Artwork interessante. |
Publicado por: Konami Digital Entertainment
Produtor(es):
Devin Shatsky, Tomm Hulett, Jeremy Airey
Designer: Brian
Gomez
Argumentista(s): Devin
Shatsky, Tomm Hulett, Tom Waltz
Compositor: Daniel Licht
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 23-03-2012 (EUA), 29-03-2012 (EU), 08-11-2012 (JP)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Compositor: Daniel Licht
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 23-03-2012 (EUA), 29-03-2012 (EU), 08-11-2012 (JP)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, Compatível com 3D
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o umas cinco vezes mas duas delas foram apenas escolhas diferentes no final.
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, Compatível com 3D
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o umas cinco vezes mas duas delas foram apenas escolhas diferentes no final.
(Novo Zelda em menos de um mês ^^)
Fear and torment... uuh! |
Mantendo o espírito do Halloween, hoje fazemos uma visita a
uma das cidades mais conhecidas no mundo dos videojogos. Se pensaram em Raccoon
City, estão redondamente enganados pois não é de zombies que esta cidade está
povoada mas sim criaturas disformes e aberrações do outro mundo. Refiro-me a Silent
Hill, aquela cidade que ninguém sabe muito bem como se chega lá e muito menos
como se sai. Concretamente revisitamos esta através do jogo que trago até aqui
hoje, Silent Hill: Downpour, um dos últimos títulos desta saga. Este meu
exemplar chegou aqui à colecção algures em Março de 2013 por cerca de 18 euros,
tendo sido adquirido numa loja online, como é hábito.
Manual e disco. |
Confesso que já tinha saudades de andar pelas ruas de Silent
Hill, simplesmente a deambular, à espera de ter um encontro imediato do 3º grau
ou apenas a dar de caras com uma cena grotesca. Foi assim nos jogos anteriores
e este não é excepção. A trama centra-se na nossa personagem, Murphy Pendleton,
um recluso que começa esta história encarcerado e com um propósito: matar outro
recluso a mando de George Sewell, um guarda prisional do mais corrupto que há.
Após isto, é transferido para outro estabelecimento de alta segurança e é aqui
que Murphy, subitamente, acaba às portas de Silent Hill após um estranho
acidente com o autocarro onde seguia.
Decisions, decisions... |
A série Silent Hill sempre teve uma componente gráfica
cuidada, já desde o primeiro, embora este hoje em dia pareça demasiado arcaico,
fruto do estigma da primeira PlayStation onde é raro encontrar um jogo que
tenha envelhecido bem a nível visual. No caso deste Downpour, os visuais não
são maus mas também não são nenhuma obra de arte. Optou-se pela utilização do
Unreal Engine 3, que a meu ver, é um bom motor de jogo quando usado devidamente
e com determinadas optimizações pois a idade já pesa, o que aqui não me parece
que seja o caso. As personagens não são de todo algo bonito de se ver, embora
tenham alguns pormenores distintos e cumpram o seu papel no geral. A nível
cénico, existe pouca variedade visual pois é tudo muito cinzento ou muito
castanho, dependendo de onde estamos e durante grande parte do tempo apenas
vemos edifícios, passando ocasionalmente por uma floresta, uma gruta ou os
interiores de vários edifícios onde temos afazeres. Não quero dizer com isto
que a componente visual é má, nada disso, até porque consegue proporcionar um
bom ambiente ao jogo e a nível de pormenores é bastante completa. Podia apenas ser melhor. Existem alguns
pormenores interessantes como por exemplo a passagem para o Otherworld, que é
feita em tempo real e transmite uma boa sensação de tensão e até medo para os
mais impressionáveis. Outro pormenor que gostei foi a chuva, que vai e vem
aleatoriamente e que influencia o comportamento/dificuldade dos inimigos. Notei em certas
ocasiões alguns solavancos, ao ponto de pensar que o jogo iria crashar, em
zonas onde o cenário é mais aberto e a profundidade de campo tende em ser
maior. Não tive oportunidade de testar a componente 3D mas duvido que melhore
significativamente a experiência no seu todo.
Aquele nevoeiro esconde algo. |
A parte sonora de Downpour foi alvo de alguma controvérsia e
amuos por parte dos fãs por dois motivos. Um deles deve-se ao facto de Akira
Yamaoka já não tratar desta componente. O outro prende-se com a escolha do tema
principal do jogo, mais concretamente com a escolha da banda Korn para o
efeito. Isto gerou uma onda de indignação junto dos fãs que tentaram a todo o
custo, através de petições online, demover os produtores e demais
intervenientes na produção desta ideia. Pois bem, tal não aconteceu. O tema
principal continua a ser dos Korn e a banda sonora ficou a cargo de Daniel
Licht, um nome pouco conhecido no mundo dos videojogos (fez também a banda
sonora de Dishonored). E agora a minha opinião: o tema principal passou-me
completamente ao lado e Daniel Licht fez um bom trabalho com o resto. A música
remete-nos para o trabalho de Yamaoka presente nos jogos anteriores, com uma
sonoridade estranha e completamente aterradora, algo que Licht afirma ter sido
fruto do seu "trabalho de casa" e que se traduz em utilizar os sons
da mesma maneira orgânica que Yamaoka costuma fazer. O resultado é muito bom
mesmo e passear por Silent Hill com estes temas é uma experiência fabulosa.
Contudo nem sempre contamos com esta "música" e algumas partes são
apenas compostas por som ambiente, sendo este também muito bom. O voice-acting
no geral convence, sem ser brilhante em nenhuma das interpretações.
Este machado vai-se tornar o nosso melhor amigo. |
Um dos problemas de Downpour é a jogabilidade. Não no seu
todo mas sim em alguns pormenores. Controlar Murphy é fácil e intuitivo mas o
combate, seja com armas de fogo ou armas brancas é atabalhoado e, em última
análise, difícil para alguns jogadores. Nota-se que não houve uma preocupação
em produzir um sistema que tornasse o combate fácil e até mesmo divertido, se
calhar para tornar o jogo mais "realista" ao ponto de evitarmos confrontos.
Se era esse o objectivo, missão cumprida pois dei por mim a evitar a maioria
dos inimigos, coisa que até nem é difícil após se conhecer bem o layout dos
cenários. O armamento disponível também não ajuda muito pois armas de fogo são
escassas e a munição para estas ainda mais escassa é. Quando pensamos que temos
muita, em menos de nada ficamos a seco com dois ou três inimigos que teimam em
não morrer. Isto no fundo é uma questão de hábito pois assim que dominarmos
Murphy em combate, dois ou três tiros certeiros são morte imediata para os
mauzões comuns. Ainda assim, o combate corpo a corpo é mais
"rentável" pois certas armas têm uma durabilidade consideravelmente
grande e dão dano suficiente para nos mantermos vivos por muito tempo. Outras
armas têm utilidade fora de combate, como por exemplo, servirem para puxarem
escadas até ao nosso alcance ou simplesmente cavarmos buracos. Mantenham estas
debaixo de olho. Referi acima que a chuva influencia os inimigos (daí o
Downpour no nome), ou seja, quanto mais forte esta cair, mais fortes eles
serão, já para não falar que aparecem em maior número. Portanto ao mínimo sinal
de precipitação, corram para um edifício se quiserem evitar confrontos.
Nesta situação, o melhor é mesmo CORRER! |
Apesar de não existir nenhum indicativo sob a forma de uma
barra ou electrocardiograma que nos informe da nossa condição física, Murphy
vai revelando as sua mazelas através da roupa ensanguentada pelo que a melhor
coisa a fazer será poupar nos poucos medkits e bebidas energéticas que vamos
apanhando. No fundo, corram muito, lutem pouco e "resolvam as coisas a
bem". Tal como noutros jogos da série, existem puzzles para resolver, uns
mais complicados que outros mas nada de frustrante e ainda side-quests,
possivelmente, umas das novidades de Downpour. Estas são completamente
opcionais, mas ajudam a complementar a história em certas ocasiões e no fundo
conta a história de outras almas perdidas em Silent Hill. Algumas são
recompensadas generosamente pela sua conclusão, outras nem por isso.
Encontrá-las todas requer exploração, algo que parte do jogador, visto o
decorrer do jogo não nos levar directamente a todas elas. Como é tradição em
Silent Hill, existem vários finais que dependem das nossas acções/performance
ao longo da aventura. Neste caso, o número de inimigos mortos e as nossas
decisões ao longo do jogo levam-nos a esses finais pelo que não requer muitas
playthroughs se fizermos a coisa bem feita. Existe também o habitual joke
ending (muito bom, por sinal), que só está acessível após completarmos o jogo a primeira vez.
A chuva deixa-as doidas. |
Embora não seja o Silent Hill que os fãs estivessem à
espera, Downpour supera o anterior Homecoming em vários aspectos. Noutros,
continua a apresentar os mesmos problemas o que me leva a crer que a Team
Silent devia seriamente pensar em regressar um dia, pois já está mais do que na
hora. Até lá e sem mais demora, este é um JOGALHÃO DE FORÇA!
A onda do Halloween continuará em breve com uma ida até aos
confins do espaço. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
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