12 de setembro de 2015

Front Mission Evolved

That's a huge bit**...!
Desenvolvido por: Double Helix Games
Publicado por: Square Enix
Designer: David O. Hall
Produtor(es): Keiji Inafune, Yosuke Hayashi
Designer: Cory Davis
Argumentista(s): Motomu Toriyama, Daisuke Watanabe
Compositor: Garry Schyman
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 16-09-2010 (JP), 28-09-2010 (EUA), 08-10-2010 (EU)

Género: Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer Online ara até oito jogadores
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido (2554KB mínimo), Compatível com função de vibração, HD 720p
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o um vez em Normal e duvido que lhe pegue novamente.

(Está quase, quase!)

Autocolantes feios...
Muitos dos jogos que conhecemos hoje em dia tiveram as suas origens há uns bons anos atrás na era dos 8 e 16-bit. Alguns deles, remontam ainda a um tempo mais longínquo onde o que interessava não era certamente o grafismo nem tão pouco a banda sonora épica. O certo é que analisando bem a coisa, muitas das sagas que surgiram entre 80 e 90 ainda hoje mantêm um lugar especial no nosso imaginário e continuam a dar cartas. Outras tendem a cair no esquecimento devido a má gestão de quem detém os direitos, licenças e afins. O jogo que trago até aqui hoje é um claro exemplo disto. Uma série que começou nos anos 90, nunca teve grande sucesso mas era suficientemente boa para manter os fãs interessados. Depois começou a perder terreno até que hoje em dia são poucos os que se lembram. Este exemplar foi o mais barato que comprei até hoje em toda a minha vida como jogador e coleccionador, tendo custado apenas 1 euro, novo e selado na Fnac do Almada Fórum algures entre Maio e Junho de 2014.


Manual, papelada e disco.
Front Mission Evolved é mais um título desta conhecida saga em que controlamos um grupo de mechas chamados Wanzers (diminutivo de Wanderung Panzer) e tentamos a todo o custo aniquilar as forças inimigas que controlam a mesmíssima tecnologia. No caso dos jogos mais antigos, salvo uma excepção, eram jogos isométricos onde atacávamos por turnos à boa velha maneira dos turn based strategy. Este Evolved descartou todas essas convenções e apresenta-se como um third person shooter redundante e sem muito interesse. A história deste novo título é um reboot da saga pelo que não interessa nada terem jogado os anteriores. Este revolve em torno das super potências mundiais que estão a construir elevadores orbitais numa espécie de clima de guerra fria no ano 2171, onde o nosso herói Dylan Ramsey, um engenheiro da USN testa um Wanzer protótipo em Long Island. A dada altura, uma força desconhecida ataca a base e Dylan é forçado a evacuar, tendo agora o pretexto para descobrir o que realmente se passa.

Toma lá destas!
Não esperem grandes visuais deste jogo pois não os tem. Para um jogo de 2010 esperava ver mais detalhe, mais pormenores e menos texturas deslavadas. O certo é que Front Mission Evolved não é um jogo bonito. O grafismo parece antiquado, simples e bastante repetitivo no que concerne a cenários pois tudo à nossa volta parece primariamente feito de metal. Obviamente existem locais onde os visuais variam um bocado mas não o suficiente para nos surtir o efeito desejado. Em termos de acção, o jogo não apresenta problemas de fluidez aparentes e tudo se mexe como deve ser. As cutscenes são feitas com o motor de jogo e aparentam ter um bocadinho melhor aspecto. Já às personagens falta-lhes detalhe embora me tenham parecido suficientemente expressivas. Os Wanzers, esses, está óptimos e considerando que são uma das peças principais não esperava outra coisa.

Alguém vai de reboque para casa.
No campo sonoro, a música de Front Mission Evolved é bastante diferente do resto da série até porque foi composta num tom mais orquestral, coisa não comum na série. O compositor, Garry Schyman, optou por este estilo até porque nem sequer ouviu nada dos jogos anteriores e é também o primeiro compositor não japonês a produzir para um Front Mission. O resultado foi positivo a meu ver embora não memorável. O voice-acting é mais que muito, com imensos diálogos entre as personagens e inimigos, comunicações via rádio e afins, cumprindo o seu papel sem entraves. Os efeitos sonoros idem aspas.

Vamos passar muito tempo neste menu.
Tendo jogado alguns dos títulos anteriores, confesso que fiquei um pouco desiludido com a mudança de género deste novo jogo. Eu gosto de combates por turnos, sobretudo com os Wanzers mas em Front Mission Evolved tudo isso acabou. O jogo é um third person shooter genérico, onde a única diferença é que pilotamos um Wanzer enorme. Ainda assim, é possível sair do cockpit e andar a pé a disparar, correr e até usar o cenário com um sistema de cover parecido ao de tantos outros títulos. Isto é algo que foi repescado de um jogo antigo, um spin-off da série que dá pelo nome Front Mission - Gun Hazard, mais focado para a acção e com elementos que foram aproveitados por este Evolved. O jogo decorre por níveis, onde antes de passarmos à acção equipamos o nosso Wanzer com diversas peças, tanto a nível de protecção como de ofensiva. Depois passamos ao combate.

Vá, ajuda lá a menina...
Durante os níveis podemos fazer uso de diversas funcionalidades entre elas os auxiliary packs que nos permitem tanto pairar no ar como deslocar a velocidades superiores às de caminhar, bem como bombardear os inimigos de rockets guiados. Como se não bastasse, uma das habilidades do nosso Wanzer, chamada E.D.G.E. permite abrandar o tempo e assim conseguir reagir melhor aos ataques inimigos. Por outro lado, no single player existe o Gunship Mode, que se traduz numa espécie de rail shooter onde estamos numa gunship a limpar as hostes inimigas. Existe ainda um modo multiplayer online virado para o PvP coisa que nem sequer testei e mesmo que quisesse, provavelmente já não estaria activo.

Boss fight!
Em suma, Front Mission Evolved desapontou. A mudança de género não foi algo positivo, ainda para mais num mercado inundando de third person shooters, onde o que se precisa é de algo diferente. Talvez não tenha sido uma boa aposta por parte da Square em recorrer ao outsourcing dando este IP à Double Helix Games mas o mal está feito e não há remédio. Não fiquem com a impressão que é um mau jogo, até porque não é mas também não é um bom jogo. Ainda assim, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: uma rapariga e uma força paranormal, na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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