27 de maio de 2015

Project Zero 2 [Wii Edition]

Bonita artwork!
Desenvolvido por: Tecmo Koei
Publicado por: Nintendo
Designer: Keisuke Kikuchi
Plataforma: Nintendo Wii
Lançamento: 28-06-2012 (JP), 19-06-2012 (EU)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador com suporte para um segundo jogador, Modo Haunted House para um ou dois jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Vários slots para gravação de progresso na memória interna da Wii, Compatível com Wii Remote e Nunchuk, QR Code no manual para interacção com Spirit Camera na 3DS
Outros nomes: Zero ~Shinku no Chou~ (零 〜眞紅の蝶〜) que é algo como  Zero - Deep Crimson Butterfly (JP)
Estado: Completo 
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o em Easy e em Normal. E chega.

(Está calor... finalmente!)

Informação pertinente.
Remake. Uma palavra que virou moda de há uns anos para cá, servindo para aguçar a curiosidade e ansiedade dos fãs por esse mundo fora. E não é só nos videojogos que se fazem remakes, no cinema, na televisão, enfim, um pouco por todo o lado e em todos os meios. Mas o que interessa aqui no blog são os jogos e portanto, os remakes dos mesmos. O jogo que trago até aqui hoje é um bom exemplo disso, um remake de um jogo que originalmente saiu para PlayStation 2 e que me passou ao lado, tendo depois sido lançado na Wii. Este exemplar foi adquirido algures no ano de 2013, por 10 euros, oriundo de uma loja física nacional. E agradeço desde já ao Ricardo Mateus, também conhecido por Dark-Vash nas internetes, por me ter conseguido este exemplar.


Manual, papelada e DVD.
Project Zero 2 - Wii Edition (conhecido por Fatal Frame nos EUA) não deixa margem para dúvidas. É a versão melhorada deste clássico para a Wii onde tudo foi alvo de atenção para o destacar do original. Contudo algo permanece igual. Exacto, a história é a mesma sem tirar nem pôr, talvez com algumas nuances não presentes no original mas no fundo é a mesmíssima coisa. Esta decorre na região de Minakami, no Japão, onde existe uma aldeia conhecida por The Lost Village que segundo constam os mitos urbanos, era palco de uma cerimónia sacrificial. Ora, isto leva-nos ao presente onde seguimos as duas irmãs, Mayu e Mio Amakura, que decidiram visitar o sítio onde brincavam quando eram pequenas e acabaram neste aldeia sabe-se lá onde. O resto é para descobrir mas aviso-vos já que esta história é confusa q.b. e tem ligação com o terceiro jogo da saga. E não é grande coisa, já gostei mais destas tretas japonesas do que gosto actualmente.

Borboletas neste jogo é sempre algo mau!
Visualmente optou-se por modificar a perspectiva para a terceira pessoa. O original utilizava uma câmara fixa, estilo Resident Evil, o que proporcionava aquela sensação de tensão constante. Com esta transição, era de esperar que se perdesse este efeito mas na verdade continua lá e a meu ver até é mais "assustador" pois não vemos o que está por detrás de nós. O jogo utiliza agora um grafismo completamente tridimensional, bastante bom considerando o hardware onde corre e conseguindo acima de tudo uma excelente atmosfera, chegando a ser assustador e claustrofóbico para os mais sensíveis. As cutscenes são agora em CG, algo que se nota bastante bem e destaca-se assim dos visuais do jogo em si sem perder o ambiente que proporciona. As personagens, contudo, apesar de bem animadas e afins, parecem-me lentas em termos de movimentos mas creio que isso seja propositado pois afinal de contas são raparigas jovens e não space marines cheios de esteróides.

Isto vai acontecer... muitas vezes!
A sonoridade deste Project Zero 2 é um dos pontos altos do jogo. Ainda que a música seja praticamente inexistente e tipicamente japonesa, algo que não me deixa grande memória, o som ambiente é impecável e mantém o jogador sempre em suspense, numa constante expectativa e posteriormente em sobressalto. Chega a ser aterrador em certas partes quando se ouvem vozes mas não se vê vivalma, ou quanto muito, um fantasma que esteja a proferir as palavras. E depois todos aqueles pequenos sons característicos deste género cumprem a sua função sem falhas. Mas esquisito como sou, acho que este jogo devia ter o áudio original em vez de uma dobragem em inglês, com sotaque britânico. Nada contra, adoro o sotaque em si mas não neste tipo de jogo, especialmente porque se passa no Japão, numa aldeia tipicamente japonesa, com duas miúdas japonesas! Em The Last Story, o mesmo sotaque foi utilizado e ficou uma maravilha mas neste Project Zero 2, não, simplesmente não fica bem nem tão pouco natural.

Damn woman, you're FUGLY!
Com a mudança toda que este jogo sofreu, a jogabilidade também foi alvo de novidades, especialmente para fazer uso do Wii Remote. Porém, na minha opinião, podiam ter tirado melhor partido disto. O controlo da personagem funciona bem, embora ache a mesma lenta, tal como referi acima, algo que por vezes dificulta a acção, sobretudo no combate. Este é feito única e exclusivamente com a Camera Obscura, a única arma no jogo e que serve para exorcizar os fantasmas que povoam a aldeia. Esta conta com vários tipos de rolos que vão desde o inútil até ao mais forte, sendo que o primeiro serve primariamente para tirar fotos a fantasmas que nos aparecem de repente e que não nos atacam mas nos dão a ver algo que se passou no passado. Isto costuma ser rápido e temos de ser rápidos. Os restantes rolos têm poder de exorcismo sobre os fantasmas hostis. A nossa câmara conta ainda com várias objectivas, cujos efeitos variam sendo uns mais úteis do que outros entre outros add-ons que aumentam a sua performance. Estes itens vão sendo adquiridos ao longo do jogo, podendo ser evoluídos com pontos, sendo que estes nos são atribuídos pelas fotos que tiramos, sejam em combate ou não.

Probabilidade de sobrevivência: ZERO!
Na hora de disparar é que os problemas surgem. Seria de esperar que com o Wii Remote fosse fácil de apontar e disparar mas não é. O movimento não é de todo suave e implica utilizarmos o joystick do nunchuk em conjunto com o movimento do Wii Remote para seguirmos os fantasmas, embora exista uma função de lock-on, que ajuda, se estivermos perante apenas um inimigo. Quando são mais, a coisa torna-se complicada e frustrante. Derrotar estes inimigos também não é pêra doce pois até os mais fracos podem tornar-se incrivelmente chatos e viciosos pelo que há que esperar pelo Shutter Chance, que se traduz num círculo vermelho durante uma fracção de segundo, momento este em que conseguimos tirar uma Fatal Frame e assim acabar com o fantasma de vez ou dar-lhe uma boa dose de dano. Se atinarmos com o timing, podemos tirar várias fotos em sucessão e assim conseguir um combo brutal. Mas isto é extremamente difícil de se conseguir, na minha mais sincera opinião.

Há que actualizar a máquina...
E como bom survival horror, os itens neste jogo são escassos, sejam itens de cura, seja munição, havendo muito pouca coisa para apanhar, pelo que temos de racionar muito bem o que temos. E para piorar a coisa, certos itens só podemos levar uma quantidade muito limitada como por exemplo o item que nos permite ressuscitar quando levamos dano para além da nossa conta. Em Normal, estive encostado às cordas na recta final do jogo por falta de munição da mais forte (e rara), algo imprescindível para derrotar os últimos bosses, que são fdps e regeneram. Ah, e há outros inimigos que o fazem também de vez em quando. O jogo incita à exploração, especialmente se forem curiosos como eu, mas a dada altura, torna-se enfadonho especialmente se quiserem capturar todas as aparições, o que implica reflexos de gato, já para não falar em trocar para o rolo inútil que é infinito e serve unicamente para estas fotos. Dei por mim a gastar do rolo mais fraco mas que dá dano, a tentar tirar fotos sem efeito. Não experimentei o modo de dois jogadores na história mas no modo Haunted House a coisa até é divertida, visto este ser uma espécie de on-rail shooter onde o jogador um empunha a máquina e o segundo prega partidas, por assim dizer, provocando aparições e afins.

Sinceramente eu tento gostar desta série mas nenhum dos jogos que joguei (ainda estou de volta do 3) me faz ficar ansioso por outro. Já saiu um quarto jogo no Japão, também ele para a Wii mas não viu lançamento no Ocidente, sendo que está para sair um novo na WiiU. Espero que lancem os dois na WiiU por cá mas que corrijam os erros deste e de todos os outros, tornado a experiência mais agradável. Quanto a este, apesar das falhas, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: a versão HD de um shmup da Dreamcast, na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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