20 de maio de 2015

Lost Planet 3

Pai Natal?! Não, Jim Peyton!
Desenvolvido por: Spark Unlimited
Publicado por: Capcom
Director: Matt Sophos
Produtor: Kevin Scharff
Designer(s): Richard Gaubert, Edward Moore
Argumentista(s): Richard Gaubert, Orion Walker, Matthew Sophos
Compositor: Jack Wall
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 27-08-2013 (EUA), 29-08-2013 (JP), 30-08-2013 (EU)
Género(s): Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para até 10 jogadores
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação de 6410MB no disco rígido, Compatível com função de vibração, HD 720p
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o uma vez tendo feito tudo o que havia para fazer.

(Já visitaram o canal do JDF no YouTube? É só clicar ali no botão à direita!)

Sticker free!
Outsourcing. Já ouviram falar? Certamente que sim. É um palavrão feio nos dias que correm pelo simples facto de tudo aquilo que lhe é associado. Mas não vamos por aí. A verdade é que está também associado aos videojogos, já há bastante tempo mas agora é mais gritante, mais notório e por vezes mata o que podiam ter sido excelente sagas. O jogo que trago até aqui hoje serve como exemplo embora não seja dos melhores (dentro do mau que o outsourcing pode fazer). Ainda assim é um exemplo do que não se deve fazer na tentativa de melhorar algo que parecia não estar bom mas que funcionava bem. Este exemplar foi adquirido em Março de 2014 por cerca de 20 euros numa loja online nacional. É verdade, comprei-o cá... impressionante!


Manual e disco.
Lost Planet 3 poderá parecer aos olhos de muitos como o terceiro jogo nesta mal amada saga mas na verdade é o primeiro dentro da cronologia. Isto tudo porque é uma prequela que relata todos os eventos anteriores aos do primeiro título. No entanto meteram-lhe o 3 no nome, talvez numa tentativa de potenciar as vendas, não sei sinceramente mas não faz o menor sentido. Porque não lhe chamaram Lost Planet Zero? Ou Origins? Tanto nome batido que podiam ter utilizado e que ficava melhor mas se calhar foi por isso mesmo. De Origins e Revelations está este mercado dos videojogos cheio. Bom, mas passemos à trama propriamente dita, que nos coloca na pele de Jim Peyton, um explorador ao serviço da NEVEC, que vai para E.D.N. III com o intuito de levar a cabo uma expedição para explorar os recursos naturais do planeta, nomeadamente a tão preciosa Thermal Energy. Mas, como seria de esperar, coisas estranhas começam a acontecer, sabotagens, traições, revelações e esse tipo de tretas. E o resto é jogar para descobrir. Curiosamente este jogo foi nomeado pelo Writers Guild of America para o prémio Outstanding Achievement in Videogame Writing, algo que deve mais ter a ver com o desenvolvimento das personagens em si do que com a história propriamente dita.

Bad doggy! BAAAD!
Como é do conhecimento geral, o Unreal Engine 3 já tem uns bons anos em cima, algo que se nota particularmente em jogos que saíram nos dois últimos anos. Este Lost Planet 3 não é excepção. Apesar do grafismo ser agradável e funcional, em certas instâncias padece de slowdown, texturas low res entre outros problemas menores. Ainda assim consegue proporcionar uns visuais agradáveis e variados, pois não vemos neve durante 90% do tempo, como acontecia no primeiro jogo. Aliás, acho que existe uma harmonia visual entre o primeiro e o segundo jogo, se tiver de descrever visualmente este terceiro. Obviamente não se aproxima sequer da qualidade do segundo jogo que na minha opinião é o melhor da série em termos gráficos (não considerando o spin-off E.X. Troopers que trarei até aqui futuramente), utilizando uma boa parte do MT Framework, motor gráfico que a Capcom se recusa inteiramente a fornecer ao outsourcing para fazerem os jogos que depois publicam. Sinceramente, nem sei o que hei-de pensar disto, quanto mais dizer...

Um Rig fresquinho... é do dia!
Sonoramente este Lost Planet 3, tal como os anteriores não me deixa saudades. Há uma banda sonora que me passou completamente ao lado, embora a qualidade da mesma seja boa mas neste género de jogos dou mais atenção ao som ambiente do que a música que toca de vez em quando lá bem no fundo. O som ambiente, esse, cumpre bem o seu papel proporcionando uma boa experiência de jogo e sobretudo de isolamento quando estamos fora da base e tudo à nossa volta é inóspito. O voice-acting é um dos pontos fortes deste título, sobretudo pelos diálogos e pelo desenvolvimento que as personagens vão tendo, não só a nível individual mas também social. Confesso que gostei realmente de ouvir as conversas entre eles e mesmo os monólogos de audio logs que vamos achando pelo caminho. Armas, maquinaria e tudo o resto, soam direitinho e sem problemas aparentes que tenha dado conta.

Tu és grande e FEIO! Portanto... DIE!
Muita coisa mudou na saga Lost Planet. O primeiro jogo era story driven, linear q.b., o segundo virou-se para uma vertente co-op com ênfase no multiplayer e sem grande atenção à história. No terceiro, voltou-se à abordagem inicial, onde a história é o mais importante mas também não descuraram a mecânica e jogabilidade que se afasta um pouco dos jogos anteriores sem ser em demasia. O controlo de Jim é parecido a tudo o que vimos anteriormente, com ligeiras melhorias como seria de calcular mas quando chega a altura de controlar o nosso Rig (os predecessores dos V.S.), a coisa é bem diferente. A principal diferença é que o fazemos na primeira pessoa, ao contrário dos títulos anteriores que era tudo feito na terceira pessoa. Isto torna o jogo mais pessoal, a meu ver, e mais divertido até mas o certo é que este Rig é mais lento em termos de movimento e mais limitado no geral. Contudo, entra aqui o pequeno elemento RPG onde podemos ir evoluindo não só Jim e o seu equipamento mas também o Rig. Isto permite-nos ir avançando na trama, chegando a partes inexploradas do planeta e também serve como componente para resolver alguns puzzles de progressão. A ideia é boa e funciona embora não seja de todo perfeita.

3D schematics... wooow!
O jogo opta também por quebrar a linearidade dos anteriores oferecendo-nos um hub central que é a base da NEVEC onde podemos achar NPC's para interagir, comprar equipamento/upgrades e claro aceitar algumas missões extra que complementam a história. Os Akrid continuam a ser o nosso alvo de eleição, aparecendo em vários tamanhos e feitios, alguns bem grandes mas que por norma são bosses. Estes vão desde a luta divertida até à parcialmente frustrante mas no geral não dão muitas dores de cabeça. A grande diferença é que a Thermal Energy não serve para nos manter vivos mas serve para as transacções monetárias que vamos fazer ao longo da aventura. Existe ainda um modo multiplayer, semelhante a outros jogos do género e até mesmo aos anteriores mas que não experimentei, pois se são frequentadores assíduos aqui do espaço, sabem que não sou muito amigo de jogatanas online a menos que sejam em co-op, o que não é o caso.

Me love you long time!
Embora não seja um must have, Lost Planet 3 é um jogo que consegue proporcionar alguma diversão com algumas horas de exploração pela frente e revelações q.b. se tiverem jogado os anteriores. Pessoalmente preferia que tivesse sido feito pelas equipas dos anteriores e mantivesse o look antigo mas não se pode ter tudo. O que vale é que ainda falta um jogo desta saga para ser analisado, coisa que ficará para um dia destes. Até lá, já sabem que este é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um remake de terror psicológico na Wii! :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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