7 de maio de 2015

Metal Gear Solid V: Ground Zeroes

O barbas.
Desenvolvido por: Kojima Productions 
Publicado por: Konami
Director(es): Hideo Kojima, Ikuya Nakamura
Produtor(es): Hideo Kojima, Kenichiro Imaizumi, Kazuki Muraoka
Designer: Hideo Kojima
Argumentista(s): Hideo Kojima, Shuyo Murata, Hidenari Inamura
Compositor(es): Harry Gregson-Williams, Akihiro Honda, Ludvig Forssell
Motor Gráfico: Fox Engine
Plataforma(s): PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox360, XboxOne, PC
Lançamento: 28-03-2014 (EUA), 20-03-2014 (EU/JP) 
Género(s): Acção, Stealth 'em up
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação de 1398MB no disco rígido, Compatível com função de vibração, HD 720p, 1080i
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o várias vezes, tendo desbloqueado tudo o que havia para desbloquear.

(Hoje não vou fazer referências ao estado do tempo.)

Autocolantes foleiros.
Não há nada melhor do que uma boa entrada. Não, não me refiro a entrar num sítio em grande estilo mas sim a comida. Uma boa entrada serve para abrir o apetite e assim preparar-nos para o prato principal, nas doses correctas pois se for demais, corre-se o risco de não se desfrutar da refeição. Bom, mas que raio tem isto a ver com videojogos? É simples, é uma pequena analogia entre uma demo de um jogo e uma entrada gastronómica. E ilustra perfeitamente o jogo que trago até aqui hoje pois tem mais de demo do que de jogo propriamente dito mas ainda assim assume-se como uma excelente entrada para algo que há-de chegar em Setembro, assim o espero. Este exemplar foi adquirido na Fnac do Almada Fórum algures em 2014 por cerca de 20 euros. Sim, eu sei, 20 euros por uma "demo" mas que se há-de fazer? It's-a me!


Papelada diversa e disco.
Metal Gear Solid V: Ground Zeroes foi anunciado há um porradão de tempo atrás como sendo um jogo anterior ao tão aguardado The Phantom Pain mas que iria sair mais ou menos ao mesmo tempo. Na verdade, não é um jogo nem tão pouco saiu na altura prevista. Foi lançado com mais de um ano de antecedência, assim em jeito de introdução ao novo jogo desta lendária saga e leva-nos até uma base militar americana na costa de Cuba, com o intuito de resgatar dois velhos conhecidos: Paz Ortega Andrade e Ricardo "Chico" Valenciano Libre. Não os conhecem? Joguem o Peace Walker pela vossa rica saúde! E é isto, uma pequena missão de resgate, nada mais nada menos. Mas há mais, fiquem descansados.

Vamos rastejar muito...
É bastante notória a evolução visual da saga Metal Gear e este Ground Zeroes é um bonito exemplo disso. Fazendo uso do novo Fox Engine, o grafismo é bastante melhor do que aquele que vimos em Guns of the Patriots, com bastantes pormenores e detalhes como por exemplo os efeitos climatéricos, iluminação (algo muito importante neste jogo), texturas e por aí adiante. As animações das personagens e demais intervenientes estão muito bem conseguidas, especialmente na altura de interagirmos nas mais diversas situações. Só peca pelo facto da acção não correr a 60 frames, mesmo a 720p, coisa que o jogo anterior fazia na perfeição. A versão de PS4 neste aspecto ganha pontos pois corre a 60 frames em 1080p. Ainda assim, tudo corre na perfeição a 30 frames, sem quebras na acção.

O mapa é um bom amigo.
O som é perfeito. Não há melhor palavra para o descrever. Já é conhecido o trabalho de Harry Gregson-Williams nesta saga e uma vez mais este senhor prova que é a escolha certa apresentando-nos diversas faixas que muito dificilmente nos vamos esquecer, entre outras tantas compostas por outros autores e até algumas clássicas que podemos ouvir no Walkman de Snake. O som ambiente é algo que me surpreendeu bastante é é utilizado de uma maneira que poucos jogos conseguem fazer. O mínimo barulho é logo motivo para um guarda começar a investigar pelo que temos de ponderar muito bem os nossos trajectos dentro da base. E como seria de esperar, os "sons da guerra" são todos eles brutais e impecavelmente inseridos no contexto. A grande novidade é o actor que dá a voz e corpo a Snake. David Hayter saiu de cena para dar lugar a Kiefer Sutherland, que embora não seja a mesma coisa, consegue convencer-nos minimamente de que é o Snake que conhecemos desde sempre. Os restantes actores continuam a ser os mesmos e os diálogos mantêm a mesma qualidade de sempre.

Chico, anda cá ao pai!
Metal Gear mudou. Digo isto pois a jogabilidade, embora se assemelhe à de Guns of the Patriots, tem bastantes novidades e inovações, na minha opinião, o que torna o jogo mais user friendly e sobretudo mais jogável se decidirem não serem stealthy (como por exemplo conduzir alguns dos veículos que existem na base). Snake tem novas habilidades que lhe permitem rastejar de várias maneiras, correr e saltar para uma cover, entre outras pequenas nuances mas uma das que se destaca mais é o novo Reflex Mode, que é activado quando um inimigo nos descobre. Este modo faz a acção entrar em câmara lenta e temos muito pouco tempo para o neutralizar antes que este dê o alarme. Isto confere uma nova dinâmica à acção mas para os fãs de longa data pode parecer um pouco de facilitismo pelo que podemos sempre desligar isto na opções e jogar "à antiga". Por outro lado, o sistema de alerta deixou de ser representado no ecrã por um quadrado com o nível de alerta e é agora transmitido via visual e sonora durante a acção, tornando a mesma mais realista.

Andar de jipe na base não é boa ideia.
Contudo, para nos precavermos de sermos encontrados, podemos marcar os inimigos com o auxílio dos binóculos tornando a coisa mais fácil em certa medida. Contamos ainda com a ajuda de um mapa, que podemos consultar em qualquer altura mas que não pausa a acção, algo que gostei imenso e torna as coisas mais frenéticas. Ainda assim, se tiverem um iPhone ou telemóvel com Android, podem utilizá-lo como mapa offscreen, ou seja, escusam de usar o mapa in-game pois têm um ao vosso lado sempre disponível. Como referi inicialmente, este Ground Zeroes tem mais de demo do que de jogo completo e é essa a verdade. Existem sete missões, sendo uma a principal e as outras Side Ops, que vão sendo desbloqueados à medida que vamos progredindo. Existem ainda mais duas Extra Ops, que abrem do mesmo modo, sendo uma delas uma verdadeira viagem ao passado onde podemos reviver alguns momentos icónicos desta saga. Esta missão, intitulada Dejá Vú era exclusiva das versões Sony, mas foi disponibilizada mais tarde nas outras plataformas, tal como a exclusiva da Microsoft, de nome Jamais Vú, onde jogamos com Raiden e temos de eliminar os Snatchers, conhecidos do jogo como o mesmo nome, produzido anteriormente por Kojima.

Yah, mas ainda estamos à espera...
Ainda com este conteúdo todo, e sendo a base bem grande com muito por explorar e descobrir, a missão principal pode levar entre uma a duas horas a concluir, da primeira vez mas depois até se acaba em dez/quinze minutos. O mesmo se pode dizer de todas as restantes, daí que a maioria do pessoal tenha torcido o nariz ao preço quando o jogo foi lançado. Na minha experiência, fiquei bastante satisfeito e há muita coisa para fazer nesta "demo" se gostarem de explorar, pelo menos até o The Phantom Pain sair. E segundo consta, o progresso deste passa para o outro portanto toca a capturar alguns soldados e prisioneiros, extraindo os mesmos via helicóptero, para povoar a Mother Base.

Se gostam da saga Metal Gear, joguem este Ground Zeroes pois vale cada minuto do vosso tempo e é sem dúvida uma excelente entrada para o prato principal que aí vem. Ah, claro, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: o regresso a um planeta muito gelado, na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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