17 de setembro de 2015

Beyond: Two Souls

Miss Ellen Page.
Desenvolvido por: Quantic Dream
Publicado por: Sony Computer Entertainment
Director: David Cage
Produtor: Guillaume de Fondaumière
Designer: Christophe Brusseaux
Argumentista: David Cage
Compositor(es): Lorne Balfe, Hanz Zimmer, Normand Corbeil
Plataforma: PlayStation 3
Lançamento: 08-10-2013 (EU), 11-10-2013 (EU), 17-10-2013 (JP)
Género(s): Interactive drama, Psychological thriller
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (2.8 GB Mínimo), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Sensor de Movimento Sixaxis, Compatível com Função de Vibração, HD 720p
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez mas hei-de lhe pegar novamente.

(Ora chove, ora faz sol, eis Setembro.)

True story bro.
A linha que separa os filmes dos videojogos é cada vez mais ténue. Nos anos 90, a tecnologia ainda jovem permitia dar os primeiros passos naquilo que conhecemos por experiência interactiva através de jogos em FMV que nos tentavam fascinar e convencer que era o futuro dos videojogos. Felizmente, as coisas evoluíram para algo bem melhor do estes filmes interactivos com actores de segunda categoria e argumentos de arrancar pêlos do bigode com uma pinça. Hoje em dia existem diversos jogos que são verdadeiros filmes, até mesmo na maneira de jogar, pouco convencional e que tenta apelar a todos os jogadores, do mais casual possível fã de Candy Crush, ao mais hardcore. O jogo que trago até aqui hoje é um calor exemplo de evolução na direcção certa. O meu exemplar foi adquirido algures durante o mês de Abril de 2013, por cerca de 17 euros numa loja online.


Manual, papelada e disco.
Beyond: Two Souls é mais um daqueles jogos à boa maneira da Quantic Dream, que se destaca de tudo quanto é jogo neste extenso mercado por ser mais uma história interactiva do que propriamente um jogo com bases comuns. Depois de Fahrenheit e Heavy Rain, não seria de esperar algo diferente. Nesta nova aventura, encarnamos o papel de Jodie Holmes, seguindo a sua atribulada vida desde tenra idade até à fase adulta. Atribulada seria ser simpático pois a vida desta jovem, que é interpretada por Ellen Page, está longe de ser normal. Isto prende-se com o facto de estar intrinsecamente ligada a Aidan, uma entidade incorpórea, uma alma diga-se assim, que a segue para todo o lado e tem personalidade própria, interferindo muitas vezes nas suas decisões. A isto junta-se Nathan Dawkins, interpretado por Willem Dafoe, que é um cientista no Departamento de Actividade Paranormal e que segue atentamente todos os passos de Jodie, sendo para tal uma espécie de pai adoptivo.

Mais um bonito inlay.
Visualmente, Beyond: Two Souls é dos jogos mais bonitos que vi durante o ciclo de vida da PS3. O grafismo é impecável, sobretudo as personagens cujo motion capture foi levado a cabo pelos próprios actores e é como estar a vê-los num filme. A fluidez é perfeita e serve que nem uma luva ao longo e todo o jogo, seja nas cenas mais paradas ou naquelas com mais acção. Existe também uma enorme variedade cénica ao longo da história pelo que vamos poder visitar diversos locais ao longo do globo, tanto a nível de exteriores como interiores, mantendo assim as coisas interessantes. Deparei-me, contudo, com um glitch gráfico a certa altura mas nada que um reload ao save não corrigisse.

Poster promocional.
Com uma banda sonora de luxo, que se faz sentir em pontos chave da história, a sonoridade deste título não podia ser melhor. A música é subtil q.b. dando o palco ao som ambiente durante grande parte da acção mas o que realmente se faz sentir, e bem, é o voice-acting. Esse sim, está óptimo, e é mais que muito pois uma história deste calibre precisa de muito diálogo para ser entendida e acima de tudo desfrutada. Escusado será dizer que ambos os actores desempenham o seu papel na perfeição, não querendo deixar de fora os demais que dão voz e vida aos restantes intervenientes.

Mãe... este doutor é medonho!
Para quem já jogou outros títulos da Quantic Dream, já sabe ao certo o que esperar da jogabilidade deste Beyond: Two Souls. As coisas resumem-se a movimentos dos joysticks e inputs nas alturas certas mas também a tomar decisões quando a hora disso chega. Diria que em termos de desenvolvimento não é assim tão diferente de um point 'n click, seguimos a história, fazemos escolhas mas na hora da acção, quando começam os tiros ou as lutas corpo a corpo, já para não referir perseguições, aí sim entram os joysticks e os movimentos que não são mais que quick time events mas bem feitos e não apenas para mascarar algo como em tantos outros jogos que usam e abusam disso. Daí que este jogo é acessível a qualquer tipo de jogador que goste de uma boa história.

Decisão crítica!
Existem no entanto algumas novidades e diferenças face ao trabalho anterior. Por exemplo, não existem Game Over's, algo que o produtor insistiu quando deu uma press release cá em Portugal, a qual pude assistir presencialmente. E de facto não há mesmo! Qualquer decisão que o jogador tome, por pior que possa parecer é válida e a história continua. Como é de esperar, essa decisão vai ter influência em algo ou em alguém, mudando alguma coisa no seu curso, inclusive o final pelo que existem vários. É este tipo de pormenores que tornam Beyond - Two Souls um jogo diferente. Por outro lado, e pela primeira vez na história do estúdio, o jogo permite ser jogado a dois, um controlando Jodie e outro controlando Aidan em simultâneo, coisa que pode ser feita com um comando extra ou então com um smartphone com iOS ou Android, via uma App gratuita. Ora isto para além de ser uma boa ideia, alicia qualquer um a experimentar controlar Aidan via touchscreen e torna a experiência de jogo diferente.

Não, não é CoD...
Resumindo e concluindo, Beyond: Two Souls é uma excelente experiência e um jogo diferente para desanuviar de tudo aquilo que é convencional. Esperemos que a Quantic Dream continue a surpreender neste campo por muitos e bons anos. Até ver o próximo, este é sem dúvida alguma um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um remake de um clássico da NES, na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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