As respectivas caixas. |
Publicado por: 2K Games
Director:
Ken Levine
Produtor:
Adrian Murphy
Argumentista:
Ken Levine
Compositor(es): Garry Schyman, Jim Bonney
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC, Mac
Lançamento: 16-03-2013 (Lançamento Mundial)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido,
Suporte HD 720p, Compatível com Função de Vibração, Compatível com PlayStation
Move, Funções de Rede, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes, nas várias dificuldades,
alcançando a Platina.
(Parece que o Verão está de regresso!)
Fartou-se de ganhar prémios. |
Longe vão os tempos em que os videojogos eram coisa de
crianças. Actualmente, são mais do que tudo um modelo de negócio que sustenta
muito boa gente para além de serem o passatempo de tantos muitos. E alguns,
atingem valores de produção tão ou mais elevados do que os blockbusters de
Hollywood. O jogo que trago até aqui hoje, é um bom exemplo disso. Uma saga que
sempre primou pela sua qualidade e que teve sempre muito dinheiro envolvido na
sua produção. Refiro-me portanto a Bioshock, neste caso concreto a Bioshock
Infinite, o mais recente jogo da série. Esta versão que figura na colecção dá
pelo nome de Premium Edition e contém um art book bastante bonito por sinal, a
banda sonora em formato digital, conteúdo digital para uso no jogo, um
porta-chaves alusivo aos Vigors do jogo, uma miniatura (mesmo mini) de um
Handyman, temas para a PS3 e ainda um postal ilustrado de arte do jogo. Não é
de todo a melhor edição de sempre em termos de conteúdo mas foi o que se
arranjou, algures em 2013, por cerca de 30 euros oriunda de uma loja online.
Manual e disco. |
Bioshock Infinite segue a tradição dos jogos anteriores em
nos contar uma história, num cenário completamente utópico onde alguém tenta
salvar outro alguém das garras de mentes distorcidas e retorcidas pelos tempos.
E é uma fórmula que continua a funcionar. Neste caso seguimos a história de
Booker DeWitt, algures em 1912, ao qual é pedido que traga uma rapariga de nome
Elizabeth, de volta para assim limpar a sua dívida. Para tal, é preciso
embarcar num foguetão, literalmente, para chegar a Columbia, uma cidade nas
nuvens. É neste contexto um tanto misterioso que começa mais uma demanda cheia
de surpresas e reviravoltas, a qual é difícil esquecer depois de terminada.
Um inlay interessante. |
Uma das coisas que mais apreciei neste jogo foi sem dúvida
alguma a parte visual. Bioshock Infinite é um jogo lindíssimo. Passear pelas
ruas de Columbia é uma experiência única, onde podemos apreciar a arquitectura
dos edifícios, ou mesmo os pequenos pormenores presentes em todo o lado como
por exemplo os jardins que vamos encontrando cheios de flores ou mesmo as
vistas por entre as nuvens. Isto, claro quando não estamos ocupados a disparar
contra os habitantes tresloucados e outros inimigos curiosos. Apesar de já
contar com alguns anos de bagagem, o Unreal Engine 3 ainda continua a dar
cartas neste campo. Não só os visuais são luxuosos mas a animação no geral é
também excelente, nomeadamente quando se trata das personagens, tanto as
principais quanto todas as que são secundárias. Ah, e viajar pelo ar é qualquer
coisa de estupidamente gratificante.
O conteúdo desta edição. |
Não só são os visuais excelente como também a banda sonora o
é. Ken Levine deparou-se com um dilema na altura de escolher faixas licenciadas
para este jogo, dada a sua localização temporal, 1912, um período que o próprio
considerou não ser agradável para o ouvido mais actual. Contudo, com alguma
pesquisa, lá encontrou um conjunto de faixas que fazem o trabalho na perfeição,
criando e proporcionando um bom ambiente a este jogo, isto já para não referir
as faixas originais que foram criadas com o mesmo efeito. Como é habitual, esta
banda sonora faz-se sentir naqueles momentos decisivos, tais como plot points
ou lutas com bosses e afins, sendo que durante o resto do tempo, o som ambiente
dá conta do recado. O voice-acting é bastante bom, com muitos diálogos entre
Booker e Elizabeth, mesmo durante acesas batalhas, algo que achei genial.
E o restante conteúdo. |
Em termos de jogabilidade, apesar de estarmos perante mais
um título da série Bioshock, existem algumas novidades para o diferenciar dos
antecessores. Embora tudo se processe de maneira semelhante (afinal de contas,
continua a ser um FPS), a natureza área do jogo pedia algo que permite a Booker
navegar sem complicações, até porque o mesmo não tem asas. É aqui que aparece o
Sky Hook, o nosso melhor amigo nesta demanda, que não só nos permite a
deslocação por entre as várias camadas da cidade, mas também ser usado com arma
para executar inimigos de forma brutal. Para além do habitual arsenal de armas
curiosas, Booker conta ainda com a ajuda dos Vigors que lhe proporcionam vários
poderes tal como os Plasmids dos jogos anteriores. O interessante são os combos
que podemos fazer com os diversos Vigors que vamos apanhando, dando-nos assim
novas formas de despachar inimigos. Existem ainda as Gears, que são outro dos
atributos que podemos utilizar e nos conferem habilidades passivas, algumas
bastantes úteis em combate. Por fim restam as Infusions que nos conferem certas
habilidades permanentemente como por exemplo vida, salts (o equivalente à EVE
dos jogos anteriores) e escudo.
The bird is the word! |
Se jogaram os títulos que antecederam Bioshock Infinite,
lembram-se certamente dos inimigos. Por norma, eram pessoas completamente tresloucadas
mas ainda assim humanos, Contudo, os Big Daddies mudavam essa tendência. Ora,
aqui não temos Big Daddies nem Little Sisters mas sim o Songbird, um mecanóide
enorme a condizer com o estilo steampunk de Columbia que nos persegue a partir
do momento em que Elizabeth decide seguir-nos. Ao contrário dos Big Daddies,
não o conseguimos matar de forma alguma. Já Elizabeth, apesar de andar quase
sempre connosco, não precisa de protecção e safa-se bem em combate, quebrando
assim a tradição de "proteger as meninas". Os demais inimigos, incluem
também os Founders pelo que de vez em quando não é de estranhar ver um George
Washington de Gatling Gun em punho. Bioshock Infinite é um jogo relativamente
fácil, mesmo em Hard pelo que existe o 1999 Mode, onde a dificuldade sobe
consideravelmente. Os inimigos são mais duros, os recursos mais escassos e
sempre que morremos somos penalizados monetariamente, sendo que se não tivermos
dinheiro, temos de começar do último autosave. Ah, e não podemos gravar sempre
que nos apetece. Este modo é sem dúvida um desafio e certas batalhas podem dar
dores de cabeça sem a estratégia certa. Para o desbloquear basta acabar o jogo
em qualquer dificuldade ou... introduzir o Konami Code no ecrã de titulo! Kudos
aos programadores.
Uma voltinha pela cidade. |
Com tudo isto resta-me apenas recomendar-vos que joguem este
excelente jogo. Pode não ser tão surpreendente quanto o primeiro jogo foi, nem
ter aquele wow factor mas é sem dúvida uma excelente experiência. E só por isso
é um JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: as
origens de um certo vigilante, na 3DS.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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