Sakura... és tu!? |
Publicado por: Capcom
Motor gráfico: MT Framework 2.0
Plataforma(s): PlayStation 3, Nintendo 3DS
Lançamento: 22-11-2012 (JP)
Género(s): Acção, Third Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo co-op online para até quatro jogadores
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido (2768KB Mínimo) Compatível com função de vibração, HD 720p
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez mas não conclui todas as missões co-op pois são difíceis e o matchmaking não é famoso.
(Hoje não tenho nada a declarar...)
Informação perti... imperceptível! |
Spinoff é um termo bastante empregue nos dias que correm até porque parece ser moda pegar em elementos de jogos já existentes e transformá-los em algo novo. Não tenho nada contra, se fizerem bem o trabalho e mancharem o bom nome dos originais. Na verdade não tinha assim memória de um spinoff que me tivesse feito gostar assim tanto dele até descobrir o jogo que trago até aqui hoje. Descobri-o na internet, através de notícias, vídeos e por aí fora, pouco antes de ser lançado e aguardava com alguma expectativa que o mesmo tivesse um lançamento ocidental coisa que até à data de hoje não aconteceu (e tenho dúvidas que aconteça). Assim sendo, sabendo que a PS3 não tem region lock lá decidi pedir a um amigo meu para me mandar vir isto do eBay por cerca de 30 euros, novo e selado, algures em 2013 se a memória não me falha. E foi uma boa surpresa...
Manual e disco. |
E.X. Troopers é nada mais nada menos do que um spinoff de uma conhecida saga da Capcom que dá pelo nome de Lost Planet e conta com três jogos. Mas estes três jogos não conseguiram sair do mediano em termos de história, jogabilidade e qualidade geral, embora sejam os três bastante distintos mantendo contudo um fio condutor e semelhanças óbvias. E.X. Troopers optou por manter alguns elementos base e quebrar com tudo o resto. A história é um anime puro e duro, do mais shounen possível onde seguimos a história de Bren Turner, um jovem piloto de uma academia/escola/base militar em EDN III que a dada altura se vê perante uma descoberta que lhe vai mudar a vida no meio das suas missões contra os Snow Pirates, Akrid e afins. Isto é o mesmo que dizer, encontrou um Vital Suit especial que parece saído de Zone of the Enders, uma misteriosa rapariga shaman na neve e uma força inimiga que tem planos para tudo isto. Não podia ser mais diferente dos originais do que isto.
Shoryuk-... nope! |
Visualmente adorei este jogo. Em vez de cutscenes somos presenteados com uma espécie de manga animado, onde seguimos a história (dentro do nosso conhecimento de japonês) não só visualmente mas também sonoramente pois praticamente todos os grandes diálogos são falados. Este foi um dos entraves à localização deste jogo no ocidente pois todo o texto é hardcoded ou seja, são imagens e não caracteres que facilmente se podiam substituir. O grafismo é todo ele em cel shading dando todo aquele aspecto de anime, sobretudo nas batalhas mais intensas onde até os efeitos sonoros aparecem escritos no ecrã, tudo isto a uma velocidade e fluidez incríveis, coisa que não se assemelha sequer a nenhum dos outros jogos da saga Lost Planet. As animações são excelentes, sejam das personagens ou dos inimigos, especialmente os Akrid enormes que povoam o planeta, bem como dos próprios Vital Suits.
Quanto maior for, maior a queda! |
A sonoridade de E.X. Troopers é no mínimo viciante. Aliás, é de tal modo viciante que até a costumo utilizar nos meus vídeos para o canal do JDF no YouTube! Toda a acção, estejamos na base ou em combate é sempre seguida por música, alguma bem ritmada estilo dance electrónica, outra mais virada para o j-pop com letra a condizer. Parecerá estranho estar no meio de um combate aceso a ouvir j-pop mas ao final de algum tempo até estranhamos se assim não o é. O voice-acting é impecável e sem falhas, com imensos diálogos entre montes e montes de personagens, diálogos estes que na sua maioria não são compreensíveis à grande maioria dos jogadores ocidentais mas que curiosamente, para quem gosta e segue a cena anime, consegue apanhar alguma coisa da conversa. Afinal de contas, sempre se vão aprendendo expressões e palavras a ver anime há tantos anos!
Exacto, é mesmo isso! |
Existem muitas semelhanças com o outros jogos no campo da jogabilidade, embora tenham sido modificadas e melhoradas algumas coisas. A acção é mais rápida, intuitiva e frenética, tornando o jogo bem mais amigável e apetecível do que qualquer um dos outros. O controlo é de fácil aprendizagem, sem grande margem para falharmos seja em que situação for. Já a mecânica assenta numa espécie de hub, que neste caso começa na academia onde podemos começar a fazer missões de história bem como uma enorme miríade de sidequests que nos são facultadas por vários dos imensos NPC's que povoam a área. À medida que avançamos na história, abrem-se duas novas bases com mais disto para se ir fazendo bem como a possibilidade de jogar em co-op online com mais três jogadores em missões específicas (e bem difíceis) para o efeito. Podem tentar sozinhos mas a IA da nossa equipa não aguenta muito tempo contra tamanha investida.
Um dia na escola... |
Convém explorar bem as bases para se encontrarem não só sidequests como outros objectos que nos auxiliam na nossa demanda. O mesmo se aplica nas zonas de combate, é aconselhável cobrir o máximo de terreno para se encontrar tudo o que é necessário para podermos evoluir novas armas e equipamento. Digamos que algumas destas coisas demoram o seu tempo, pois implicam desenvolvermos um certo nível de relacionamento com os NPC's, cumprir certos objectivos muito específicos e derrotar inimigos mais difíceis do que o normal. A parte dos Vital Suits é também mais interessante pois para além de podermos controlar aqueles que vimos no primeiro jogo da saga, temos acesso ao tal Vital Suit que referi inicialmente, de nome Gingira e que parece ter saído de ZOE. Digo isto pois o seu design é mais virado para o mecha humanóide e acima de tudo tem uma IA que lhe confere uma identidade bastante concisa tornando-o assim numa importante personagem.
Não, não é o Jehuty. |
Embora o jogo esteja completamente em japonês não é motivo para se assustarem. A história é relativamente simples e fácil de acompanhar sem legendas e sem que se percam quando toca a cumprir objectivos pois é tudo muito intuitivo. No que toca aos menus, idem aspas, é tudo muito simples e de fácil compreensão mesmo para os não nativos da língua. Pessoalmente não tive nenhuma espécie de problema ou contratempo neste campo durante as 50 horas que o jogo me demorou e acreditem que valeu cada minuto. Só é pena a 3DS não ser region free senão acho que comprava também essa versão só para o jogar fora de casa. Com isto tudo, espero que tenham ficado com boa impressão desta hidden gem e façam o favor de a adquirir se forem fãs do género/saga. Acha-se bem baratinho nos dias que correm e portanto não há desculpa para não ter na vossa colecção este JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: uma aventura de espionagem e infiltração na PS3.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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