Estas capas da Konami são bestiais. |
Publicado por: Konami (EUA), Palcom Software (EU)
Compositor: Hidehiro Funauchi
Plataforma: Game Boy
Lançamento: Setembro de 1990 (EUA), Algures em 1990 (EU)
Género: Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 1-megabit
Funcionalidades: Nenhuma
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o bastantes vezes após conseguir dominar o controlo.
(Este tempo africano dá cabo de qualquer pessoa...)
Informação sempre útil. |
Nos anos 90 qualquer coisa que envolve skate era fixe. Se soubéssemos andar de skate éramos os maiores da escola, da rua e até quem sabe, do mundo. Eu bem tentei andar de skate mas aquilo não era para mim por isso, dediquei-me à patinagem. Pelo menos com quatro rodas extra apanhei-lhe os jeito e safava-me lindamente. Porém, não era suficientemente fixe o que me levou a jogar jogos de skate, os poucos que existiam na época. E depois de experimentar um pouco, lá encontrei um em que me tornei bom e passei a ser fixe. Esta história toda, ainda que um pouco exagerada da minha parte para divertimento de quem lê, serve para introduzir o jogo de hoje: Skate or Die: Bad 'N Rad. Um jogo diferente do que estava à espera mas que ficou eternamente na memória por vários motivos. Embora o tivesse jogado imenso em puto, este exemplar só chegou à minha colecção em 2013, oriundo do eBay por menos de 20 euros, completo e em muito bom estado.
Manuais, cartucho e ficha do Club Nintendo. |
Era comum os jogos de skate nos anos 90 terem quase todos o mesmo aspecto. Um half pipe onde andávamos a tentar fazer manobras. O Skate or Die original era um pouco assim com mais uns níveis de competição pelo meio. Mas a Konami, tendo ficado com os direitos para fazer as versões de consola (todas as outras eram da Electronic Arts), decidiu fazer algo diferente da versão NES, quando chegou a altura de passar para o Game Boy. O resultado foi Bad 'N Rad, um jogo de skate com plataformas e uma história. Não muito original, diga-se de passagem. Apostando na cultura hip 'n cool dos anos 90, começamos com o rapto da Miss Aerial, filha do maior campeão de skate da Costa Oeste. O responsável por isto é El Rad (nome original...), um vilão que quer dominar a mente dos melhores skaters dos Estados Unidos, quiçá do mundo. Cabe-nos a nós, o herói anónimo que por acaso é o fã número 1 de Miss Aerial, resolver o problema.
No fundo da rampa há sempre um buraco. |
Para um jogo que surgiu no início de vida da consola, Bad 'N Rad apresenta uns visuais bastante simples e não muito detalhados, algo que era normal nos primeiros jogos da Konami. Ainda assim, os sprites são funcionais e os bosses sobretudo, são vistosos. Isto a troco de algum slowdown, como seria de calcular mas no geral a acção é bastante fluída e rápida. A variedade em termos de cenários não é muito grande pois tudo está inserido num ambiente muito urbano.
A música é provavelmente um dos melhores pontos deste jogo pois é bastante agradável e fica-nos na memória por algum tempo. Neste departamento tiro o chapéu ao senhor Hidehiro Funauchi. Já os efeitos sonoros são redundantes e alguns reciclados do catálogo da Konami, algo que após jogarmos alguns títulos, é impossível não notar.
Um dia normal junto à costa. |
Se há alguma coisa que Bad 'N Rad nos recorda é da sua extrema dificuldade. Este jogo é estupidamente difícil, daí ter apenas sete níveis. Mas são sete níveis de dor e sofrimento. Contudo, os programadores foram simpáticos em nos deixarem escolher onde começar mas só nos quatro primeiros. Os outros só ficam acessíveis nesta escolha se lá chegarmos, sem desligar a consola ou volta tudo ao zero. O design destes lembra um pouco Probotector pois temos níveis de perspectiva horizontal e outros vistos de cima. Ambos implicam reflexos rápidos e memorização de inimigos e caminho a seguir, pois one hit death são frequentes neste jogo, mesmo com uma barra de vida presente. Isto também se deve à jogabilidade, que por si só não ajuda. Controlar o nosso skater exige tempo e paciência pois ele desliza, literalmente, por estar em cima do skate. Os saltos também requerem habilidade quando toca a despachar inimigos pois estes só morrem à la Super Mario style e timing no que concerne a saltar buracos. Por outro lado, o botão B serve para nos agacharmos, algo que vamos fazer com frequência.
Uma visão rara neste jogo. |
Os bosses aparecem apenas nos níveis de perspectiva horizontal e vão desde o fácil ao frustrantemente difícil. Até se apanhar a manha, pois os padrões são sempre os mesmos. Mas acredito que muito boa gente tenha desistido de tentar terminar este jogo após chegar ao nível cinco e na melhor das hipóteses ao seis que é sem dúvida o mais difícil. Uma coisa que me irrita solenemente são os créditos logo ao início do jogo, que não dão para passar à frente e fazem scroll mais lentamente do que um caracol em hora de ponta. Fora isso, é um clássico.
Este boss é literalmente um palhaço! |
Embora os primeiros jogos da Konami não fossem proezas técnicas, foram certamente divertidos e acima de tudo marcaram uma época. Este Skate or Die: Bad 'N Rad foi um deles e ficou para sempre neste coração de gamer. Isso torna-o um JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: um JRPG na PS3 para "corrigir" outro que saiu antes.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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