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Que capa tão kickass! |
Desenvolvido por: WayFoward Technologies
Publicado por: Konami
Director: Matt Bozon
Produtor(es): William Oertel, Christopher Watson
Compositor: Jake Kaufman
Plataforma: Nintendo DS
Lançamento: 12-12-2007 (EUA), 13-03-2008 (JP)
Género: Run 'n Gun
Modos de jogo: Modo história para um jogador ou dois jogadores, Modo Challenge para um jogador
Media: Cartão de jogo com 256Mbit
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão de jogo
Outros nomes: Contra - Dual Spirits (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o várias vezes em Easy e Normal mas apenas uma em Hard.
(So many games, so little time...)
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"Carnage" é a palavra certa. |
Quando nos anos 90 descobri um pequeno jogo de
Game Boy, que pouco depois descobri existir na
NES e na
SNES, chamado
Probotector estava longe de saber que iria tornar-se no meu
Run 'n Gun favorito. Mesmo tendo jogado outros tantos do género, há qualquer coisa nesta saga que me faz sempre voltar a jogar quase todos os jogos que a compõem novamente. Mas a
Konami deixou-a cair um bocado no esquecimento depois dos
flops de
PlayStation, ainda que já na era da
PlayStation 2 tenha tentado voltar às origens com
Shattered Soldier. Mas não era de todo a mesma coisa. Foi preciso a
Nintendo DS sair para termos uma verdadeira sequela de
Contra III e, para todos os efeitos, prequela de
Contra Hardcorps.
Contra 4 chegou com toda a força dos clássicos e é sem dúvida o melhor de todos. Dúvidas? Já vão ficar esclarecidas. Este exemplar foi adquirido na Amazon, a um vendedor particular, novo e selado por cerca de 18 euros em Outubro de 2013. Curiosamente o jogo nunca saiu na Europa, sabe-se lá porquê...
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Manual, papelada e cartão de jogo. |
Contra 4 começou uma onda de
hype entre os fãs da saga que deixou muitos em êxtase e outros tantos desconfiados. Afinal de contas, os últimos jogos da saga não eram de todo grande coisa. Por outro lado, quando saiu todos se renderam às evidências: o jogo é espectacular! E a
WayFoward realmente soube fazer um Contra à antiga e com tudo o que tornou a série famosa pois afinal de contas, eles também são fãs. A história, como referi acima, insere-se entre dois jogos da era das
16-bit, algures no ano 2638 após a derrota de
Red Falcon nas
Alien Wars. Depois de um breve período de paz, outro alienígena conhecido,
Black Viper decide invadir a Terra e provocar o caos em certas zonas no planeta. Os nossos
Contra são enviados para o arquipélago
Galuga (onde decorre a acção do
Contra original) após detectarem leituras anómalas na zona, para uma vez mais tratarem de salvar o planeta.
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O museu tem destas coisas. |
O grafismo de
Contra 4 é um verdadeiro tributo aos
16-bit, tanto os da
Nintendo como os da
Sega. Tudo se mexe de forma perfeita, rápida e fluída, com imensos
sprites ao mesmo tempo no ecrã e sem sinais de
slowdown de espécie alguma. Os visuais são bastante coloridos e vibrantes, com uma variedade cénica bastante diversa, desde selvas, grutas, cidades passando até mesmo pelas entranhas de um alienígena gigantesco. As animações são excelentes e dá gosto ver tantos conjuntos de pixeis a passearem-se pelos dois ecrãs da
DS, onde a acção decorre em simultâneo, coisa que requer o dobro da nossa atenção.
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Este boss cresceu um pouco. |
Para manter a qualidade global, a banda sonora ficou a cargo de
Jake Kaufman conhecido pelo seu trabalho em
Shantae e por ter fundado o site
VGmix onde estão disponíveis imensas faixas conhecidas, devidamente remixadas. Em
Contra 4, algumas das faixas originais foram remixadas em toda a sua glória e outras tantas são completamente novas, mas conseguem manter a mesma sonoridade dos clássicos, tornando este jogo num verdadeiro deleite auditivo. Em
Hard, somos presenteados com um
remix da
Jungle Theme no primeiro nível. O som é também igualmente excelente em toda a sua extensão, desde os pequenos efeitos sonoros até às vozes digitalizadas das personagens.
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Corredor da morte. |
Na parte jogável,
Contra 4 vai buscar muito a
Contra III e por algum motivo o faz. O controlo das personagens é simples, sólido e rapidamente se entra no espírito. Podemos levar duas armas, das já conhecidas, que podem ser actualizadas ficando ainda mais fortes. E se for caso disso, podemos deixá-las cair para o outro jogador apanhar ou simplesmente quando estamos prestes a morrer, evitando assim perder mesmo a arma. A arma
standard, ao contrário do que foi implementado em
Contra III e
Operation C, é o famoso
pea shooter do jogo original. Por outro lado foi introduzido o
Grappling Hook que nos permite agarrar a certas plataformas, conferindo uma certa dinâmica à jogabilidade, uma vez que isto é utilizado ao longo do jogo não só para passarmos de um ecrã para o outro mas também em certos
bosses.
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Este bicho é grande e rápido. |
Como referi inicialmente, a acção decorre em simultâneo nos dois ecrãs, pelo que temos de estar sempre atentos e ter reflexos rápidos, especialmente no que diz respeito a evitar fogo inimigo. O único senão disto é existir uma
dead zone (o espaço físico entre os mesmos) entre os dois ecrãs, que o jogo não ignora, ou seja, quando um tiro sai de um ecrã não aparece logo no ecrã a seguir e isto pode originar muitas mortes frustrantes, especialmente em
Hard. A dificuldade da saga é épica como todos sabem e em
Contra 4 não deixaram as coisas por mãos alheias. Em
Easy nem sequer chegamos a jogar os 9 níveis do jogo, que se dividem entre
2D e alguns em
3D view, fazendo alusão ao original e contando com algumas surpresas. Em
Normal, a dificuldade aumenta consideravelmente, com mais inimigos no ecrã e projecteis mais rápidos, podendo o jogador chegar ao verdadeiro
boss final e ver o final bom. Em
Hard, é um verdadeiro desafio aos sentidos e sanidade mental, pois é tudo mais rápido e em maior quantidade. Aqui podemos ver o verdadeiro final do jogo.
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Chamem a Ripley! |
Obviamente podemos fazer batota, até mesmo de duas maneiras. Uma passa pelo
Konami code que é introduzido de uma maneira ligeiramente diferente e nos dá 30 vidas. Outra passa por um
glitch presente nesta versão americana, que pode ser accionado no primeiro nível mas obedece a certos parâmetros e dá mais trabalho do que introduzir o
Konami code. Contudo, o
glitch dá-nos 99 vidas. De qualquer modo, o giro de
Contra 4 é ir jogando e ir conhecendo o
layout dos níveis e onde estão os inimigos fixos. Sim, porque os restantes são aleatórios e mudam consoante a dificuldade. Ao final de muitas rondas começamos a ficar bons no jogo e a derrotar
bosses que julgávamos impossíveis quase sem pestanejar. E isto é apenas o
Arcade Mode. Existe ainda o
Challenge Mode, baseado no
Arcade, onde temos de ultrapassar certos desafios, como matar X inimigos com Y tiros, chegar ao final da área dentro de um tempo limite ou simplesmente passar uma área sem poder disparar nem um tiro. Há desafios para todos os gostos e certamente vão querer completar o maior número deles pois estes desbloqueiam os extras.
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Foguetões e aliens, só em Contra! |
E este
Contra 4 está recheado de extras, desde uma entrevista a
Nobuya Nakazato (director de
Contra III),
comic books digitais de
Contra III e
4, um museu com a história da saga, um
sound test e claro, duas versões emuladas de
Contra e
Super C, na
NES! A emulação não é perfeita mas é bastante jogável, ainda que não permita jogar a dois o que é pena. Por outro lado, o jogo presenteia-nos com um grande rol de personagens, começando por
Bill Rizer e
Lance Bean, passando depois para os homónimos
Mad Dog e
Scorpion, os
Probotector's
RD008 e
RC011, as versões
SNES de
Jimbo e
Sully e para terminar
Lucia de
Shattered Soldier e
Sheena Etranzi de
Hardcorps.
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A crua verdade. |
Já me alonguei para lá do que pretendia mas
Contra 4 é tão bom e está tão recheado de coisas boas que é impossível não tentar falar de tudo. Este é o derradeiro jogo que todos os fãs da série devem ter na colecção e é quase um crime não o ter.
Agora já sabem porque razão o considero o melhor de todos e sem dúvida um
JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: mais uma cidade utópica, na PS3.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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