: Ikeda Tomo
Produtor: Goichi Suda
Artista: NekoshoguN
Argumentista: James Gunn
Compositor(es): Akira Yamaoka, Jimmy Urine
Motor gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox 360
Lançamento: 12-06-2012 (EUA), 14-06-2012 (JP), 15-06-2012 (EU)
Género: Acção, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido (7MB minímo), Compatível com Função de Vibração, HD 720p, Leaderboards online
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, tudo feito e desbloqueado. Platina alcançada.

(Erros no texto? É favor reportar!)

Zombies suck... indeed!
Quem é leitor/visitante assíduo do blog, já deu de caras com algumas das obras de Goichi Suda, também conhecido por Suda51. Como sabem, ou deveriam saber, este senhor tem tendência a fazer jogos estranhos, completamente descabidos mas acima de tudo divertidos e que ficam na memória de quem os joga. E também já é do conhecimento geral, que quando se junta com outros senhores do meio, saem coisas no mínimo interessantes. Pois, desta vez Goichi Suda juntou-se a James Gunn, uma figura obscura do cinema americano para nos trazer mais uma daquelas trips que só ele consegue. O resultado é o que se segue abaixo. Mas vamos a factos, este exemplar foi adquirido na Amazon, por cerca de 15 euros em Novembro de 2012.


Manual, papelada e disco.
Lollipop Chainsaw começa por se apresentar com um nome sugestivo. E não engana ninguém com o mesmo pois tem chupa-chupas e tem moto-serras. Para além disso tem uma protagonista boazuda, um tanto cliché mas que faz todo o sentido dada a premissa desta trama. Juliet Starling é uma cheerleader como tantas outras, com uns atributos físicos bastante notórios e que frequenta o ensino secundário. Até aqui tudo bem. Mas é precisamente no dia do seu 18º aniversário que a mesma escola e consequentemente o resto da cidade, é assolada por uma epidemia que transforma tudo e todos em zombies. Apesar do seu aspecto normal, Juliet é na verdade uma caçadora de zombies, tal como o resto da sua família, para além de ser também bruxa pois consegue a proeza de salvar o seu namorado de ser um eterno morto-vivo. Mas isso fica para vocês descobrirem.

Um combo bem sucedido!
O Unreal Engine 3 é provavelmente um dos motores gráficos mais utilizados nesta geração de consolas e neste Lollipop Chainsaw não ficou nada mal. O grafismo é agradável, com um look bastante cartoonish utilizando para tal cel shading q.b., que o torna semelhante a Asura's Wrath, a título de exemplo. Os modelos das personagens e inimigos cumprem a sua tarefa sem grandes entraves, ainda que os zombies pareçam ser mais atabalhoados em termos de movimentos. Juliet por seu lado, goza de animações bem conseguidas, especialmente pelas suas coreografias seja com a moto-serra ou mesmo com os pompons. As cutscenes utilizam o mesmo motor para manter a consistência da acção que é quase sempre over the top. Uma coisa que se destaca particularmente é a cor pois neste jogo vamos sempre ter aquela sensação que estamos num arco íris constante e em alguns níveis é mesmo uma overdose!

Violência necessária.
Desta mistura toda, só se podia esperar uma boa banda sonora e neste campo, Lollipop Chainsaw não desilude. O tema principal é mais que conhecido e é interpretado pelas The Chordettes, uma daquelas músicas que é sem dúvida a cara deste jogo. E que tal moer literalmente zombies ao som de You Spin Me Round dos Dead or Alive? As restantes atravessam os mais variados estilos, desde o punk rock, ao heavy metal, passando até mesmo pelo funk e culminando no pop. Akira Yamaoka é o compositor de serviço, algo que se destaca em certas partes, contando também com a participação de Jimmy Urine que não só compôs os temas para os confrontos dos bosses mas também emprestou a voz a um deles. Escusado será dizer, um trabalho bem feito. Os diálogos são na maioria bastante pirosos mas estupidamente divertidos pois Juliet é mesmo aquele estereótipo de loira burra mas que lá no fundo não é assim tão parva quanto parece. Além disso, tudo o que é conversa com o namorado Nick, resulta em algo sempre a tender para o muito estúpido e ele é sem dúvida pior do que ela. Com os bosses, é a mesma coisa, tudo conversas que não lembram o menino Jesus. O som no geral, cumpre a sua função sem problemas.

Um inútil pede ajuda... para não variar.
Sendo um Hack 'n Slash, a jogabilidade em Lollipop Chainsaw é bastante simplista e de fácil aprendizagem sem ser necessário ter de decorar combos demasiado complicados. Juliet tem à sua disposição uma moto-serra multi-funções, que para além de serrar os inimigos, como seria de esperar, permite ainda telefonar aos seus entes mais queridos e até ser usada como "lança Nick". Isto porque o Nick pode ser utilizado para várias funções, desde rocket a yo-yo e até a mealheiro! Isto sem esquecer que o podemos usar em corpos sem cabeça para outras tarefas. Com dois ataques, fraco e forte, Juliet conta ainda com os seus pompons para atordoar os inimigos e assim acabar com eles de vez. Os combos resultam da combinação moto-serra/pompons e quantos mais zombies limparmos de uma só vez, maior é o bónus recebido. Isto realmente é simples mas a jogabilidade poderá parecer um pouco rígida, não por Juliet não ser ágil mas sim pelo facto do jogo não ser fluido como um Ninja Gaiden ou um Bayonetta. Ainda assim não é nada que afecte o jogo.

Quando a cabeça não tem juízo...
Existe ainda um sistema de upgrades, no qual podemos evoluir os ataques da moto-serra, dos pompons, a vida e resistência de Juliet  e até mudar-lhe as vestimentas, algumas oriundas dos animes Highschool of the Dead e Deadman Wonderland, entre outros. Isto tudo é feito com as moedas que recolhemos ao longo dos níveis, sejam elas de ouro ou platina. Outros itens como músicas e artwork do jogo podem também ser adquiridos segundo esta via. Para completar, existe ainda um yearbook onde ficam registados todos os zombies, sejam eles alunos, professores e até bombeiros. Os níveis espalham-se um pouco por todo o lado e são variados, onde serramos zombies e salvamos alunos em perigo, culminando sempre numa luta com um boss que representa um estilo musical. É neste campo que o jogo brilha pois os bosses são bastante originais. Não sendo um jogo difícil, existem várias dificuldades disponíveis sendo que em Hard aparecem itens, alunos e zombies extra, para quem queira completar o yearbook. E em Hard é sem dúvida melhor pois sempre dão mais luta sem serem frustrantes.

Feio, grande e mau!
Em jeito de finalizar esta pequena análise, Lollipop Chainsaw não é um jogo para todos. Muitos são capazes de o evitar por parecer vazia e desprovido de conteúdo mas a verdade é que para apreciadores de nonsense, é do melhor que há. As referências a filmes e outros jogos (como por exemplo Pacman e Arkanoid) são também algo que apela ao geek mais acérrimo que existe dentro de cada um de nós. E se nada os convencer, é divertido e dá para jogar novamente em qualquer altura pois não requer a utilização de demasiada massa cinzenta, algo que nos dias correntes cada vez mais os jogos actuais exigem. Mas nada como experimentar este JOGALHÃO DE FORÇA para se ter a certeza portanto fica a sugestão.

Next up on JDF, um RPG na Wii. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

2 comentários:

  1. Gosto!
    Os jogos do Suda41 por norma têm uma jogabilidade que deixa sempre um pouco a desejar, mas o conceito envolvente e o factor WTF acabam por atenuar!
    Este parece ter uma jogabilidade normal, um dia comprarei.

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    Respostas
    1. True story. Ainda está para aparecer um jogo do Suda que eu não goste. :)

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